O GRANDE SEGREDO DO TETRAGRAMMATON
ou
O JOD-HE-VAU-HE Cabalístico.
"O que está em cima é também o que está embaixo".
- Hermes Trimegisto
Por Franz Bardon
A figura do Mago
A Primeira carta do Tarô.
Explicação do seu simbolismo.
Os reinos mineral, vegetal a animal, estão simbolicamente expressos na parte inferior da carta.
A mulher à esquerda e o homem à direita são o "mais" (plus) e o "menos" (minus) da pessoa.
No meio deles há um ser hermafrodita, homem a mulher numa única pessoa, como sinal do equilíbrio entre os princípios masculino a feminino.
Os fluidos elétrico a magnético estão representados pelas cores vermelho a azul, o fluido elétrico pelo vermelho e o magnético pelo azul.
Na mulher a região da cabeça é elétrica, de cor vermelha, e a região genital é magnética, de cor azul; no homem ocorre o inverso.
Sobre o hermafrodita há o globo, como marca da esfera terrestre
sobre a qual se configura o mago com os quatro elementos. Sobre o homem estão os elementos ativos, o elemento fogo na cor
vermelha e o ar na cor azul; sobre a mulher estão os elementos passivos, o elemento água na cor verde e o elemento terra na cor amarela.
O meio, subindo p°.ia figura do mago até a esfera terrestre, é violeta
escuro como. sinal do princípio do Akasha.
Sobre a cabeça do mago está desenhada uma flor de lótus prateada,
com uma moldura de ouro a uma faixa invisível como coroa; é o sinal da divindade. No seu interior uma pedra vermelha, um rubi, que é a pedra
dos sábios, é também o símbolo da quintessência de toda a ciência hermética. No fundo à direita está o sol, amarelo-dourado, e à esquerda a
lua, branco-prateada, como o "plus" e o "minus" no macro a no microcosmo, ou os fluidos elétrico a magnético.
Spbre a flor de lótus a criação é simbolizada por uma esfera, que no seu interior retrata o símbolo da força geratriz "plus" e "minus", o ato
criador a gerador do Universo.
O infindável, eterno, ilimitado a não criado é exprçsso simbolicamente pela palavra AUM a pela cor violeta escuro passando ao
preto.
Agios O Lúcifer
O GRANDE SEGREDO DO TETRAGRAMMATON
Sobre os Elementos
Tudo o que foi criado, o macrocosmo e o microcosmo, portanto o
grande e o pequeno mundos, formaram-se através dos elementos. Por
causa disso pretendo, já no começo da iniciação, ocupar-me justamente
dessas forças a mostrar especialmente sua profundidade a seu múltiplo
significado. Até hoje se falou muito pouco, na literatura oculta, sobre as
forças dos elementos, por isso resolvi assumir a tarefa de tratar desse
assunto ainda inexplicado e erguer os véus que encobrem as suas leis. Não
é nada fácil esclarecer os não-iniciados de modo a levar ao seu
conhecimento não só a existência e a ação desses elementos, mas também
dar a esses leitores a possibilidade de trabalhar posteriormente com essas
forças na prática.
O Universo todo iguala-se ao mecanismo de um relógio, com
engrenagens mutuamente dependentes. Até mesmo o conceito da
divindade como a entidade de alcance mais elevado, pode ser classificado
de modo análogo aos elementos, em certos aspectos. Há mais detalhes
sobre isso no capítulo que trata do conceito da divindade.
Nos escritos orientais mais antigos os elementos são definidos pelos
Tattwas. Na nossa literatura européia só lhes damos atenção na medida
em que enfatizamos seus bons efeitos ou apontamos suas influências
desfavoráveis, o que quer dizer portanto que sob a influência dos Tattwas
determinadas ações podem ser levadas adiante ou devem ser deixadas de lado. Não há dúvidas sobre a autenticidade desse fato, mas tudo o que nos
foi revelado até hoje aponta só para um aspecto muito restrito dos efeitos
dos elementos. A prova dos efeitos dos elementos em relação aos Tattwas,
para o use pessoal, consta de modo suficientemente explícito nas obras
astrológicas.
