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GRAU III




Conhecer, Ousar, Querer a Calar são os quatro pilares principais do
templo de Salomão, portanto do macro a do microcosmo sobre os quais
foi erigida a sagrada ciência da magia. Relativamente aos quatro
elementos, são estas as características básicas que todo mago deve possuir
se quiser alcançar o grau mais elevado desta ciência.

O saber mágico pode ser adquirido por qualquer um através de um
estudo intenso, e o conhecimento de suas leis possibilita ao aprendiz
alcançar, gradativamente, o estágio mais elevado da sabedoria.
Querer: É um aspecto da vontade que só pode ser alcançado com
tenacidade, paciência a persistência no estudo da ciência sagrada a na sua
aplicação prática. Quem pretende não só satisfazer sua curiosidade, mas
levar a sério o seu estudo a escalar o caminho que o levará às mais
luminosas alturas, precisará dispor de uma vontade inquebrantável.
Ousar: Quem não teme sacrifícios nem obstáculos, a também não dá
atenção às opiniões dos outros, mas mantém o objetivo sempre à sua
frente sem se importar se terá sucesso ou fracassará, receberá a melhor
das recompensas.

Calar: Quem gosta de se gabar a se promover exibindo sua sabedoria,
não poderá nunca ser um verdadeiro mago. Um mago não precisa
assumir ares de autoridade, muito pelo contrário, ele se esforça em não
aparecer. Calar é ouro! Quanto mais ele se calar sobre as próprias
experiências a conhecimentos, sem se isolar das outras pessoas, tanto mais
poderes ele obterá da fonte primordial. Portanto, quem quiser obter o
conhecimento e a sabedoria deverá empenhar-se em adotar essas quatro
qualidades básicas, sem as quais ninguém conseguirá alcançar as coisas
essenciais da magia sagrada.

Instrução Mágíca do Espírito (III)



Concentração do pensamento em duas ou três idéias simultaneamente
No segundo grau nós aprendemos a praticar a concentração dos sentidos,
isto é, a induzirmos a concentração de cada um de nossos sentidos. Nesse
grau nós ampliaremos nossa capacidade de concentração, na medida em
que nos fixaremos não só em um único sentido, mas em dois ou três
simultaneamente. Eu gostaria de mostrar aqui alguns exemplos, através
dos quais o próprio aprendiz poderá organizar o seu trabalho. Imagine
plasticamente um relógio de parede com um pêndulo que vai a vem. A
representação imaginária deve ser tão real a ponto de se achar que existe
de fato um relógio na parede. Ao mesmo tempo experimente ouvir o seu
tic-tac. Tente fixar essa dupla imaginação, da visão a da audição, durante
cinco minutos. No início você só conseguirá fazê-lo durante alguns
segundos, mas com a repetição constante você conseguirá fixá-las por
mais tempo.







A prática cria o mestre! Repita essa experiência com algum outro objeto
semelhante, talvez um gongo, a além de tentar ouvir os seus golpes, tente
também ver a pessoa que o está golpeando. Depois tente ver um regato a
ouvir o murmúrio das águas. Imagine um campo de trigo a tente ouvir o
som do vento que o varre. Para variar, tente montar sozinho algumas
experiências semelhantes, que considerem dois ou até três sentidos ao
mesmo tempo. Outras experiências com imaginações visuais ou auditivas
também podem ser feitas, considerando-se por exemplo a visão e a
sensação do toque (tato). Todos os sentidos devem ser desenvolvidos de
modo vital e concentrativo.

Deve-se conferir um valor especial à visão, à audição a ao tato, que são
muito importantes para qualquer Progresso na magia. Volto sempre a
enfatizar o grande significado desses exercícios para o progresso em todo
o caminho mágico; é por isso que devemos praticá-los todos os dias com
perseverança. Quando conseguirmos fixar simultaneamente duas ou três
concentrações de sentidos por no mínimo cinco minutos, então o exercício
estará completo. Se o cansaço interferir no exercício, devemos
interrompe-lo a adiá-lo para um momento mais propício, quando o
espírito estiver mais alerta. Além disso devemos evitar adormecer
durante a prática do exercício. Sabe-se que as primeiras horas da manhã
são as mais propícias para os trabalhos de concentração.

