Luciferianismo é uma doutrina derivada do Satanismo Tradicional, que busca virtudes como iluminação, sabedoria, orgulho, independência e liberdade de sua principal divindade, Lúcifer. Ao mesmo tempo é subjetivo, baseado em experiências e aceitação pessoais, sofrendo influências de outras crenças. Assim, não possui uma base rígida de dogmas a serem seguidos, sendo transmitido oralmente e praticado, geralmente, de forma individual.
Historicamente, não há uma origem precisa sobre o início do Luciferianismo. Mas há um conjunto de conceitos que se desenvolveu ao longo dos tempos em várias culturas distintas e resultou no Luciferianismo conhecido atualmente.
O libertador da escravidão das leis"pecados"
Grande Deus Lúcifer
As serpentes e os dragões, que são representações de Lúcifer em várias culturas, são também símbolo de sabedoria e eternidade. Estes animais eram alvos de adoração no Egito, Babilônia, China, Índia,Pérsia, e entre os Incas americanos. Assim, podemos supor que esta filosofia já era praticada há muitos séculos.
Na Bíblia podemos encontrar várias alusões à serpente: "Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal" (Gênesis – Cap. III – Versículo V). Neste versículo, a serpente induz Eva a comer o fruto no Éden. Mas segundo a interpretação dos luciferianistas, encontra-se claramente a simbologia da serpente como portadora da chave que possibilita o homem tornar-se Deus.
Ainda, na Europa medieval, precisamente no ano de 1223, havia boatos sobre um grupo conhecido como Luciferianos. Na verdade, esta "seita" era composta apenas por pessoas que recusavam-se a pagar os impostos exigidos pelo Clero, e por esse motivo foram acusados de "adoradores do demônio" e, obviamente, vítimas da Santa Inquisição. Embora isso seja apenas um boato, ainda hoje é usado como um argumento metafórico pelos luciferianos.
Deístas e Agnósticos
Luciferismo é diferente de Satanismo :
Lúcifer e Satanás são duas entidades diferentes, a Igreja na sua teologia oficial não considera Lúcifer o «Diabo», mas apenas um «anjo caído» -Petavius , De Angelis , III, 3, 4
Lúcifer é um anjo de Luz que revolucionou-se.
Lúcifer é também conhecido por ser o «portador da luz», pois é o anjo da sabedoria .
O Luciferismo é um corpo teológico e teosófico de crenças professadas em Lúcifer .
Lúcifer está profundamente relacionado com a «estrela da alvorada», ou seja: Vénus. Por isso, a figura de Lúcifer encontra-se profundamente relacionada com a sabedoria, a luz, a carnalidade e a liberdade.
O luciferismo professa por isso a crença em Lúcifer enquanto um ser andrógino, um espírito do ar, que é portador da luz, ou seja: da iluminação e do esclarecimento que apenas a sabedoria pode trazer.
Por isso mesmo, o nome «Lúcifer» também provém do termo do latim « Luxi » e «Ferre», ou seja: «aquele que transporta a luz», ou: «portador da luz».
"A Igreja Luciferiana"
Texto por Luciferian Church
Eu tenho observado o Luciferianismo sendo caracterizado como satanismo ateu, satanismo cristão, e as vezes coisas bem piores. O "Luciferianismo" está se tornando rapidamente uma palavra conhecida, e ainda mais incompreendida. Neste texto, irei apresentar mostrar da melhor maneira possível, seu verdadeiro significado.
Lúcifer é constantemente identificado como Portador da Luz , a Estrela da Manhã, a última a desaparecer ao nascer-do-sol. Lúcifer, antes de tudo, é sinônimo de orgulho. Na mitologia cristã, Lúcifer era um anjo perfeito, o mais poderoso depois do Deus cristão. Enquanto servia a Deus no paraíso, Lúcifer secretamente desejava, não usurpar, mas possuir os mesmos direitos de seu "superior". Lúcifer utilizou sua sagacidade e perfeição para conseguir o apoio de um-terço dos anjos celestiais. Por causa disto, foram atirados em um abismo de sofrimento, conhecido por inferno. Assim sendo, Lúcifer não aceitou se subornar a Deus, e preferiu reinar em seu próprio domínio. Satan, por outro lado, era o acusador. Satan significa o adversário. Mas mitos ou dogmas importam pouco.