Porém eu penetro mais profundamente no segredo dos elementos, a
por isso escolho uma outra chave, aliás análoga à astrológica, mas que
não tem nada a ver com ela. Pretendo ensinar as diversas maneiras de
utilizar essa chave até agora desconhecida para o leitor. Trato cada uma
das funções, analogias a efeitos dos elementos, em seqüência e com mais
detalhes, nos capítulos subseqüentes. Além de desvendar o seu lado
teórico, também mostro a sua utilização prática, pois é justamente nela
que reside o maior arcano.
Sobre esse grande conhecimento secreto dos elementos já se escreveu
no mais antigo livro da sabedoria esotérica, o Tarot, cuja primeira carta,
o mago, representa o conhecimento e o domínio dos elementos. Nessa
primeira carta os símbolos são: a espada, que simboliza o elemento fogo;
o bastão, que simboliza o elemento ar; o cálice, o elemento água; a as
moedas o elemento terra.
Aqui podemos perceber que já nos antigos mistérios apontava-se o
mago como primeira carta do Tarot, a assim se escolhia o domínio dos
elementos como primeiro ato da iniciação. Em homenagem a essa
tradição quero também dedicar a maior atenção sobretudo a esses
elementos, pois como veremos adiante, a chave para os elementos é um
meio universal com o qual se pode solucionar todos os problemas que
surgem. De acordo com os indianos, a seqüência dos Tattwas é a seguinte:
·Akasha - o princípio etérico;
Ovo negro
De acordo com a doutrina hindu os quatro Tattwas mais densos
formaram-se a partir do quinto Tattwa, o princípio akáshico. Por isso o
Akasha é o princípio original, e é considerado como a quinta força, a
assim chamada quintessência. Esclarecimentos mais detalhados sobre o
Akasha, o elemento mais sutil de todos, serão apresentados ao leitor no
capítulo correspondente. As características específicas de cada elemento
também serão mencionadas em todos os capítulos subseqüentes,
iniciando-se nos planos mais elevados a descendo até a matéria mais
densa, inferior. Como o próprio leitor poderá perceber, não será uma
tarefa fácil analisar um segredo tão grande da criação a colocá-lo em
palavras, de modo a dar a todos a possibilidade de penetrar nesse assunto
e construir uma imagem plástica dele.
Mais adiante falarei também sobre a decomposição dos elementos,
além de mostrar seu valor prático, para que cada cientista, seja ele
químico, médico, hipnotizador, ocultista, mago, místico, cabalista, iogue,
etc., possa extrair disso a sua utilização na prática. Se eu conseguir
informar o leitor a ponto de pelo menos permitir que ele penetre nesse
assunto sabendo utilizar a chave prática naquele campo do conhecimento
que lhe agrada mais, então o objetivo do meu livro terá sido alcançado.
O Princípio do Fogo - Tejas - Triângulo Vermelho
Como tivemos oportunidade de mencionar, o Akasha, ou Princípio
Etérico, é a origem da criação dos elementos. O primeiro elemento que de
acordo com os escritos orientais nasceu do Akasha, é Tejas, o princípio do
fogo. Esse elemento, como todos os outros, não age só em nosso plano
denso, material, mas em tudo o que foi criado. As características básicas
do princípio do fogo são o calor e a expansão; é por isso que no começo da
criação tudo era fogo a luz. A bíblia também diz: "Fiat lux - que se faça a
luz". Naturalmente a base da luz é o fogo. Cada elemento, inclusive o
fogo, possui duas polaridades, a ativa e a passiva, Le., Plus a Minus (mais
a menos). A Plus é a construtiva, criadora, geradora, enquanto que a
Minus é a desagregadora, exterminadora.
Sempre se deve considerar essas duas características básicas de cada
elemento. As religiões atribuem o bem ao lado ativo e o mal ao lado
passivo; mas em princípio o bem e o mal não existem, eles são apenas
conceitos da condição humana. No Universo não existem coisas boas ou
más, pois tudo foi criado segundo leis imutáveis. É justamente nessas leis
que se reflete o princípio divino, a só na. posse do conhecimento dessas
leis é que podemos nos aproximar do divino.
A explosão é inerente ao princípio do fogo, a será definida como
fluido elétrico para fins de formação de uma imagem. Sob esse conceito
nominal compreende-se não só a eletricidade material, densa, apesar de
ter com esta uma condição análoga, como veremos a seguir.
Naturalmente torna-se claro para qualquer pessoa que a característica da
expansão é idêntica à da extensão. Esse princípio do elemento fogo é ativo
a latente em tudo o que foi criado, portanto em todo o Universo, desde o
menor grão de areia até as coisas visíveis a invisíveis mais elevadas.
