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Draconian anti-cosmic






A fala da Dragão
Eu sou o teu eu mais profundo.
Eu contemplo por você um mundo de luzes e cores da escuridão atrás de teus olhos.
Eu alcanço através tuas mãos e com elas toco os suaves prazeres de teu vivente mundo.
Eu sou o mais antigo, o criador dos deuses.
Eu sou a mudança e o invariável.
E sempre que você olha fixamente nos olhos de outro, lá!
Eu olho de volta para você!
Eu sou a fonte de tudo que existe!
E Aquele que me reconhece como sendo eu também se torna a fonte e é, realmente um feiticeiro.
Aquele que permite o fluxo de meu ser e que me reconhece pelos nervos de seu próprio corpo pode tocar e mudar tudo conforme a sua vontade, e é realmente, mágico.
E minha magia draconiana é doce porque eu realizo os grandes desejos.
Nisso que tu chamas de sonho, eu reúno minhas forças.
Nisso que tu chamas de realidade, eu organizo meus sonhos.
Eu sou grandioso para todos que buscam meu ser e meu poder pois sou o direito de buscar os teus próprios prazeres!
Eu sou o verdadeiro deus, o deus uno, o único deus que há.
Eu sou teu e tua arte é minha.
Sim, até mesmo meu símbolo é o espelho!
E saiba bem meu nome para através de nossa honra preferi-lo em todas as tuas ações.
Pois sou um Dragão, o deus caçador e dominador das sombras.
Ai então será e permanecerá merecedor da minha magia draconiana.





“Alados seres que alcançam a Gnose
Alimentando a chama da sabedoria Luciferiana
Em campos de silencio agudo e solitário
Descobrem a Alquimia de suas essências
Morra Iniciado!
Sinta o frio das campas em brumas sombrias
Onde és teu próprio Senhor
Comungando com teus antepassados...
Serpente erga-se!
Destrua as correntes vigentes
Alimente as fagulhas escolhidas
Com a chama do “primo solus”
A cruz é derrubada juntamente com sua causalidade
E o grito de libertação é a metamorfose primal
Levante-se Filho da Chama!
Desperta esse mundo
Da Dor, medo e da morte
Levante-se Incinerador!
Arranque meu coração!
Daí-me o doce sabor da Sabedoria.”

De todos os animais mitológicos, o dragão é provavelmente o mais intenso, significativo, poderoso e complexo. Não se trata de provar a veracidade da existência dessas lindas criaturas, sim de mostrar a grandeza dela no âmbito evolucionista dos homens em milênios de sincretismos entre os povos da Terra. Uns dizem serem lagartos alados, outros serpentes, deuses, demônios; que assim como as cobras, estão associados à eternidade. Protegendo, ora destruindo, tal mito atravessou milênios de história e ainda é cultuado pela humanidade em diversos segmentos culturais e até religiosos.
Esses símbolos de poder, riqueza, glória e medo possuem origem e tempo cronológico incertos. Especula-se que nasceram em virtude da observação dos fósseis de grandes criaturas (desde a Era Mesozóica) onde a mitologia era cercada de grandes heróis que, supostamente, derrotavam tais criaturas. Em algumas culturas orientais, o dragão é considerado síntese de poder e riqueza, haja vista que muitos templos são adornados com dragões protetores. 