O Luciferianismo não é ateísta. Luciferianismo é essencialmente um tipo de Satanismo Teísta, e mais: um significado para conhecimento, verdade, excelência e grandeza. Um luciferianista acredita que há algo que permanece oculto, algo que precisa ser compreendido, algo que precisa ser utilizado, e mais importante, que elevar a sua alma a um nível mais alto e mais organizado. Em uma visão espiritualista, o luciferianismo tenta identificar estas forças escondidas dentro de nós mesmos.
Se os satanistas querem desbancar o Cristianismo, eles não podem ser apenas um adversário para este. Inverter os dogmas de religiões inimigas, é dar a elas o controle das nossas. Em todo contexto, Lúcifer é aquilo que seu nome significa; ele é a iluminação,orgulho,poder, grandeza,felicidade,amor, muito mais que um adversário. É como Lúcifer que escolhemos chamar essa força superior, pois é o que melhor nos representa.
Filosoficamente, o luciferianismo é muito parecido com o satanismo tradicional da "Order of Nine Angles ONA". A excelência não é algo pronto, é algo que se constrói, e é para onde se voltam os ideais luciferianistas. Um luciferianista acredita em Lúcifer, e se identifica com ele. Um luciferianista está sempre pronto a mudar de direção, para coisas maiores e melhores, para saber mais, para se tornar melhor. Força é a maior dos objetivos, o resto vem com ela. O Luciferianismo procura o engrandecimento, para uma evolução pessoal. Luciferianismo é na prática, o que o satanismo é para muitos na teoria. A maior chave do Luciferianismo é simplesmente proporcionar a melhor maneira para conseguir sua própria evolução.
O Luciferianismo não é nem satanismo ateísta, nem satanismo cristão. A filosofia luciferianista gira em torno de orgulho e conhecimento. Um luciferianista sabe reconhecer os limites, e ocupa sua vida tentando quebrá-los. Não importa como as pessoas criticam o luciferianismo...é impossível entendê-lo até não viver essa experiência. Luciferianismo é uma distinção do Satanismo, uma inovação e não uma condenação. O luciferianista é um tipo de satanista, aquele que focaliza o crescimento e o orgulho, menos que a oposição.
Satanismo é uma religião, Luciferianismo é uma religião, embora muitos satanistas não se
considerem como religiosos. Estes são os que se denominam satanistas apenas porque " é legal", ou porque assusta as pessoas. O satanismo desta maneira não é nada mais do que uma versão camuflada do Humanismo. Há uma diferença entre o Humanismo e o Luciferianismo. Humanismo olha o homem como a medida de todas as coisas; Luciferianismo coloca o potencial como a medida de todas as coisas. Pseudo-satanistas vivem apenas o dia, o aqui e agora; Luciferianistas e Satanistas Tradicionais consideram essa atitude como anti-evolucionária e anti-defensiva. Como alguém pode evoluir se o futuro não está em sua mente? Evolução é uma meta, e para isso, devemos viver pensando em todos os momentos.
Luciferianismo é um tipo de espiritualidade. Uma crença em uma existência maior. Nós não nos escondemos atrás de um símbolo, mas vivemos o significado deste. Luciferianismo é um nível superior do entendimento, e um nível superior de nós mesmos.
Luciferian Church....
________________________
Crenças
Luciferianismo é um conjunto de crenças cuja base encontra-se em Lúcifer. Divide-se em Luciferianismo Tradicional ou Teísta (crença em Lúcifer como um ser espiritual) e Luciferianismo Simbólico ou Agnóstico (crença em Lúcifer como um símbolo de luz, conhecimento, crescimento individual e auto-aperfeiçoamento).
O Neoluciferianismo ou Luciferianismo Moderno é a versão mais atual do Luciferianismo, que resulta numa mescla das versões anteriores. Os luciferianistas modernos veem Lúcifer como um referencial de auto realização e desenvolvimento pessoal, sem desconsiderarem a possibilidade que Lúcifer de fato exista (enquanto entidade sobrenatural).
