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O Black Metal









Este artigo se propõe a analisar o subgênero do metal mais contraditório e apreciado por boa parte dos apreciadores/as: o Black Metal.
Abordaremos nessa postagem principalmente, bandas que tem em seu tema,letras com objetivo de chocar a sociedade, ou de falar sobre um ponto de vista Ocultista,Satanista e entre outros.




Coven

Antes do começo das musicas falando de culturas obscuras,abordamos praticamente a primeira banda considerável "Satanista", Coven, uma banda americana de psicodélico dos anos 60's,famosas por suas letras satânicas, Coven gerou muita polêmica na época, por seus temas e imagens.
 


 












O Grande sucesso da banda "Witchcraft Destroys Minds And Reaps Souls" a decima faixa, é um ritual gravado pelo O Caminho da Mão Esquerda"L.H.P.", tal faixa existe citações,evocações, e o batismo negro.Sem duvidas atribuímos que a banda Coven, é a primeira a falar de Satã em suas letras, mas não para criar polêmica e fazer sucesso, tal como muitas bandas fazem hoje em dia (ACDC,Slipknot,etc.)
Claro que podemos afirmar que Coven pode ter influenciado outras bandas a tal tema, por isso classifico como a banda primordial.












Foto dJinx Dawson(A Vocalista), em uma citação na Satanic Mass, Faixa 10 do álbum Witchcraft Destroys Minds And Reaps Souls.














Venom



Percorrendo rapidamente uma parte de sua complexa e um tanto confusa origem (entre as décadas de 70 a 80), excetuando-se sua ligação com o lançamento do álbum BLACK METAL do VENOM, naquela época a insatisfação dos apreciadores/as do metal extremo com a produção musical levou a muitos questionamentos quanto a sua identidade. O rock em sua essência tem como objetivo evocar a rebeldia, o abalo em estruturas morais e sociais, o protesto em geral. E sua profundidade está no metal. Para isso, o metal extremo vale-se da arte sinistra e beliciosa para expressar-se, e quase todas as produções musicais trabalham sob este parâmentro. Se for preciso, corromper símbolos comumente aceitos.







1982
Venom com seu álbum deu origem ao nome/estilo "Black Metal" talvez o Venom possa a ser Speed Metal ou até mesmo Thrash Metal, mas seus riffs, percussões de Bateria, admiradas pelos nórdicos, mais tarde deu origem ao Black Metal que conhecemos hoje "O Black Metal Norueguês"


Bathory
Bathory é uma banda de Black Metal.
O nome Bathory, em homenagem a rainha Elizabeth Bathory, a condessa de sangue. 
Mais tarde a banda virou Viking Metal, era formada unicamente pelo falecido Quorthon,formada em 1983 na Suécia, Quorthon era um multi-instrumentista, tocava todos os instrumentos da banda e era o vocalista, Bathory fou uma revolução para o Black Metal, Quorthon foi o primeiro a cantar com uma voz distorcida" O Atual Black Metal" se considerando uma banda de Black Metal, logicamente com influencias do próprio Venom, e algumas bandas de Death e Thrash da época, então o Bathory surge nas lojas em 1984, um álbum gravado em garagem e por um único menbro, claramente Quorthon não teve muitos lucros no começo,com a capa preta e o bode dourado (símbolo da banda), mas como o preço ficou elevado, o logotipo foi prensando em branco, e apenas algumas capa.
Em 1985 a banda lança seu segundo disco, “The Return...”. Destaca-se a música "Born For Burning", dedicada à bruxa Marrigje Ariens.



Quorthon (Ace Thomas Forsberg) - guitarras, vocais, baixo, bateria, melodias e letras (1983-2004)
Banda termina em 2004 por causa da morte de Quorthon.















“Um vórtice sinistro oculto ao homem vulgar, e inevitavelmente próximo ao iniciado.” – assim define Magnaninus Sapientis a sua REX INFERNUS, que repudia absolutamente o “rótulo” Black Metal.