No antigo Egito, a forma draconiana existia como “adversário da Luz”. Apep (ou Aphopis em grego), a grande serpente inimiga de Maàt, era a personificação da escuridão e do caos da não existência. A serpente, ou melhor, formas serpentinas sempre figuravam o mito da criação e destruição. Tidas como mediadoras, detentoras de curas (espirituais), figuras da ressurreição e pêndulos de vida e morte, tais animais demonstravam seus poderes em todos os continentes e nas mais diversas culturas. Em verdade, a forma draconiana muitas vezes é considerada como a evolução das serpentes, donde tais “animais Reais” subiriam aos céus.
Dragões são formas altamente evoluídas e classificar um deus como um dragão é dar a ele todo legado da geração, evolução e transmutação das formas. Além disso, nas formas draconianas, os deuses possuem a plenitude de sua “Sabedoria” e o domínio Elemental. Nas narrativas mitológicas, muitos deuses harmonizados no lado sinistro eram inimigos e lutaram em batalhas épicas. Partindo de tais informações, seguindo conceitos Junguianos, livramo-nos de barreiras impostas pelos conceitos de moralidade e reduzimos o abismo entre o inconsciente e o consciente. Portanto, ao endeusarmos os dragões, deixamos de lado nosso caminho “de espinhos e atalhos dificultosos” e andamos numa reta rumo ao despertar.
Na China, os dragões são a síntese do próprio povo. “Long De Chuan Ren” (filhos do dragão-龙的传人) é uma expressão usada pelo povo para fortalecer suas convicções políticas e sociais. Na cultura, os dragões assumiam formas humanas ou de qualquer outra espécie para elevar a humanidade, afinal, “são” seres que habitam o “Jardim da Sabedoria” (similar ao Éden hebreu).
Principalmente no Leste Europeu, seletas sociedades secretas e ordens são representadas pelos dragões Algumas possuem influencia do culto indiano às Nagas (palavra sânscrita que significa “Cobra, serpente” habitante das águas divinas), outras, porém, dos mitos Babilônicos e Sumerianos .Posso citar a Ordo Draconis et Atri Adamantis “Dragon Rouge” e o Temple of the Black Light, cujos sites estão disponíveis na rede mundial.
Os dragões, apesar de serem em sua maioria alados e estarem associados ao “Ar”, também podem estar ligados aos demais elementos naturais: Fogo, Terra, e Água. Guardam riquezas, geram acontecimentos climáticos, protegem e concedem dons espirituais e carnais. Existe também a associação dos dragões com os pontos cardeais e seus respectivos elementos:
Norte: Dragão da Terra
Leste: Dragão dos Ares
Oeste: Dragão das Águas
Sul: Dragão do Fogo
Arquétipos draconianos
Vale ressaltar alguns muito marcantes dentro do conceito “anti-cósmico”.
Apep: (já descrito).
Dahaka: Dragão de origem persa, cujos nomes podem variar entre Azimute Dahaka e Azhi Dahaka. Suas três cabeças servem ao exército de Ahriman na luta contra o demiurgo persa (Zoroastrismo) Ahura-Mazda. Assim como Dahaka, Ashmoug (outra forma draconiana) também contribui com os exércitos.
Hydra: Uma serpente ctônica de origem grega, besta das águas, cujas sete cabeças (similar a Lotan), quando decepadas, cresciam novamente. Sua respiração exalava um veneno mortal. Tida como uma das formas que guardavam a entrada do submundo (assim como Cérbero). Em algumas passagens mitológicas era descrito como filho de Thypon.
Labbu: Forma draconiana mesopotâmica/acadiana. Um Leão/serpente, aterrorizador, portador de enormes poderes provindos do mar. Aterroriza os deuses cósmicos. É um aniquilador, ou melhor, o ultimo suspiro da humanidade. Algumas correntes associam-no como filho da própria Tiamat.

 
Leviathan: Dragão dos Mares da cultura hebraica é descrito com riqueza de detalhes em Jó (Bíblia Cristã), como monstro marinho indestrutível pelos homens que governa as tempestades e o caos das profundezas. Em Salmos também ocorre à aparição dele. Seu equivalente na cultura nórdica é Jormungand, um dos três filhos de Loki. Assim como seu arquétipo, aguarda o “A Batalha Final” para cobrir toda Terra com seu veneno e cumprir sua vingança.
Nidhogg: Níðhöggr ou Nidogue, dragão de origem nórdica, cuja função de devastador e decompositor se assemelha a alguns aspectos de Ghougiel. É a representação anti-cósmica da religião nórdica.

Python: Forma draconiana de origem romana (posteriormente grega). Python é nascida na lama pós - dilúvio, do barro. Temida e devoradora, espalha a dor, morte e destruição.