Na época da Inquisição católica todo e qualquer grupo ou pessoa que fosse, abertamente, não-cristã, poderia sofrer perseguição religiosa. O movimento, contudo, não desapareceu por completo e sim se desenvolveu, tendo relações com outras religiões ao longo do tempo, como a Religião Wicca - A Bruxaria Pagã - através da identificação de Lúcifer como uma das manifestações do Deus sol (o Consorte da Deusa). Alguns grupos Pagãos reconhecem Lúcifer como sendo parte do panteão pagão.O Luciferianismo Moderno empresta alguns rituais e simbologias literárias com o Satanismo. Hoje em dia, o Luciferianismo prega uma visão centrada em Lúcifer, mas de forma eclética e aberta ao desenvolvimento.
Quem é Lúcifer?
Desde a Antiguidade, passando pelos filósofos e desembocando na figura conhecida erroneamente como o "demônio cristão", diversos personagens da mitologia e divindades cultuadas em inúmeras e distantes culturas, possuem alusões a seres, sejam arquétipos ou concretos, que trazem consigo as características conhecidas em Lúcifer. A literatura contemporânea também o aborda amplamente, como as citações ocultistas de Helena Blavatsky e Eliphas Levi, e na obra poética de John Milton, Paradise Lost.
Segundo o mito cristão, Lúcifer era o mais forte e o mais belo de todos os Querubins e conquistou uma posição de destaque entre os demais. Porém, Lúcifer tornou-se orgulhoso de seu poder e revoltou-se contra Deus. O Arcanjo Miguel liderou as hostes divinas na luta contra Lúcifer e os anjos o derrotaram e o expulsaram do Reino do Céu. Mas a idéia de que Lúcifer rebelou-se contra o Criador e foi expulso também está presente em outras culturas, além do Cristianismo.
Por ser o "Portador da Luz", na Roma Antiga, Lúcifer foi associado ao planeta Vênus que, devido sua proximidade com o Sol, pode ser visto ao amanhecer. O anjo também é chamado de "Estrela da Manhã" e "Estrela d’Alva". Na Mitologia Romana era o filho de Astraeus e Aurora, ou de Cephalus e Aurora. Entre os gregos, Lúcifer pode ser associado com Apolo, o "Deus do Sol".
Nos estudos da Demonologia, diferentes autores atribuem a Lúcifer características comuns. No Dictionaire Infernale (1863) e no Grimorium Verum (1517), é o "Rei do Inferno" responsável por assegurar a justiça. No O Grimório do Papa Honório (século XVI ou XVII), Lúcifer também assume a função de "Imperador Infernal". Lúcifer também é cultuado numa variação da Wicca, sendo visto como o Deus do Sol e da Lua dos antigos romanos.
Luciferianismo & Satanismo
Apesar de popularmente Lúcifer e Satã serem quase sinônimos e esta idéia estender-se ao Satanismo e ao Luciferianismo, há diferenças primordiais entre eles e, por conseqüência, aos sistemas religiosos que os cercam.
Ao longo dos séculos, estes dois personagens também foram representados artisticamente de formas distintas. Por ser um anjo, Lúcifer, é comumente retratado como um homem com asas e, por vezes, empunhando um cajado. Enquanto Satã tem sua imagem associada ao homem com chifres e patas de cabra, muito semelhante ao deus Cornífero (ou Pã), divindade masculina e símbolo de fertilidade cultuada entre os pagãos.
Mas, talvez a maior e mais significativa diferença entre ambos os conceitos, encontra-se na origem das palavras. O termo Lúcifer origina-se no latim e significa "O portador da Luz" (Lux ou Lucis = Luz + Ferre = Carregar). A palavra Satã origina-se no hebraico, Shai'tan, e significa "Adversário"; podendo ser também uma variação do nome da divindade egípcia Set-hen. Dessa forma podemos deduzir que, genericamente, o Luciferianismo busca a Iluminação através de Lúcifer. Enquanto o Satanismo pode caracterizar-se pela oposição, neste caso, ao cristianismo. Assim, os luciferianos consideram que sua filosofia é um "aprimoramento" do Satanismo, apesar de não ser tão conhecido quanto a doutrina promovida por LaVey.