Muitos gêneros musicais apresentam uma sutil ligação com o ocultismo. Desde os compositores eruditos, como Paganini, passando pela era moderna, com Raul Seixas e Zé Ramalho (os exemplos a citar são muitos, bastam esses por enquanto). Mas nenhum apresenta uma ligação tão acentuada como o Rock (Led Zepellin, Black Sabbath, Marilyn Manson), a citar sua variação mais extrema: o metal.




Um Grande escritor por exemplo, Michael W. Ford, escritor e também dono da banda Black Funeral.




Mayhem
 
 


Mayhem é uma banda de black metal, fundada no ano de 1984 em Oslo, Noruega.O nome Mayhem surgiu da faixa "Mayhem With Mercy", encontrada no álbum "Welcome to Hell" (1981), da banda inglesa Venom,  ("Mayhem = Destruição") Venom que é considerada a primeira banda de black metal da história, como analisado na matéria por suas batidas, riffs e etc. O Mayhem logo ganhou grande repercussão em todo o mundo devido a acontecimentos polêmicos no início dos anos 90, entre os quais o suicídio de Dead, o assassinato de Euronymous por Varg Vikernes e o incêndio de igrejas norueguesas.
Os fundadores foram Øystein Aarseth (Euronymous, embora seu primeiro pseudonimo na banda seja Destructor - guitarra), Jorn Stubberud (Necrobutcher - baixo), e Kjetil Manheim (Manheim - bateria).
Mayhem passou por uma grande variedade de estilos dentro do Black Metal e é considerado por muitos como uma das melhores e um dos pilares do Black Metal norueguês. Em seus mais de 25 anos de história, a banda lançou quatro álbuns de estúdio, dois EP e quatro álbuns ao vivo.







 




Deathcrush

 
Inspirado por grupos como Venom, Slayer, Motörhead e Celtic Frost. Como um trio, a banda gravou a sua primeira demo, Pure Fucking Armageddon com Euronymous e Necrobutcher dividindo os vocais.

Em 1986 a banda se torna um quarteto com a entrada de Messiah nos vocais. A banda lançou a sua segunda demo, Deathreahearsal e logo após Messiah sai, dando lugar a Maniac. Com Maniac, o Mayhem gravou seu primeiro EP, Deathcrush, lançado pelo selo Posercorpse Music e contendo a participação de Messiah em duas músicas. Deathcrush teve uma prensagem inicial de apenas 1000 cópias, que se esgotaram rapidamente. O EP foi relançado em 1993 pelo novo selo de Euronymous, a Deathlike Silence Productions.
Deathcrush é estilisticamente semelhante ao Death metal.

Todas as canções escritas por Mayhem exceto onde indicado.
  1. "Silvester Anfang" (Conrad Schnitzler) – 1:56
  2. "Deathcrush" – 3:33
  3. "Chainsaw Gutsfuck" – 3:32
  4. "Witching Hour" (Venom cover) – 1:49
  5. "Necrolust" – 3:37
  6. "(Weird) Manheim" – 0:48
  7. "Pure Fucking Armageddon" – 2:09
  8. "Outro" – 1:09
Em algumas versões "(Weird) Manheim" e "Pure Fucking Armageddon" são a mesma faixa 
A faixa "Outro" só apareceu no original demo tape e no LP original, mas pode ser baixado do site oficial da banda.

  • Maniac (Sven Erik Kristiansen) - vocal
  • Euronymous (Øystein Aarseth) - guitarra
  • Necrobutcher (Jørn Stubberud) - baixo
  • Manheim (Kjetil Manheim) - bateria
  • Messiah (Eirik Nordheim) - vocais adicionais


Mais Tarde
Em 1988, dois membros deixaram a banda, Maniac foi expulso por seu vício com drogas e repetidas tentativas de suicídio e o baterista Manheim que foi a procura de um emprego regular. Para substituí-los chegaram Kittil Kittilsen para os vocais e Torben Grue na bateria da banda Vomit, mas que rapidamente também deixaram seus postos.