Rahab: Outra designação de origem hebraica, Rahab é um termo comparável aos arquétipos draconianos marinhos como também ao próprio Tohu. Rahab é o próprio Caos das águas (em especial ao mar morto).

Rahu: Forma draconiana de origem hindu. Sua força tem a capacidade de “engolir o sol”, “cobrir o sol” através de eclipses solares. 

Saraph Mehophep: A áspide venenosa voadora da cultura hebraica, citada na Bíblia em Isaias 30:6.
Tanin'iver: Dragão anti-cósmico de origem hebraica. Segundo as lendas, essa manifestação draconiana é o “veiculo” que conduz Ama Lilith para o acoplamento com Samael (Satan).
Taninsam: Dragão da cultura hebraica são as formas de dragões, crocodilos e répteis. Tais animais possuem veneno e esse veneno nos estados kliphoticos são usados para matar o ego dos homens dominados pela força de Ieve. Também é a forma como chamamos a “Mãe Negra Lilith” em seu aspecto draconiano e ofídico. Quando Taninsam é invocada, seu veneno mata o ser fraco que habita no receptáculo material e faz renascer o forte com seus refinados conceitos da gnose negra.
Tehon: possui muitos significados. Inicio dissertando que é uma das formas de manifestação de Tiamat (sete mundos infernais), afinal, a palavra acadiana “tantu” tem significado semelhante à Tiamat. Tehom também é a manifestação das águas profundas primordiais (abismo) descritas na Torá. Sendo assim, o “caos amorfo” ou ainda a força que gerou todos os deuses.
Tiamat: Deusa sumeriana do antigo panteão primal. Continha a plenitude dos poderes supremos do caos original. Descrita como a forma draconiana matriarca que dominava os negros oceanos. Sua aparência com sete cabeças é relacionada com Lotan (deus ugarítico), senhor mares primitivos. As criaturas do mar primordial possuem arquétipos muito similares e isso reforça a idéia de uma possível divisão elementar das formas draconianas.
Thypon: Forma draconiana grega, associado a Satan. Representa a indignação contra o demiurgo Zeus. È filho da Terra e do Vento. Alado, recebe o nome de Typhon-Há furando o céu do meio-dia.
Vritra: Forma draconiana hindu. Um dos três “Asuras” que destruía em seu interior todas as formas causais do Megacosmos. 
Zohak: Forma draconiana de origem persa. Personificação de Azhi Dahaka. Pertence ao exército de Ahriman. O símbolo dessa dinastia é o “signum Draconis purpureum”, ou seja, o “signo do dragão púrpura”. Para alguns estudiosos, torna-se arquétipo de Satan.


A forma draconiana e o medo

A serpente tornou-se alvo de asco e medo após o cristianismo (advento do Éden). Ao longo de toda história religiosa da humanidade, as serpentes exerceram papéis fundamentais dentro dos cultos pagãos e politeístas. Desde o Xamanismo até a Alquimia, os seres draconianos são símbolos incontestáveis de sabedoria.

Na magia livre de dogmas e preceitos infundados, os deuses assumem tais formas livres de padrões humanizados. Uma serpente alada é completamente fora dos conceitos, e ocorre a quebra dos grilhões da óptica ilusionista, abrindo os sentidos da alma para retratarmos tais seres. Os desenhos estilo “Fantasy art” são exatamente isso.

No sitema do Septagrama Negro, todos os deuses assumem a forma draconiana. Buscamos nas “Inteligencias” a forma mais pura e poderosa a fim de comungarmos com a verdade por de trás do “véu das formas”. 

Ser draconiano, ou melhor, assumir uma forma draconiana não é literalmente transformar-se em dragão, mas sim, receber as qualidades inerentes aos dragões. Nas práticas obscuras, transformamo-nos nos alados seres que recebem a gnose livre de imposições quaisquer. A “troca de pele”, comum aos seres serpentinos figura nossa modificação e crescimento, deixando pra trás todos os conceitos ultrapassados e estagnados , brilhando por um período de tempo, até a nova troca, num processo contínuo rumo ao fogo de Moloch.

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