A combinação da imagem de Lúcifer ao "demônio cristão" foi ocasionada por uma interpretação equivocada do livro de Isaías: "Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo" (Isaías – Cap. XIV – Versículo XII a XV).
Este trecho narra as intenções do rei da Babilônia que almejava tornar-se maior que Deus, mas São Jerônimo, que ao traduzir a Bíblia do grego para o latim no século IV, associou esta passagem com Lúcifer e à serpente tentadora, ou seja, a simbologia do diabo cristão. Anteriormente, Lúcifer não havia essa relação. Tanto que, oficialmente, a Igreja não atribui a Lúcifer o papel de diabo, mas apenas a condição de "anjo caído".
Magia, rituais e pactos luciferianos
O Luciferianismo adotou diversas práticas ritualísticas e cerimoniais de outros sistemas mágicos, caracterizando assim, uma corrente de idéias próprias com objetivos distintos nesta doutrina. As influências sobre o Luciferianismo variam de antigos rituais pagãos até os conceitos contemporâneos do Satanismo.
Podemos citar como exemplos as chamadas práticas Internas e as práticas Externas, que subdividem-se em Herméticas e Cerimoniais. A Magia(k) (termo derivado da filosofia thelêmica) Interna é mais comum entre os luciferianistas, pois atua diretamente no estado de consciência e no espírito do praticante. A Magia(k) Externa é mais complexa e elaborada, exigindo uma série de fatores como dia e horários pré-estabelecidos, um local adequado, vestimentas e instrumentos próprios para efetuar mudanças no plano físico.
Neste caso, pode ser praticada solitariamente (Hermética) ou em grupo (Cerimonial). Mas ambas são igualmente importantes entre os luciferianistas, e o sucesso de uma modalidade interfere na outra.
É falso o conceito das chamadas Missas Negras, as quais seriam paródias blasfêmicas das liturgias católicas, utilizando-se de urina e fezes para substituir a hóstia e o vinho, recitando orações ao contrário e promovendo orgias entre os praticantes. Também é irreal a idéia de sacrifício humano ou animal. Neste caso, há apenas um sacrifício simbólico. Há ainda o conceito do "pacto com o diabo" (muito comum na crendice popular), no qual o praticante "vende a alma pro diabo" em troca de riquezas e sucesso. Sob a ótica luciferianista, o único pacto aceitável é o compromisso consigo próprio de buscar a iluminação espiritual utilizando-se da força da própria vontade.
A falta de informações acerca desta filosofia a torna ao mesmo tempo fascinante e temerosa. Enquanto uma grande parcela das pessoas a julga como sendo uma religião das trevas, na verdade não há título mais injusto do que este para ser-lhe atribuído; isto porque esta filosofia é centrada na procura pela iluminação (Divindade) pessoal através do caminho do autoconhecimento. Que religião obscura teria um propósito tão nobre? O próprio arquétipo que lhe empresta o nome foi adotado por esta razão: Lúcifer vem do latim Lux, Lucis = luz Ferre= portador, ou seja, o Portador da Luz.
O luciferiano, adotando Lúcifer como seu referencial, almeja alcançar as qualidades que este Ser representa, a saber: sabedoria, conhecimento, orgulho, liberdade, vontade, desafio, independência e iluminação. Ele está sempre procurando por seus limites para poder alcançá-los, e então transcendê-los, sabendo que este é o único caminho para sua ascensão evolutiva.
O conhecimento de si mesmo torna o homem conhecedor do todo, pois sendo um microcosmo, ele reflete o macrocosmo. Como exemplifica Papus em seu livro "ABC
do Ocultismo", é mais fácil conhecermos o Universo quando conhecemos o Homem, que é mais próximo de nós, do que conhecermos o Homem através do conhecimento do Universo, tão ainda inacessível às nossas faculdades. Ambos compartilham as mesmas leis. "O que está em cima é
como o que está embaixo", como cita a Tábua de Esmeralda de Hermes.