Com Dead (1988-1991)

Depois de duas breves substituições, as posições de vocalista e baterista foram preenchidas por Dead e Hellhammer. Dead morava em Estocolmo e foi vocalista da banda "Morbid", ("Não confundir com Morbid Angel") mas sabendo que o Mayhem procurava um novo vocalista, mudou-se para Oslo e enviou um envelope com uma fita cassete, um porquinho da índia em decomposição e uma carta que dizia estar buscando uma nova banda pois achava que o Morbid não chegaria a lugar algum. O envelope chamou a atenção dos membros da banda e ele foi prontamente aceito.



 

Dead O Mito
 
Com Dead como vocalista, os shows da banda se tornaram lendários. Dead costumava se cortar com facas e vidro quebrado . Além disso, muitas vezes a banda colocava cabeças de porcos e ovelhas empaladas em estacas na frente do palco. 


Em 1990 a banda participou de um concerto em Sarpsborg, Noruega, no festival Support for Slayer Magazine, junto com Equinox e Cadaver, e Dead teve que ser rapidamente hospitalizado pela perda excessiva de sangue por se cortar muito profundamente. Este concerto foi incluído mais tarde em Dawn of the Black Hearts. Ainda em 1990 os membros da banda se mudaram para uma velha casa na floresta, perto de Oslo. Eles começaram a escrever as canções para seu novo álbum, De Mysteriis Dom Sathanas.



Em 8 de Abril de 1991, Dead cometeu suicídio na casa da banda. Ele foi encontrado por Euronymous com os pulsos cortados e um tiro de espingarda na cabeça. Em um bilhete deixado, ele pediu desculpas pelo sangue e por ter atirado dentro de casa. Em vez de chamar a polícia, Euronymous foi a uma loja próxima e comprou uma máquina para fotografar o cadáver depois de reorganizar algumas coisas. Uma dessas fotos foi posteriormente usada na capa do álbum Dawn of the Black Hearts. Surgiram rumores de que Euronymous fez um ensopado com pedaços do cérebro de Dead e colares com fragmentos do crânio. De acordo com Stian Johannsen, que brevemente entrou no lugar de Dead na banda:





Ele (Dead) não se via como um ser humano, ele se via como uma criatura de outro mundo. Ele disse que tinha muitas visões que o seu sangue estava congelado em suas veias, que ele estava morto. Essa é a razão do seu nome. Ele sabia que iria morrer.Mesmo por seu distúrbio, Dead ficou famoso por seus atos e maneira de pensar, como um psicopata, por isso criou polêmica e se tornou um mito dentro do black metal.



 

 

Foto que Euronymous tirou do cadaver.
Mais tarde se tornou capa de um disco.
 
 


De Mysteriis Dom Sathanas


Com o suicídio de Dead e a saída de Necrobutcher, o Mayhem perdeu em pouco dois integrantes. Euronymous chamou Varg Vikernes para o baixo, Snorre W. Ruch como guitarrista e o húngaro,Attila Csihar para os vocais para o início das gravações de De Mysteriis Dom Sathanas.
Devido a má exposição na mídia e estar sendo vigiado pela polícia, Euronymous foi forçado a fechar a sua loja.
Grande parte do álbum foi gravado durante o primeiro semestre de 1993 no Grieg Hall em Bergen. Para coincidir com o lançamento do álbum, Euronymous e Varg Vikernes planejaram explodir a Catedral de Nidaros, que aparece na capa do álbum.
Ainda em 1993, a banda lançou Live in Leipzig em homenagem a Dead e que é considerado um dos mais influentes álbuns de Black Metal


Assassinato de Euronymous


Em 10 de Agosto de 1993, Varg Vikernes assassinou o guitarrista Euronymous. Naquela noite, Varg Vikernes e Snorre W. Ruch viajaram de Bergen até o apartamento de Euronymous em Oslo. Na chegada, houve uma discussão e um confronto terminou com Varg Vikernes esfaqueando Euronymous. Seu corpo foi encontrado fora do apartamento com 23 facadas (duas na cabeça, cinco no pescoço e dezesseis nas costas). No julgamento, Varg Vikernes disse que Euronymous tinha planejado torturá-lo até a morte e gravar um vídeo como um filme snuff. Varg Vikernes ainda se defendeu dizendo que a maioria dos ferimentos foram causadas por cacos de vidro que caíram no chão. Varg Vikernes relata o confronto entre ele e Euronymous no filme "Until the Light Takes Us".