Depois de alcançar um certo grau de concentração nesses exercícios,
fixando dois ou três sentidos ao mesmo tempo por no mínimo cinco
minutos, podemos prosseguir.
Concentração do pensamento em objetos, paisagens e lugares
Escolha novamente uma posição confortável como nos outros trabalhos
de concentração. Feche os olhos a imagine plasticamente um lugar bem
familiar, como por exemplo uma região, uma casa, uma relva, um jardim,
um campo, um bosque, etc. Fixe essa imagem. Todos os detalhes, como
cor, luz a forma devem ser memorizados. A imagem deve ser muito
palpável plasticamente, como se você estivesse pessoalmente naquele
local; nada deve escapar-lhe ou ser omitido. Se a imagem lhe fugir do
pensamento ou ficar embaçada, chame-a de volta tornando-a nítida
novamente. O exercício estará completo quando você conseguir fixar a
manter a imagem plástica na mente por no mínimo cinco minutos.
Então experimente acrescentar à mesma imagem uma concentração
auditiva. Caso você tenha imaginado um belo bosque, então ouça o canto
dos pássaros, o murmúrio do regato, o soprar do vento, o zumbido das
abelhas, etc. Ao conseguir isso, passe para a próxima imagem, de modo
semelhante. O exercício estará completo quando você conseguir imaginar
cada local, região ou paisagem com dois ou três sentidos
simultaneamente, durante no mínimo cinco minutos. Ao alcançar esse
grau de concentração, tente realizar esses mesmos exercícios com os olhos
abertos, fixando o olhar num ponto determinado ou no vazio. O ambiente
físico ao redor deve deixar de existir para você, e a imagem escolhida
deve flutuar diante de seus olhos como uma miragem. Ao conseguir fixar
uma imagem pelo tempo de cinco minutos, passe para a próxima.

O exercício pode ser considerado completo quando você conseguir
chamar qualquer imagem desejada, com os olhos abertos, a fixá-la
durante cinco minutos junto com um ou mais sentidos diferentes. Assim
como as imagens de um acontecimento que passam diante de nós depois
da leitura de um romance, essas imagens também deverão ser
visualizadas em qualquer exercício de concentração.
Aprendemos a imaginar regiões a lugares que já vimos antes ou que já
conhecemos. Agora devemos então tentar visualizar locais a regiões
imaginários, Le., que nunca vimos antes. No início podemos até fazê-lo
com os olhos fechados, a ao dominarmos essa técnica, com dois ou três
sentidos ao mesmo tempo ao longo de cinco minutos, com os olhos
abertos. O exercício estará completo quando conseguirmos fixar essa
imaginação com os olhos abertos durante cinco minutos.

Concentração do pensamento em animais e pessoas
Dos objetos inanimados, locais, regiões, casas a bosques passaremos aos
entes vivos. Imaginemos diversos animais como cães, gatos, pássaros,
cavalos, vacas, bezerros, galinhas, tão plasticamente quanto na
concentração dos objetos. Inicialmente durante cinco minutos com os
olhos fechados, a depois com os olhos abertos. Dominado esse exercício,
devemos imaginar os animais em seus movimentos: um gatinho se
lavando, caçando um camundongo, bebendo leite; um cão latindo,
correndo; um pássaro voando, bicando a comida no chão, etc. Estas a
outras combinações semelhantes devem ser escolhidas à vontade pelo
aluno, primeiro com os olhos fechados a depois com eles abertos. Ao
conseguirmos fazê-lo durante cinco minutos sem perturbações, então o
exercício estará completo, a poderemos passar adiante.