Utilizando este princípio é que podemos afirmar que o Homem carrega a centelha da divindade em si. Esta essência divina, contudo, não é algo pronto: ela se encontra em nós, mas precisamos desenvolvê-la para que ela possa despertar lapidada, e se refletir em sua intensidade mais plena e pura. Só através da metamorfose de homem para deus que podemos vislumbrar a totalidade do que somos. Deixamos de conjeturar o céu para nele habitar através das asas que geramos. Para isso nos foi legado sermos os únicos responsáveis por nossa própria evolução, tornando a capacidade de discernimento outra característica fundamental dos luciferianos. Afinal, embora no luciferianismo não haja regras proibitivas, sabemos que nem tudo nos convém. Ao realizarmos um ato, devemos estar preparados para suas conseqüências. A lei da ação e reação.
O caminho luciferiano, ao contrário do que muitos julgam, não é fácil de ser percorrido. Esta é uma grande ilusão de quem se arrisca a opinar sem ao menos tentar vivenciá-lo, já que o primeiro passo é romper com ideias, costumes, hábitos e regras impostos durante séculos a nós. É preciso muita determinação e força de vontade, além de uma constante autovigilância, para identificar e anular estas amarras. Consequentemente, não é uma filosofia dos que se sentem confortáveis em se esconder atrás de uma máscara, preferindo sufocar seus ideais e até mesmo sua realização neste plano para, através duma ilusão, obter uma falsa realização terrena ou metafísica.
O homem que se perde de sua essência perde tudo. Esquece-se de sua origem e torna-se um simples mortal no meio de tantos outros, sem nome, sem rosto, sem vida. Nenhum caminho que não reflita o próprio ser pode ser-lhe útil. Ao contrário, leva-o à sua própria destruição. Quando descobrimos nossa verdadeira essência e passamos a vivê-la, não há mais lugar para falsidades. Somos nós mesmos. Aos outros, porém, nos apresentaremos da maneira como nos enxergam e nos julgam, já que não podem nos compreender.
Realmente é assustador assumir a responsabilidade da construção de nossa própria vida, saber que somos os únicos responsáveis pelos erros e acertos cometidos, pela conquista da tristeza ou da felicidade, por nossa liberdade ou escravidão. Tanto o inferno quanto o paraíso podem estar presentes neste mundo. Cabe a cada um escolher em qual deles deseja habitar, pois somos nós quem os construímos conforme nossa maneira de viver.
O fato é que o ser humano se acostumou de tal modo a habitar a escuridão, que quando presencia uma luz ou a teme ou a admira ao longe, sendo poucos os que se arriscam a serem iluminados por ela. Isso ocorre devido ao homem encontrar-se atualmente extremamente isolado de si mesmo. Desde que nasce está submetido a valores, diretrizes e dogmas que moldam e governam a sua vida de tal maneira que ele sente necessidade de se enquadrar nesta realidade que lhe foi apresentada, mas que por muitas vezes não é a sua.
Quem nunca entrou em conflito ao perceber, mesmo que momentaneamente, que era diferente dos demais e dos padrões impostos pela sociedade? Quem nunca pelo menos durante um dia que fosse não tentou viver a vida de outras pessoas para tentar ser como elas e se encaixar em um grupo? Tudo pelo horror de imaginar-se só, excluído. Estas experiências ocorrem em nossas vidas nos demonstrando a imensa força da sugestão da cultura e costumes sob as quais crescemos e que nos cercam todos os dias através de todos os meios.
Este estímulo imposto a nós de maneira sutil e camuflada para viver em meio a tantos de nossa espécie é apenas mais uma artimanha para criar pessoas sem identidade própria, em que todas desejam ser iguais para serem igualmente aceitas e apreciadas. Criação de personalidades que desde cedo moldam o ser humano e se enraízam tão profundamente que não há mais no futuro como identificá-las como não sendo parte dele.
Sua busca então se desvia de sua verdadeira essência para buscar o que é exterior a si e de que nada lhe serve, a não ser corresponder às expectativas alheias e tornar-se mais um fantoche da sociedade. Mundus vult decipi, ergo decipiatur.