Varg Vikernes foi condenado a 21 anos de prisão por homicídio e incêndio criminoso e Snorre W. Ruch foi condenado por cumplicidade no assassinato. Attila Csihar retornou a Hungria para terminar o curso de engenharia, deixando apenas Hellhammer na banda.


Em Maio de 1994, De Mysteriis Dom Sathanas foi lançado e formalmente dedicado a Euronymous. Seu lançamento foi adiado devido a queixas por parte dos pais de Euronymous, que se opuseram a presença das linhas de baixo gravadas por Varg Vikernes. De acordo com Varg Vikernes, Hellhammer assegurou aos pais de Euronymous que ele mesmo iria regravar os baixos. Aparentemente Hellhammer não fez isso, então o álbum contém os baixos originais de Varg Vikernes.




A reformulação da banda 

Em 1995, Hellhammer decidiu reformular a banda com a ajuda do guitarrista Blasphemer e dois antigos membros do Mayhem, Maniac e Necrobutcher. O primeiro lançamento com essa formação foi um EP de 1997, Wolf's Lair Abyss, que foi seguido por uma série de shows na Europa. Um desses shows ocorreu em Milão, na Itália, com participação de Attila Csihar e que foi gravado para o álbum ao vivo Mediolanum Capta Est.


Nesta nova fase, as declarações racistas feitas por Hellhammer (que se pronunciou contra mistura de raças e estrangeiros na Noruega) e o uso de imagens nazistas como a suástica na sala de ensaios, o emblema da Totenkopf e materiais da banda com o símbolo do Nasjonal Samling, causaram polêmica e acusações de neo-nazismo.



Em 2000, a banda lançou seu segundo álbum de estúdio, Grand Declaration of War. Fortemente influenciado por Metal Progressivo e Avant-garde Metal, o álbum é conceitual, abordando temas de guerra e destruição pós-apocalíptica. Maniac abandonou o vocal rasgado do Black Metal por um vocal mais falado e dramático. As reações com o álbum foram distintas, alguns o criticaram por seu avant-garde e elementos eletrônicos, que eles viam como pretensiosos e para os vocais de Maniac, que consideravam inferiores aos de Dead e de Attila Csihar. Outros viram como uma tentativa para recriar e redefinir o Black Metal, com o crítico Brian Russ do BNR Metal indo mais longe ao chamá-lo de a primeira coisa realmente coesa que a banda já fez e um ponto culminante para a sua carreira.



Em Maio de 2003, o Mayhem apareceu novamente nas manchetes de jornais quando um fã, Per Kristian Hagen, foi levado ao hospital com uma fratura no crânio após ser atingido por uma cabeça de carneiro que tinha sido atirada para o público. As acusações foram arquivadas, mas a banda considerou o evento sendo inteiramente acidental

Em 2004, a banda lança Chimera. O álbum mostra um retorno ao estilo mais brutal, mas com uma produção consideravelmente melhor que nos lançamentos anteriores. Também em 2004, Maniac foi expulso, segundo Necrobutcher, por causa do alcoolismo. Necrobutcher ainda afirmou que por causa disso, uma briga violenta ocorreu entre o cantor e Blasphemer. Durante a briga, o guitarrista chutou Maniac para baixo de uma escada que bateu com a cabeça em uma parede. Para o seu lugar, Attila Csihar foi novamente chamado.

O retorno de Attila

O quarto álbum de estúdio da banda, intitulado Ordo Ad Chao, foi lançado em 2007. O álbum contém um som mais cru comparado aos trabalhos mais recentes da banda. Ele segue o estilo experimental, com músicas mais longas como Elimine Iluminar, que dura 9:40. Ele recebeu críticas positivas e é o álbum de maior sucesso até o momento da banda, alcançado a 12 posição nas paradas norueguesas.