Do mesmo modo devemos proceder quanto aos seres humanos. Primeiro
os amigos, parentes, conhecidos, falecidos, a depois pessoas estranhas que
nunca vimos antes. Depois imaginemos as feições de seus rostos, a cabeça
toda, a por último o corpo inteiro coberto pela roupa. Sempre primeiro
com os olhos fechados a depois com os olhos abertos. A duração mínima
de cinco minutos deve ser alcançada antes de continuarmos, imaginando
as pessoas em movimento, portanto, andando, trabalhando a falando.
Fazendo isso com um dos sentidos, por exemplo, a visão, devemos
combiná-lo com outro, que pode ser a audição, ou a imaginação auditiva;
assim ao imaginarmos a voz da pessoa, devemos ouvi-la falando. Devemos
nos esforçar em adaptar a imaginação à realidade, por exemplo imaginar
a tonalidade, a velocidade e o ritmo da fala real da pessoa em questão.
Primeiro com os olhos fechados, depois com eles abertos.
Poderemos então dar prosseguimento a esse exercício imaginando pessoas
totalmente desconhecidas a inventando diversas feições a vozes para elas.
Podem ser pessoas de ambos os sexos e diversas idades.

Imaginemos pessoas de outras raças, mulheres a homens, jovens a velhos,
crianças, como por exemplo, indianos, negros, chineses, japoneses. Como
meios auxiliares podemos usar livros a revistas ilustradas, assim como
fazer visitas aos museus. Depois de alcançarmos o objetivo de fixar a
imagem durante cinco minutos com os olhos fechados a também com eles
abertos, a instrução mágica do espírito, do terceiro grau, estará completa.
Em todos os exercícios devemos ter muita paciência, perseverança,
constância e tenacidade, para dominar os mais difíceis. Aqueles alunos
que conseguem dispender o esforço exigido, ficarão muito satisfeitos com
as forças obtidas através dos exercícios de concentração e poderão
aprofundá-las no grau seguinte. Os exercícios de concentração dessa
etapa fortalecem não só a força de vontade e a capacidade de
concentração, mas todas as forças em conjunto, intelectuais a espirituais,
despertam a capacidade mágica do espírito e são imprescindíveis como
pré-exercício para a transmissão do pensamento, a telepatia, a viagem
mental, a clarividência, a vidência à distância a outros. Sem essas
capacidades o futuro mago não progredirá. Por isso, devemos empenhar
todos os nossos esforços em trabalhar com cuidado a constância.













Instrução Mágica da Alma (III)

Antes de iniciar a instrução desse grau, para que não nos prejudiquemos
devemos ter certeza de que em nossa alma prevalece o equilíbrio astral
dos elementos, o que pode ser obtido pela introspecção e o auto-domínio.
Diante da certeza de não haver nenhum elemento predominante,
devemos, no decurso da evolução, continuar a trabalhar no
aperfeiçoamento do caráter; mas mesmo assim, já podemos passar ao
trabalho com os elementos, no corpo astral.
Respiração dos Elementos no Corpo Inteiro
Nessa etapa, a tarefa é a adequação de si mesmo às características básicas
dos elementos, tomando-os predominantes ou neutralizando-os
novamente. Já conhecemos a teoria dos efeitos dos elementos a
conectaremos a ela a prática, como segue:

a) fogo
O fogo, com sua expansão ou dilatação em todas as direções possui como
característica específica o calor, por isso ele tem a forma esférica.
Portanto devemos adequar-nos sobretudo a essa característica, de acordo
com a nossa constatação, a sermos capazes de evocá-la a qualquer
momento, na alma a no corpo. No domínio do corpo escolhemos uma
posição na qual podemos permanecer confortavelmente a sem
perturbações. Os hindus chamam essa posição de asana. Para fins
elucidativos, daqui em diante nós também usaremos essa expressão.
Portanto, assuma essa posiçãoasana, a pense no ponto central do
elemento fogo que envolve todo o Universo, de forma esférica. Imagine
que tudo à sua volta, inclusive todo o Universo, é feito de fogo. Então
comece a inspirar esse elemento com o nariz a com todo o corpo
(respiração pelos poros) ao mesmo tempo; respire regular a
profundamente sem pressionar o ar ou forçar o pulmão. O corpo material
denso e o corpo astral devem assemelhar-se a um recipiente vazio no qual
o elemento é inspirado, ou melhor, absorvido, a cada inspiração. A cada
inspiração o calor do elemento deve ser aumentado a comprimido no
corpo, tomando-se cada vez mais incandescente. O calor e a força de
expansão devem ser cada vez mais fortes e a pressão ígnea cada vez
maior, até finalmente nos sentirmos totalmente incandescentes e ardendo
em fogo. Todo o processo de inspiração do elemento ígneo através do
corpo inteiro é naturalmente só imaginário, a deve ser realizado em
conjunto com a imaginação plástica do elemento. No início devemos fazer
sete inspirações do elemento fogo, acrescentando mais uma a cada novo
exercício. Em média, são suficientes 20 ou 30 inspirações. Só os alunos
mais fortes fisicamente e com maior força de vontade conseguirão
superar esse limite. Para não ter que contar o número de inspirações
devemos usar o cordão de contas ou de nós, passando um nó ou uma
conta adiante a cada nova inspiração. No começo o calor imaginado é
sentido só pela alma, mas a cada nova experiência a incandescência
torna-se mais perceptível, tanto na alma quanto no corpo; ela pode
aumentar a temperatura de seu corpo (eventualmente provocando a
transpiração) até ao nível da febre. Se enquanto isso o aluno tiver
estabelecido o equilíbrio dos elementos na alma, então essa acumulação
de um elemento no corpo não provocará maiores danos.
Depois de finalizar o exercício da acumulação imaginária do elemento
fogo, devemos sentir a sua força de incandescência a de expansão a
treinar a seqüência inversa, inspirando normalmente pela boca, a
expirando tanto pela boca quanto pelo corpo todo (expiração pelos
poros), jogando o elemento fogo de volta ao Universo. Essas respirações
para a expiração do elemento devem ser feitas com a mesma freqüência
com que foram feitas as respirações anteriores, para a sua inspiração. Se
naquele caso começamos com sete respirações, então neste também
devemos realizar sete respirações para expirar o elemento. Isso é muito
importante, porque depois do exercício o aluno deve ter a sensação de que
não sobrou nem um pedacinho de elemento nele, e a sensação de calor
também deve desaparecer totalmente. Por isso é aconselhável usarmos o
cordão de contas ou de nós para a contagem, tanto da inspiração quanto
da expiração. Os exercícios devem ser realizados primeiro com os olhos
fechados, a depois com eles abertos. A pesquisadora a viajante Alexandra
David-Neel, que estudou e conheceu bem os costumes do Tibet, descreveu
em seus livros uma experiência semelhante chamada Tumo,
supostamente realizada pelos lamas, mas que não é muito adequada à
prática pelos europeus, a não deve ser recomendada aos alunos de magia.
No Oriente existem iniciados que praticam esse tipo de exercício
(chamado de Sadhana) durante anos a materializam o elemento fogo de
tal forma que conseguem até andar nus a descalços mesmo nas estações
mais frias do ano sem sentirem o efeito do frio, conseguindo secar com o
calor do próprio corpo os panos molhados que os envolvem. Através da
acumulação do elemento fogo eles conseguem influir no ambiente que os
cerca a com isso diretamente na natureza, derretendo a neve e o gelo que
estão a metros, ou até a quilômetros de distância à sua volta. Esses e
outros fenômenos semelhantes também podem ser provocados por um
europeu, se ele se dispor a gastar o tempo necessário para o treinamento.
Mas para a nossa evolução mágica é necessário dominarmos não só um
elemento, mas todos eles, o que seria o correto do ponto de vista mágico.