Esta realidade a cada dia se torna mais comum, pois em sua grande maioria a humanidade deixou de pensar por si mesma, se acomodando às situações ao invés de usar seu senso crítico para se questionar sobre quem realmente é, sua origem, propósito e vida. Ela procura por respostas a seus questionamentos e frustrações em diversas fontes, tentando se encontrar em uma delas, mas fugindo da única que pode fornecer respostas verdadeiras, a qual se encontra unicamente no interior de cada um.
Embora todos estejam sujeitos às influências externas, não devem as absorver aceitando-as passivamente. Momentos de reflexão e autoanálise são necessários para identificar e compreender as contradições e conflitos existentes entre o que se vive e o que se é. Começa então o despertar de um sono profundo, que exige intensa determinação para se levantar e utilizar com sabedoria e perspicácia as qualidades que os elevarão e os destacarão entre as multidões
Para isso não podemos mais nos limitar a enxergar a vida apenas com os olhos do corpo; temos capacidade de enxergar muito além deles, ao fechá-los para o mundo que nos é apresentado e abrirmos finalmente os olhos da alma para o nosso mundo interior, que embora tão próximo de nós, se torna inatingível para os que não o desejam. Negamo-nos a continuar a rastejar em meio aos demais, nos sujando e nos escondendo na lama turva em que se contorcem, defendendo ser a vida.
A Vida, em realidade, nada é além de nossa própria iniciação. Acúmulos estéreis de conhecimento para nada servem se não forem sabiamente aplicados, a não ser para sobrecarregar ainda mais a máscara de quem os adquiriu. Toda teoria deve ser sentida, vivenciada na prática; é aí que sua veracidade se revelará.
Não adianta apenas almejar por algo; é necessário deixar o comodismo de lado, ousar e fazer desta busca sua meta para que ela se torne realidade. Assim o homem se tornará sua busca, mesmo que esta nem sempre seja a mais nobre. O fato é que todos se tornarão semelhantes aos seus atos, como conseqüência de suas conquistas ou derrotas, mesmo que esta imagem possa ser distorcida por uma máscara perante as multidões. Ninguém pode enganar o espelho, embora possa enganar a si mesmo a ponto de ver outra imagem refletida nele. Jung afirma com ênfase: “Quem caminha em direção a si mesmo corre o risco do encontro consigo mesmo. O espelho não lisonjeia, mostrando fielmente o que quer que nele se olhe; ou seja, aquela face que nunca mostramos ao mundo, porque a encobrimos com a persona, a máscara do ator. Mas o espelho está por detrás da máscara e mostra a face verdadeira”.
É importante frisar que esta busca jamais deve ser movida por intenções vãs, desprovidas de senso, como uma fuga, um reconhecimento, uma troca, uma nutrição de ego, um título. O autoconhecimento deve ser a meta primordial.
Sendo assim, a cada um cabe sua escolha: somos os únicos responsáveis por nossos atos e colheremos exatamente o que plantarmos. A própria vida ou mostrará sua face doce através de virtudes e flores, ou sua face vingativa, fazendo com que a má colheita nela se abrigue com vícios e espinhos, aumentando cada ano mais suas conseqüências e a intensidade do sentimento de infortúnio e sofrimento que nela se abrigam.
O luciferiano, adotando Lúcifer como seu referencial, almeja alcançar as qualidades que este Ser representa, a saber: sabedoria, conhecimento, orgulho, liberdade, vontade, desafio, independência e iluminação. Ele está sempre procurando por seus limites para poder alcançá-los, e então transcendê-los, sabendo que este é o único caminho para sua ascensão evolutiva.
O conhecimento de si mesmo torna o homem conhecedor do todo, pois sendo um microcosmo, ele reflete o macrocosmo. Como exemplifica Papus em seu livro "ABC
do Ocultismo", é mais fácil conhecermos o Universo quando conhecemos o Homem, que é mais próximo de nós, do que conhecermos o Homem através do conhecimento do Universo, tão ainda inacessível às nossas faculdades. Ambos compartilham as mesmas leis. "O que está em cima é
como o que está embaixo", como cita a Tábua de Esmeralda de Hermes.