O Princípio da Água -
Apas - Crescente Prateado
No capítulo anterior tomamos conhecimento da criação a das
características do elemento positivo fogo. Neste capítulo descrevo o
princípio contrário, o da água. Assim como o fogo, ele também se formou
a partir do Akasha, o princípio etérico.
Em comparação com o fogo porém, ele possui características
totalmente opostas; suas características básicas são o frio e a retração.
Aqui também se tratam de dois pólos: o pólo ativo, que é construtivo,
doador de vida, nutriente a preservador; e o negativo, igual ao do fogo,
desagregador, fermentador, decompositor, dissipador. Como o elemento
água possui em si a característica básica da retração, ele deu origem ao
fluido magnético. Tanto o fogo quanto a água agem em todas as regiões.
Segundo a lei da criação, o princípio do fogo não poderia existir se não
contivesse um pólo oposto, ou seja, o princípio da água. Esses dois
elementos, fogo e água, são aqueles elementos básicos com os quais tudo
foi criado. Por causa disso é que em todos os lugares sempre temos que
contar com dois elementos principais como polaridades opostas, além do
fluido magnético a elétrico.
O Princípio do Ar - Waju - Círculo Azul
Outro elemento que se formou a partir do Akasha é o ar. Os iniciados
encaram esse princípio não como um elemento real, mas colocam-no
numa posição intermediária entre o princípio do fogo e o da água; o
princípio do ar, como meio, por assim dizer, produz um equilíbrio neutro
entre os efeitos passivo a ativo do fogo a da água. Através dos efeitos
alternados dos elementos passivo a ativo do fogo a da água, toda a vida
criada tomou-se movimento.
Em seu papel intermediário, o princípio aéreo assumiu do fogo a
característica do calor, a da água a da umidade. Sem essas duas
características a vida não seria possível; além disso elas também
conferem ao princípio aéreo duas polaridades: no efeito positivo a da
doação da vida, a no negativo, a exterminadora.
Quanto aos elementos citados, devemos acrescentar que não se tratam
de fogo, água a ar comuns - na verdade só aspectos do plano material
denso - más sim de características universais dos elementos.
O Princípio da Terra - Prithivi - Quadrado Amarelo
Já dissemos que o princípio do ar não representa propriamente um
elemento em si, a essa afirmação vale também para o princípio da terra.
Isso significa que, do efeito alternado dos três elementos mencionados em
primeiro lugar, o elemento terra formou-se por último, pois através de
sua característica específica, a solidificação, ela integra em si todos os
outros três. Foi justamente essa característica que conferiu uma forma
concreta aos três elementos. Ao mesmo tempo porém foi introduzido um
limite ao seu efeito, o que resultou na criação do espaço, da dimensão, do
peso, e do tempo. Em conjunto com a terra, o efeito recíproco dos outros
três elementos tomou-se quadripolar. O fluido na polaridade do elemento
terra é eletromagnético. Como todos os elementos são ativos no quarto
elemento(o da terra) toda a vida criada pode ser explicada. Foi através da
materialização da vida nesse elemento que surgiu o "Fiat", o "faça-se".
Outras explicações mais detalhadas dos efeitos específicos dos
elementos nas diversas esferas a reinos, como no reino da natureza, no
reino animal, no reino humano, etc., poderão ser encontradas no
conteúdo subseqüente do livro. O importante é que o leitor consiga ter uma idéia geral do funcionamento a dos efeitos dos princípios dos elementos em todo o Universo.
A Luz
O princípio do fogo é a base da luz; sem ele a luz jamais poderia
existir. Por isso ela é um dos aspectos do fogo. Todos os elementos do fogo
podem ser convertidos em luz a vice versa. É por isso que a luz contém
todas as características específicas: é luminosa, penetrante, expansiva. O
oposto da luz é a escuridão, que surgiu do princípio da água, a possui as
características específicas opostas às da luz. Sem a escuridão a luz não só
seria irreconhecível, como não poderia existir. Assim podemos perceber
que a luz e a escuridão surgiram a partir da alternância de dois
elementos, ou seja, do fogo a da água. Em seu efeito, a luz possui a
característica positiva e a escuridão a negativa. Essa alternância ocorre
em todas as regiões.