b) ar


Agora seguem-se os exercícios do elemento ar, que devem ser realizados
do mesmo modo que os do elemento fogo, só que com a imaginação de
uma sensação diferente. Coloque-se na mesma posição confortável do
corpo, feche os olhos a imagine encontrar-se no meio de um espaço aéreo
que preencha todo o Universo. Nada do que estiver em volta deve ser
considerado, e não deve existir nada para você além desse espaço pleno de
ar que envolve todo o Universo. Você deverá inspirar esse elemento aéreo
para o recipiente vazio da alma a do corpo material denso através da
respiração total do corpo (pelos poros a pelos pulmões). A cada
respiração o corpo todo vai sendo preenchido com mais ar. Você deve
fixar a imaginação de que a cada respiração o seu corpo se preenche de ar
de tal forma a parecer um balão. Ao mesmo tempo imagine que seu corpo
vai se tornando cada vez mais leve, tão leve quanto o próprio ar; a
sensação de leveza deve ser tão intensa a ponto de você mesmo não sentir
mais o próprio corpo. Do mesmo modo que no exercício do elemento fogo,
o do elemento ar deve ser iniciado com sete inspirações a expirações cada.
Depois de concluído o exercício devemos ter novamente a sensação de que
não sobrou nada do elemento ar em nosso corpo, a que nos sentimos tão
normais quanto antes do exercício. Para não precisar contar, podemos
usar novamente o cordão de nós ou de contas. De um exercício a outro
devemos aumentar o número de inspirações a expirações, mas sem
ultrapassar o número quarenta.
Através do treinamento constante, alguns iniciados conseguem até levitar,
andar sobre a superfície da água, flutuar no ar, deslocar o corpo, etc.,
principalmente quando o iniciado se concentra em um único elemento.
Mas nós magos não nos satisfazemos com fenômenos unilaterais, pois não
é esse nosso objetivo. Nossa vontade é penetrar mais profundamente na
sua descoberta e seu domínio para evoluirmos cada vez mais.

c) água
Segue-se a descrição da prática com o elemento água. Assuma novamente
aquela posição habitual do corpo, feche os olhos e esqueça todo o
ambiente ao redor. Imagine que todo o Universo se parece ao oceano
infinito a que você se encontra em seu ponto central. Com cada
respiração de corpo inteiro, o seu corpo se preenche com esse elemento.
Você deve sentir o frio da água em todo o corpo, a quando ele estiver
cheio do elemento, depois de sete inspirações, então expire-o por sete
vezes. Em cada expiração você deverá eliminar esse elemento água do
corpo, de modo que na última delas não sobre mais nada. Nesse caso
também o cordão de nós ou de contas lhe será muito útil. A cada novo
exercício faça uma respiração a mais. Quanto mais freqüente for a
realização de suas experiências, tanto mais nítida será a sua percepção do
elemento água, com toda a sua frieza característica. Você deve
imaginar-se na forma de um cubo de gelo. Cada um dos exercícios não
deve ultrapassar os vinte minutos. Com o tempo, você deverá conseguir
esfriar seu corpo também quando estiver fazendo muito calor, num verão
dos mais quentes.
Os iniciados do Oriente dominam esse elemento tão completamente que
conseguem produzir grandes fenômenos com ele. Conseguem produzir
chuva na época mais quente a seca ou mesmo interrompê-la, conseguem
afastar as tempestades, tranqüilizar o mar bravio, dominar todos os
animais que vivem debaixo da água, etc. Para o mago verdadeiro, esses a
outros fenômenos semelhantes são facilmente explicáveis.