Utilizando este princípio é que podemos afirmar que o Homem carrega a centelha da divindade em si. Esta essência divina, contudo, não é algo pronto: ela se encontra em nós, mas precisamos desenvolvê-la para que ela possa despertar lapidada, e se refletir em sua intensidade mais plena e pura. Só através da metamorfose de homem para deus que podemos vislumbrar a totalidade do que somos. Deixamos de conjeturar o céu para nele habitar através das asas que geramos. Para isso nos foi legado sermos os únicos responsáveis por nossa própria evolução, tornando a capacidade de discernimento outra característica fundamental dos luciferianos. Afinal, embora no luciferianismo não haja regras proibitivas, sabemos que nem tudo nos convém. Ao realizarmos um ato, devemos estar preparados para suas conseqüências. A lei da ação e reação.
O caminho luciferiano, ao contrário do que muitos julgam, não é fácil de ser percorrido. Esta é uma grande ilusão de quem se arrisca a opinar sem ao menos tentar vivenciá-lo, já que o primeiro passo é romper com ideias, costumes, hábitos e regras impostos durante séculos a nós. É preciso muita determinação e força de vontade, além de uma constante autovigilância, para identificar e anular estas amarras. Consequentemente, não é uma filosofia dos que se sentem confortáveis em se esconder atrás de uma máscara, preferindo sufocar seus ideais e até mesmo sua realização neste plano para, através duma ilusão, obter uma falsa realização terrena ou metafísica.
O homem que se perde de sua essência perde tudo. Esquece-se de sua origem e torna-se um simples mortal no meio de tantos outros, sem nome, sem rosto, sem vida. Nenhum caminho que não reflita o próprio ser pode ser-lhe útil. Ao contrário, leva-o à sua própria destruição. Quando descobrimos nossa verdadeira essência e passamos a vivê-la, não há mais lugar para falsidades. Somos nós mesmos. Aos outros, porém, nos apresentaremos da maneira como nos enxergam e nos julgam, já que não podem nos compreender.
Realmente é assustador assumir a responsabilidade da construção de nossa própria vida, saber que somos os únicos responsáveis pelos erros e acertos cometidos, pela conquista da tristeza ou da felicidade, por nossa liberdade ou escravidão. Tanto o inferno quanto o paraíso podem estar presentes neste mundo. Cabe a cada um escolher em qual deles deseja habitar, pois somos nós quem os construímos conforme nossa maneira de viver.
O fato é que o ser humano se acostumou de tal modo a habitar a escuridão, que quando presencia uma luz ou a teme ou a admira ao longe, sendo poucos os que se arriscam a serem iluminados por ela. Isso ocorre devido ao homem encontrar-se atualmente extremamente isolado de si mesmo. Desde que nasce está submetido a valores, diretrizes e dogmas que moldam e governam a sua vida de tal maneira que ele sente necessidade de se enquadrar nesta realidade que lhe foi apresentada, mas que por muitas vezes não é a sua.
Quem nunca entrou em conflito ao perceber, mesmo que momentaneamente, que era diferente dos demais e dos padrões impostos pela sociedade? Quem nunca pelo menos durante um dia que fosse não tentou viver a vida de outras pessoas para tentar ser como elas e se encaixar em um grupo? Tudo pelo horror de imaginar-se só, excluído. Estas experiências ocorrem em nossas vidas nos demonstrando a imensa força da sugestão da cultura e costumes sob as quais crescemos e que nos cercam todos os dias através de todos os meios.
Este estímulo imposto a nós de maneira sutil e camuflada para viver em meio a tantos de nossa espécie é apenas mais uma artimanha para criar pessoas sem identidade própria, em que todas desejam ser iguais para serem igualmente aceitas e apreciadas. Criação de personalidades que desde cedo moldam o ser humano e se enraízam tão profundamente que não há mais no futuro como identificá-las como não sendo parte dele.
Sua busca então se desvia de sua verdadeira essência para buscar o que é exterior a si e de que nada lhe serve, a não ser corresponder às expectativas alheias e tornar-se mais um fantoche da sociedade. Mundus vult decipi, ergo decipiatur.