O Akasha, ou o Princípio Etérico
Ovo negro
Na descrição dos elementos, eu mencionei que estes surgiram a partir do princípio etérico. Por causa disso ele é o mais elevado de todos, o mais poderoso a inimaginável; ele é a origem, o fundamento de todas as coisas a de toda a criação. Em resumo, ele é a esfera primordial. É por isso que o Akasha é isento de espaço e de tempo. Ele é o não criado, o incompreensível, o indefinível. As religiões chamam-no de divindade. Ele é a quinta força, a força primordial; ele é aquilo que contém tudo o que foi criado a que mantém tudo em equilíbrio. É a origem e a pureza de todos os pensamentos e idéias, é o mundo das coisas primordiais no qual se mantém tudo o que foi criado, desde as esferas mais elevadas até as mais baixas. É a quintessência dos alquimistas. É tudo em todas as coisas.
Karma, a Lei de Causa a Efeito
Uma lei imutável que possui seu aspecto característico justamente no
princípio do Akasha, é a lei de causa a efeito. Toda causa provoca um
efeito correspondente. Essa lei vale, em todos os lugares, como a lei
suprema; assim toda ação tem como conseqüência um determinado efeito
ou produto. Por isso o Karma deve ser considerado não só uma lei para
nossas boas ações, como prega a filosofia oriental, mas, como podemos
perceber nesse caso, seu significado chega a ser bem mais profundo.
Instintivamente, as pessoas sentem que todo o bem só produz bons frutos
a todo o mal tem como conseqüência a produção de coisas más; ou como
diz a boca do povo: "O que o homem semeia, ele colhe!" Essa lei
irrevogável deve ser conhecida a respeitada por todos. A lei da causa e
efeito também é inerente aos princípios dos elementos. Não quero
aprofundar-me nos detalhes dessa lei, que aliás podem ser expressos em
poucas palavras, porque eles são claros a lógicos para a mente de
qualquer pessoa. A lei da evolução ou do desenvolvimento também se
subordina à lei da causa a efeito; é por isso que o desenvolvimento é um
aspecto da lei do karma.
O Corpo Humano
O homem é a imagem verdadeira da divindade, portanto ele foi criado
segundo o retrato do Universo. Tudo o que se encontra no Universo numa
escala maior, reflete-se no homem numa escala menor É por isso que o
homem é definido como um microcosmo, em contraposição ao Universo
como macrocosmo. Ao pé da letra, podemos dizer que no homem está
refletida toda a natureza, e o objetivo desse capítulo é ensinar a observar,
conhecer a dominar essa verdade.
Não pretendo aqui descrever os processos físicos do corpo, pois essa
descrição pode ser encontrada em qualquer obra especializada; o que eu
quero é ensinar aos leitores como observar o homem do ponto de vista
hermético a como utilizar nele a chave básica, i.e. os efeitos dos elementos.
Há um famoso ditado que diz: "Num corpo sadio, uma mente sadia".
No estudo do homem veremos como é profunda a verdadeira a
afirmaçãodessa pequena frase. Mas com certeza vocês perguntarão, o que é afinal
a saúde do ponto de vista hermético?
Nem todo mundo terá condições de responder a essa pergunta
imediatamente, a maioria dará uma explicação bastante individual à
questão da saúde. Do ponto de vista hermético a saúde é encarada como
uma harmonia total das forças que operam no corpo, relativamente às
características básicas dos elementos. Não há nem mesmo a necessidade
da predominância de uma desarmonia muito grande dos elementos para
que o efeito se torne visível sob a forma de algo que chamamos de doença.
A desarmonia em forma de doença já é uma perturbação importante nas
regiões do corpo em que operam os elementos. É por isso que o futuro
iniciado deve considerar como condição básica uma cuidadosa atenção
com o seu corpo. A expressão externa do corpo é como uma bela
vestimenta, e, sob todos os aspectos, tanto no maior quanto no menor, a
beleza também é um aspecto da natureza divina. A beleza não é só aquilo
que nos agrada ou nos é simpático, pois a simpatia e a antipatia
dependem dos efeitos recíprocos dos elementos; a saúde efetiva é muito
mais uma condição básica para a elevação espiritual. Se quisermos morar
bem, temos que arrumar nossa moradia, nossa casa; o mesmo acontece
com nosso corpo, que deve ser belo a harmonioso.
De acordo com a lei universal os elementos têm determinadas funções
no corpo, principalmente a construção, a manutenção e a decomposição.