Atualidade

Planos para uma turnê foram anunciadas no site da banda após a saída de Blasphemer e antes de qualquer palavra sobre novos membros. Em Outubro de 2008, foi anunciado que Morpheus (Dimension F3H/Limbonic Art) juntou forças com a banda para a turnê na América do Sul.
A banda excursionou entre 2008 e 2009 com essa formação, antes de anunciar as datas de verão com o músico francês Silmaeth como segundo guitarrista. Morfeus e Silmaeth são considerados músicos convidados e não foram efetivados na formação da banda.
Em Fevereiro de 2011, Silmaeth deixou a banda e seu lugar foi ocupado por Teloch, que ja tocou com o Gorgoroth e Ov Hell



Mayhem continua até hoje em seus projetos, mas não é visto como antes.

Mayhem Verdadeiro /1984-1993
Mayhem Atual /1995-Até hoje











Dead e Euronymous 
 






 

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Sarcófago

Mayhem
 
Varg ('Burzum")











É exatamente neste “gancho” – corromper símbolos comumente aceitos – que entra o ocultismo.

Os questionamentos quanto à identidade do metal extremo levaram algumas bandas a comporem músicas mais obscuras e agressivas, e a adoção de novos ideais, passando bem longe dos da que a cena “underground” da época praticava.Algumas com letras de citações ocultistas, satanistas ou paganistas.
E o que é o ocultismo, senão a volta do ser para o seu lado obscuro, aquela área do subconsciente onde reside forças ainda não despertas, por medo ou bloqueio impostos pela criação? Tudo se dá em meio a questionamentos, que, que geram novas atitudes. O ato de contestar valores comumente aceitos passam pelos sistemas mais dominadores existentes. E um é bem conhecido: a religião.

Interessante mencionar o “Divino Marquês” Sade, que tratou em sua obra de exaltar os instintos mais naturais do homem: a libido e a violência, numa época de grande domínio da religião. Também é necessário mencionar Helena Petrovna Blavatsky, uma pioneira na divulgação do ocultismo pelo mundo com a Teosofia, que dispôs conhecimentos até então inacessíveis às pessoas, chocando a base religiosa monoteísta.

As primeiras manifestações do que viria a ser conhecido como Black Metal se deram com os trabalhos musicais de VenomMercyfull Fate e Bathory, que tomaram como base o grande inimigo das religiões monoteístas: Satan. O que poderia ser mais chocante do que exaltar as características deste arquétipo/entidade em detrimento de um sistema dominador baseado nas limitações? Em detrimento de uma doutrina que repreende a elevação do ser humano por seu próprio esforço, “em nome de Deus”?
 

O Black Metal é, em sua essência, satânico. Não necessariamente ligado à Filosofia proposta pela Church of Satan, fundada por Anton Szandor LaVey, mas especificamente por duas características:
1) A “metáfora” do Lobo;
2) Oposição aos estilos com influências judaico/cristãos



 

No que diz respeito à “metáfora do lobo”, é sua contraposição diante da “mentalidade de rebanho”. A violência e crueza de sua sonoridade é um “convite” para uma mudança radical de comportamento – de “servo” para “senhor”. “Senhor” de seus problemas, paixões, convicções e opiniões, de inserir-se na realidade compreendida pelo “Self”, e não por ditames ordenados por outros (os guiados como rebanho).






















Satanic Warmaster
Behexen












Sua oposição aos estilos com noções cristãs (hippies, por exemplo) se deve ao fato destes evocarem conceitos de igualitarismo, justiça, bondade e maldade. O Black Metal, por outro lado, já evoca o individualismo – desafia a pessoa a provar o quão convicto é de tudo o que acredita para si mesma; é o desnudar-se de suas “máscaras” (auto enganação); submeter os inimigos e exterminar as “almas de espírito pobre e assistencialista”. E de cuidar de seus interesses, acima do interesse coletivo – claro, não desrespeitando as leis e constituição de seu País.