d) terra
Agora resta-nos descrever ainda o último elemento, o da terra. Assim
como nos exercícios anteriores com os elementos, assuma aquela sua
posição confortável. Desta vez imagine o Universo inteiro como terra, a
você no seu ponto central. Não imagine a terra como um punhado de
barro, mas sim como matéria densa; a característica específica da
matéria do elemento terra é a densidade e o peso. Com a ajuda da
respiração de corpo inteiro, você deve preencher o seu corpo todo com
essa matéria pesada. No início sete vezes, e a cada exercício suplementar,
uma respiração a mais. Você deve concentrar em si mesmo tanta matéria
a ponto do corpo ficar pesado como uma bola de chumbo, a parecer
quase paralisado. A expiração é a mesma dos outros elementos. No final
do exercício você deverá sentir-se tão normal quanto no início dele, e a
sua duração não deve ultrapassar o tempo máximo de vinte minutos.
Esse exercício (Sadhana) é realizado por muitos lamas tibetanos; eles
começam a meditar sobre um punhado de lama, deslocam-no a meditam
novamente sobre ele. O verdadeiro mago consegue captar a dominar o
elemento de um modo mais simples, diretamente na sua raiz, a portanto
não precisa desses processos complicados de meditação. A cor dos
diversos elementos pode servir como imaginação auxiliar, ou seja: o fogo
vermelho, o ar azul, a água azul-esverdeada, a terra amarela, cinza ou
preta. A imaginação da cor é uma escolha totalmente individual mas não
estritamente necessária. Se alguém achar que ela facilita o trabalho então
pode usá-la, logo no início. Em nossos exercícios tratase basicamente de
uma imaginação sentida. Depois de um treinamento mais longo cada um
deve, por exemplo através do elemento fogo, conseguir produzir um calor
tão grande a ponto dele poder ser constatado num termômetro como uma
temperatura de febre. Esse pré exercício do domínio dos elementos é
imprescindível, por isso deve ser alvo da máxima atenção.
O tipo de fenômeno que um iniciado pode produzir por exemplo no
domínio do elemento terra é muito diversificado, a fica a critério de cada
um refletir sobre isso. O domínio dos elementos é o campo mais obscuro
da magia; falou-se muito pouco sobre ele até hoje, porque ele contém o
maior dos arcanos. Ao mesmo tempo é o campo mais importante da
magia, a quem não conseguir dominar os elementos não alcançará muita
coisa importante no conhecimento mágico.
Instrução Mágico do Corpo (III)
O primeiro grau do aprendizado em questão já deve ter-se tornado um
hábito a deve ser praticado ao longo de todo o curso. O segundo grau será
agora ampliado; o tempo da posição tranqüila do corpo deve ser
expandido até chegar a meia hora. Neste grau a respiração pelos poros do
corpo todo passará a ser específica de determinados órgãos individuais. O
aluno deverá ser capaz de deixar respirar pelos poros qualquer parte de
seu corpo, à sua livre escolha. Devemos começar pelos pés a terminar na
cabeça.
Você deve sentar-se na posição habitual a fechar os olhos. Com a
consciência, transfira-se a uma de suas pernas; pode ser a esquerda ou a
direita, tanto faz. Imagine que a sua perna, como se fosse um pulmão,
inspira a expira a força vital do Universo, ao mesmo tempo da sua
respiração pulmonar normal. A energia vital é inspirada (absorvida) a
partir de todo o Universo a através da expiração jogada de volta
(eliminada) a ele. Ao conseguir realizar isso por sete vezes, passe para a
outra perna, a depois respire pelas duas pernas simultaneamente. Depois
faça a mesma coisa com as mãos, primeiro com uma delas a depois com a
outra, a finalmente tente respirar com as duas mãos simultaneamente.
Conseguindo isso, passe para a frente fazendo o mesmo com os outros
órgãos, como os sexuais, os intestinos, o estômago, o fígado, o baço, os
pulmões, o coração, a laringe e a cabeça.
O exercício estará completo quando você conseguir com que cada órgão
de seu corpo, até o menor deles, respire por si só. Esse exercício é muito
significativo, pois ele nos permite dominar cada uma das partes do corpo,
carregá-la com energia vital, torná-la saudável a vivaz. Se conseguimos
alcançar isso em nós mesmos então não será difícil atuar em outros
corpos também através da transposição da consciência, que representa
um papel importante na transmissão magnética de energia, ou seja, na
arte mágica de curar. É por isso que devemos dar toda a atenção a esse
exercício. Outro exercício da instrução mágica do corpo é o represamento
da energia vital. Através da respiração de corpo inteiro, pelos poros, nós
aprendemos a inspirar e a expirar a energia vital do Universo. Em
seguida aprenderemos a fazer o represamento dessa energia vital.