A parte positiva do corpo, i. e., a construtiva, corresponde ao lado
positivo ou ativo dos elementos. A parte mantenedora ou compensadora é
assegurada pela função agregadora dos elementos, i.e., a neutra; e a parte
decompositora ou deteriorante é comandada pelas características
negativas dos elementos.
Assim, por exemplo, cabe ao princípio do fogo na sua forma ativa,
com seu fluido elétrico, a atividade expansiva, construtora e ativa, a na
sua forma negativa o contrário.
O princípio da água na sua forma ativa influencia a atividade
construtora dos diversos líquidos no corpo, a na sua forma negativa, a
atividade decompositora.
O princípio do ar tem a função de regular o fluido elétrico do fogo e o
fluido magnético da água no corpo, a mantê-los em equilíbrio. Por isso,
ele é definido como o elemento neutro ou mediador.
Como foi dito na chave básica sobre as forças do princípio da terra,
este último tem a função de manter agregadas as funções dos outros três
elementos. Na forma ativa do elemento do princípio da terra o efeito é
vitalizante, fortalecedor, construtor, mantenedor, etc., a na sua forma
negativa é o contrário. Ao princípio da terra corresponde tanto o
progresso ou crescimento, quanto o envelhecimento do corpo. Poderíamos
ainda apresentar muitas analogias sobre os efeitos dos elementos no
corpo, mas a explicação acima deveria, em princípio, ser suficiente.
Os iniciados de todos os tempos nunca descreveram em pormenores
os efeitos dos elementos, provavelmente para evitar o seu use indevido;
mas eles os conheciam muito bem. Dividiam o homem em três conceitos
básicos, atribuindo a cabeça ao princípio do fogo, o ventre ao da água e o
tórax ao do ar, este último como princípio mediador entre o fogo e a água.
A primeira vista é evidente que os iniciados definiram corretamente
essa divisão do homem, pois tudo o que é ativo, portanto, o que é ígneo,
ocorre na cabeça, enquanto no ventre ocorre o contrário, Le., o trabalho
dos líquidos, o aquoso, o eliminador, etc. O tórax está subordinado ao ar
a possui, da mesma forma, um papel mediador, pois a respiração que ali
ocorre é mecânica. Finalmente o princípio da terra, com sua coesão ou
sua força agregadora compõe todo o corpo humano, com todos os seus
ossos a sua carne.
Mas alguém sempre perguntará: onde a de que modo se apresenta o
Akasha, ou princípio etérico, no corpo material denso?
Após uma reflexão mais profunda todos poderão responder a essa
pergunta por si mesmos, isto é, de que o princípio etérico na sua forma
material densa está contido no sangue a no sêmen, a no efeito recíproco
destes últimos na matéria vital ou vitalidade.
Como vimos anteriormente, o elemento fogo produz no corpo o fluido
elétrico, e o elemento água produz o magnético. Cada um desses fluidos
possui dois pólos de irradiação, o ativo e o passivo, a os efeitos recíprocos
diretos a alternados dos quatro pólos igualam-se a um magneto
quadripolar, idêntico ao mistério do Tetragrammaton, o JOD-HE-VAUHE
dos cabalistas. Por isso é que o fluido eletromagnético no corpo
humano, em sua irradiação para o exterior, é o magnetismo vital,
chamado de Od, ou de qualquer outro nome que se queira dar. Na pessoa
destra o lado direito do corpo é elétrico-ativa, e o lado esquerdo
magnético-passiva. Na pessoa canhota ocorre o contrário. A intensidade
de irradiação desse fluido eletromagnético depende da capacidade, Le.,
da intensidade do efeito dos elementos no corpo. Quanto mais saudável a
harmoniosamente se operar o efeito dos elementos no corpo, tanto mais
forte a pura será a irradiação.
Com a ajuda de determinados exercícios, assim como através de uma
postura correta a uma observação precisa dessas leis, a capacidade a
intensidade de ação desse fluido eletromagnético, ou Od, poderá
aumentar ou diminuir conforme a necessidade. O modo como isso ocorre
será descrito com mais detalhes na parte prática desta obra.
Tanto o fluido elétrico quanto o magnético não têm nenhuma relação
direta com a eletricidade ou o magnetismo que conhecemos, mas lhe são
análogos. Essa lei da analogia é um fator muito importante na ciência
hermética, a seu conhecimento possibilita ao iniciado realizar, com essa
chave, grandes milagres.