Mais em frente
Dimmu Borgir

Dimmu Borgir é uma banda de Black Metal Sinfônico Norueguesa,é uma das bandas mais populares de Black Metal, junto a Immortal e Behemoth,mesmo sendo considerada "popular" o Dimmu tem um papel importante da cena do Black Metal, por ter sido uma banda de metal extremo, que foi ganhadora de muitos prêmios, além de seu ultimo álbum Abrahadabra, que foi gravado com a orquestra Korg, entretando, a banda gera polêmica desdo álbum Enthrone Darkness Triumphant de 1997,pode afirmar que é a banda de Black Metal mais famosa, mesmo misturando sinfônia, 


Dimmu Borgir, cujo o nome é uma referencia a "Entrada para o Inferno" segundo a cultura scandinavian poderá ser lembrada como a banda que salvou ou a banda que matou o Black Metal. "Matou" porque são grandemente acusados de mecantilisar o estilo e "Salvou" porque de uma forma ou de outra foram eles que, depois dos casos de violência dos anos 90 que quase levou o estilo a falência, carregaram a tocha do movimento adiante, sendo inclusive uma das poucas bandas norueguesas indicadas ao Grammy. Os membros da banda já disseram que suas letras nada tem haver com o culto ao diabo e que são apenas uma critica a hipocrisia ao status quo cristão. Por outro lado  suas músicas e estética falam por si só. Death Cult Armageddon é o mais novo petardo da banda.



Death Cult Armageddon 
 
O satanismo está tão presente neste album que o ouvinte quase pode tocá-lo. A começar pela primeira faixa Allegiance, aqueles que já conhecem os trabalhos anteriores do Dimmu Borgir perceberão que há algo diferente. A introdução dela ao invés de ser sinfônico - o que seria comum - foi substituída por efeitos eletrônicos. A impressão ao ouvir essa intro é de que algo está sendo torcido ou prensado por algum instrumento mecânico. Esses e outros tipos de efeitos sonoros; ou melhor, outros mecanismos sonoros, como de zumbido de abelhas, tiros, aviões, soldados marchando, além de narrativas são os elementos extras que o Dimmu Borgir adicionou ao seu som.


Se em "Puritanical Euphoric Misanthropia" Dimmu Borgir conseguiu tocar com instrumentos de música clássica, em Death Cult Armageddon a banda realmente tocou com uma orquestra. A quantidade de instrumentos e instrumentistas é bem maior que a do Puritanical. Agora a banda conta com a ajuda de mais instrumentos de sopro, isso deu uma atmosfera absurdamente sólida e impactante ao álbum. As orquestrações foram tão bem mixadas e compostas de uma forma tão pungente que às vezes chegam até a assustar. Esta ousadia musical afastou alguns metaleiros mais puristas, mas este sacrificio foi amplamente recompensado com a legiao de novos headbanger que surgiram das trevas.


Esse álbum não pode ser ouvido com o voume baixo. Ele tem é que ser apreciado no melhor aparelho que você tiver pra que o som seja o mais fiel e espantoso possível. Embora a orquestra tenha sido utilizada com bastante freqüência, alguns trechos foram feitos por sintetizadores, mas graças ao excelente tecladista Mustis, fica até difícil de distinguir qual parte se trata de uma orquestra real e qual é feita pelos teclados. Agora, saindo da parte clássica e indo para a parte metálica, aqui se deu efetivamente a entrada de Galder na banda. Nota-se claramente suas influências nas composições, que algumas vezes parecem com as do Old Man´s Child. Ele trouxe uma maior variedade de estilos. Ouve-se Thrash, Death, Black, Metal Tradicional e até um pouco de Industrial. Esse é com certeza o mais variado CD do Dimmu Borgir. Pode-se dizer que eles se distanciaram ainda mais do rótulo Black Metal e como disse o guitarrista Silenoz em uma entrevista, o som da banda está mais próximo de um Dark Metal Extremo. Seja como for, Satã esta lotando as casas e  regendo a orquestra