Represamento da Energia Vital
a) através da respiração pulmonar e pelos poros do corpo inteiro
Sente-se na posição habitual a respire através dos pulmões e dos poros do
corpo inteiro, inspirando a energia vital do Universo. Porém desta vez
você não deve devolvê-la, mas mantê-la em seu corpo. Não pense em nada
ao expirar, vá expirando o ar utilizado só aos poucos. A cada nova
respiração sinta como se inspirasse cada vez mais energia vital a
acumule-a em seu corpo, de certo modo represando-a. Você deve sentir a
pressão dessa energia vital como se fosse um vapor comprimido a
imaginar que essa energia comprimida irradia de seu corpo como um
aquecedor irradia o calor.

A cada nova respiração a energia comprimida ou de irradiação toma-se
maior a mais ampla, mais forte a penetrante. Através de exercícios
repetidos você deverá ser capaz de transmitir sua irradiação penetrante
de energia vital a uma distância de quilômetros. Você deverá sentir
literalmente a pressão, a penetrabilidade de sua irradiação. O
treinamento é que cria o mestre! Devemos começar igualmente com sete
inspirações a aumentá-las em uma inspiração todos os dias.

O tempo de cada exercício não deve ultrapassar o limite máximo de vinte
minutos. Esses exercícios devem ser realizados principalmente naqueles
trabalhos a experiências que exigem uma quantidade a uma penetração
grandes de energia vital, como o tratamento de doentes, a ação à
distância, a magnetização de objetos, etc. Quando a energia vital
armazenada dessa maneira não for mais necessária, o corpo deve ser
trazido de volta à sua tensão original, pois não é aconselhável permanecer
com uma tensão super dimensionada no dia-a-dia. Os nervos ficariam
muito excitados, provocariam tensões anormais a outras conseqÜências
nefastas.

A experiência é finalizada ao devolvermos a energia represada ao
Universo, expirando-a do corpo através da imaginação. Então devemos
inspirar só ar puro a expirar a tensão da energia vital até chegarmos ao
equilíbrio. Com a prática, o mago conseguirá transferir a energia vital ao
Universo de uma só vez, explosivamente, como o estouro de um
pneumático cheio de ar. Essa eliminação brusca só pode ser feita depois
de muito treino a quando o corpo já se tomou suficientemente
auto-defensivo.





b) nas diversas partes do corpo
Ao adquirir uma certa habilidade no exercício anterior podemos aos
poucos passar a praticá-lo com cada parte do corpo isoladamente,
especializando-nos principalmente nas mãos. Os iniciados também
conseguem fazê-lo com os olhos, a assim conseguem encantar não só uma
pessoa, mas uma grande quantidade delas, até verdadeiras multidões, a
submetê-las à sua vontade. Um mago que consegue fazer isso com as
mãos passa a ter o poder da bênção. É nisso que reside o mistério da
benção, da imposição das mãos em doenças, etc.
O exercício desse grau estará completo quando conseguirmos conter a
energia vital não só em todo o corpo mas também em cada parte dele a
projetar a irradiação da energia represada diretamente para o exterior.
Ao dominar esse exercício, estaremos terminando a instrução mágica do
terceiro grau.







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