Esta realidade a cada dia se torna mais comum, pois em sua grande maioria a humanidade deixou de pensar por si mesma, se acomodando às situações ao invés de usar seu senso crítico para se questionar sobre quem realmente é, sua origem, propósito e vida. Ela procura por respostas a seus questionamentos e frustrações em diversas fontes, tentando se encontrar em uma delas, mas fugindo da única que pode fornecer respostas verdadeiras, a qual se encontra unicamente no interior de cada um.
Embora todos estejam sujeitos às influências externas, não devem as absorver aceitando-as passivamente. Momentos de reflexão e autoanálise são necessários para identificar e compreender as contradições e conflitos existentes entre o que se vive e o que se é. Começa então o despertar de um sono profundo, que exige intensa determinação para se levantar e utilizar com sabedoria e perspicácia as qualidades que os elevarão e os destacarão entre as multidões
Para isso não podemos mais nos limitar a enxergar a vida apenas com os olhos do corpo; temos capacidade de enxergar muito além deles, ao fechá-los para o mundo que nos é apresentado e abrirmos finalmente os olhos da alma para o nosso mundo interior, que embora tão próximo de nós, se torna inatingível para os que não o desejam. Negamo-nos a continuar a rastejar em meio aos demais, nos sujando e nos escondendo na lama turva em que se contorcem, defendendo ser a vida.
A Vida, em realidade, nada é além de nossa própria iniciação. Acúmulos estéreis de conhecimento para nada servem se não forem sabiamente aplicados, a não ser para sobrecarregar ainda mais a máscara de quem os adquiriu. Toda teoria deve ser sentida, vivenciada na prática; é aí que sua veracidade se revelará.
Não adianta apenas almejar por algo; é necessário deixar o comodismo de lado, ousar e fazer desta busca sua meta para que ela se torne realidade. Assim o homem se tornará sua busca, mesmo que esta nem sempre seja a mais nobre. O fato é que todos se tornarão semelhantes aos seus atos, como conseqüência de suas conquistas ou derrotas, mesmo que esta imagem possa ser distorcida por uma máscara perante as multidões. Ninguém pode enganar o espelho, embora possa enganar a si mesmo a ponto de ver outra imagem refletida nele. Jung afirma com ênfase: “Quem caminha em direção a si mesmo corre o risco do encontro consigo mesmo. O espelho não lisonjeia, mostrando fielmente o que quer que nele se olhe; ou seja, aquela face que nunca mostramos ao mundo, porque a encobrimos com a persona, a máscara do ator. Mas o espelho está por detrás da máscara e mostra a face verdadeira”.
É importante frisar que esta busca jamais deve ser movida por intenções vãs, desprovidas de senso, como uma fuga, um reconhecimento, uma troca, uma nutrição de ego, um título. O autoconhecimento deve ser a meta primordial.
Sendo assim, a cada um cabe sua escolha: somos os únicos responsáveis por nossos atos e colheremos exatamente o que plantarmos. A própria vida ou mostrará sua face doce através de virtudes e flores, ou sua face vingativa, fazendo com que a má colheita nela se abrigue com vícios e espinhos, aumentando cada ano mais suas conseqüências e a intensidade do sentimento de infortúnio e sofrimento que nela se abrigam.
EU QUERO,SERVIR A LUCIFER AQUI NÃO TEM NADA QUE SEJA REFERENTE A LUCIFER .EU SONHO EM IR EM UM TEMPLO,EM FAZER UMA MATANÇA A LUCIFER, MAIS UNS FALA QUE PODE OUTROS FALA QUE NÃO, MAIS EU QUERO QUERO MIM ENTREGAR A ELE ,EU È MEU FILHO O QUE FASO HAIL LUCIFER
ResponderExcluirEu sou Lúcifer, seja minha serva!
ExcluirAve Lúcifer, o verdadeiro Deus criador.
ResponderExcluirAmei a Matéria, que Lúcifer o abençoe por esse maravilhoso blog
ResponderExcluirDeus tenha misericórdia da alma de vocês.
ResponderExcluir