In Sorte Diaboli
 
Dimmu Borgir fez de seu sétimo álbum de estúdio, "In Sorte Diaboli", um dos mais aguardados registros do ano. É seu primeiro disco conceitual, com uma temática claramente profana e bem típica da banda, cuja estória é ambientada na Europa medieval, onde um assistente de padre passa a não se identificar mais com o cristianismo e, percebendo novas habilidades e possibilidades em sua existência, começa a percorrer o lado obscuro da fé. O magnífico trabalho gráfico é passível de várias interpretações, mas ainda retrata muito bem esta idéia toda.O álbum cita a hipocrisia do cristianismo, a verdade sobre q inquisição e as cruzadas, Musicalmente, "In Sorte Diaboli" não possui todas as orquestrações de seu antecessor, "Death Cult Armageddon" e segue novamente com alguma distância dos primórdios de sua carreira. Mesmo não agradando a todos, é inegável que todo este desenvolvimento resultou em um trabalho marcante por sua viagem épica, dramática e bombástica, como a estória proposta.
Algo sempre interessante na arte do Dimmu Borgir é a forma original como fundem sonoridades tão diferentes entre si ao longo das canções do CD. Um dos grandes destaques do álbum fica por conta da atuação do tecladista Mustis, responsável pelas partes sinfônicas – a introdução de "The Serpentine Offering" é o melhor exemplo de seu talento – e praticamente por todas as ocasiões mais melódicas, etéreas, enfim, realmente sensíveis, que se mostram tão bem amarradas com arranjos obscuros, malignos e brutais.
E toda esta variação fica ainda mais reforçada pelo trabalho com as vozes. Shagrath é o demônio rosnador que todos já conhecem – a virulência escorre em "The Conspiracy Unfolds"! – enquanto o baixista Vortex continua impressionando com a elegância de sua ocasional voz limpa. Um ótimo contraste.
Com certeza a faixa que realmente se sobressai é a já citada "The Serpentine Offering", cujo clip anda rolando na net há tempos. Foi a escolha acertada para abrir o álbum em função de sua diversidade e impacto. Há momentos com mais melodias como em "The Sinister Awakening " ou bem pesados como "The Fundamental Alienation". Hellhammer, com suas batidas rápidas, mostra o motivo de ser tão requisitado para tocar com os mais diversos grupos, e sua melhor performance fica registrada em "The Chosen Legacy".








Shagrath - Dimmu Borgir









 








Lord Belial

























Boa parte destas características estão presentes na Filosofia do Satanismo Moderno, mas o Black Metal, por possuir um ímpeto infinito de expressão, não se limitaria a uma base específica, pois assim não seria “música”, mas sim “hinor de louvor”. Por isso, possui em sua abordagem o paganismo (seja nórdico, sul-americano, grego, etc.), a crítica (oposição ao sistema religioso, moral e social), menção de fatos históricos, filosóficos, e até mesmo elementos ritualísticos e de ambiente (ambient black metal e atmospheric black metal).






Em outras palavras, o Black Metal, quando coerentemente apreciado, leva ao “despertar” de uma condição de subserviência, se valendo do metal mais cru e pesado. Então, se ele possui essa característica, parece um tanto incoerente dizer que possua uma “Filosofia de Vida”. Se aponta de forma direta todas as formas de auto-ilusão, de moral estúpida, então cada um que toma contato com este, despertando o gosto e apreço, produz uma ação independentemente em cada pessoa. Então, não há uma ideologia em comum, mas sim o individualismo.





Behemoth
 
 
 
Conclui-se então que o Black Metal possui uma definição indecifrável pelo individualismo. Satânico, opositor, saudosista dos cultos antigos pagãos, guerreiro, abre um leque de sensações e horror, amado por uns e detestado por outros. Mas sempre de forma crua e profunda.



Longa vida ao Black Metal – Sangue, Honra e Orgulho!






Um comentário:

Mundos Ocultos Por Allenozth