Na nutrição esses elementos estão misturados. Sua assimilação
desencadeia um processo químico através do qual os elementos se
mantêm no nosso corpo. Do ponto de vista médico a assimilação de
qualquer nutriente, em conjunto com a respiração, desencadeia um
processo de combustão, no qual o hermetista vê muito mais do que um
simples processo químico. Ele vê a fusão dos nutrientes, assim como o
fogo que é constantemente mantido aceso através da matéria em
combustão.
É por isso que toda vida depende da entrada contínua de material
combustível, i.e. do alimento a da respiração. Para que cada elemento
receba seu material de manutenção necessário, recomenda-se uma
alimentação variada, misturada, que contenha todas as matérias básicas
dos elementos. Se por exemplo fossemos obrigados a passar a vida toda
dependendo de um único nutriente, então sem dúvida nosso corpo
adoeceria, i.e., tornar-se-ia desarmônico. Através da decomposição do ar
a dos nutrientes os elementos recebem a matéria que os preserva,
mantendo assim o vigor da sua atividade.
Esse é o modo de vida natural do homem. Se houver a falta da assim
chamada "matéria desencadeadora" em qualquer dos elementos, o efeito
nas funções correspondentes é imediato. Por exemplo, quando o efeito do
elemento fogo no corpo se intensifica, então sentimos sede; no caso do
elemento ar sentimos fome, no do elemento água sentimos frio, a no do
elemento terra instala-se o cansaço. Da mesma forma, qualquer saturação
dos elementos no corpo provoca reações intensificadas. Com o excesso do
elemento fogo instala-se uma necessidade de movimento a atividade; com
o do elemento água intensifica-se o processo de deterioração. Uma
saturação do elemento ar mostra-nos que devemos dosar a assimilação da
nutrição, a uma saturação do elemento terra exerce seus efeitos em
aspectos da vida sexual, mas não se evidencia necessariamente no impulso
sexual carnal. Geralmente em pessoas mais velhas, esse efeito pode
também exteriorizar-se através do estímulo a uma maior atividade no
trabalho, a um maior desempenho criativo.
Em suas polaridades passiva a ativa, os fluidos elétrico e magnético
têm a função de produzir os compostos ácidos do ponto de vista químico,
ou eventualmente alquímico, em todos os corpos orgânicos a inorgânicos.
No sentido ativo elas são construtoras e no negativo desagregadoras,
decompositoras, a destruidoras. Assim explica-se a função biológica do
corpo. O resultado é o ciclo da vida: ela surge, cresce, amadurece e morrer.
Esse é o destino da evolução de toda a criação.
Esse é o destino da evolução de toda a criação.
Dieta
Um modo de vida sensato mantém a harmonia dos elementos no
corpo. Quando surge uma desarmonia no efeito dos elementos, isto é,
quando há a predominância ou o enfraquecimento de um ou outro
elemento, deve-se tomar algumas providências para equilibrá-los
novamente ou pelo menos interferir favoravelmente nesse sentido. É por
isso que, para casos específicos costumam-se prescrever as mais diversas
dietas. Já há muito tempo pessoas comuns chegaram a essa conclusão
através de inúmeras observações, mas sem conseguir entender as causas
precisas desses fenômenos.
Quando a perturbação dos elementos é tão grande a ponto de tomar a
desarmonia visível, então não se trata mais de uma desarmonia, mas sim
de uma enfermidade. Costuma-se então logo lançar mão de meios
drásticos para recompor a harmonia necessária, obter uma saúde
completa a trazer o corpo de volta ao ritmo normal. Sobre esse
fundamento baseiam-se todos os métodos de cura até hoje conhecidos.
Prefiro abster-me da descrição de cada método de tratamento
individualmente, pois todos já são amplamente conhecidos; os métodos
naturais de cura utilizam-se de efeitos térmicos, como banhos,
compressas, cataplasmas, ervas, massagens, etc. O alopata usa remédios
concentrados para provocar os efeitos correspondentes aos elementos a
assim promover a recuperação da saúde. O homeopata estimula o
elemento contrário através de seu remédio "similia similibus curantur",
para recuperar o equilíbrio do elemento ameaçado, de acordo com a sua
polaridade. Ao aplicar seus remédios, o eletro-homeopata age
diretamente sobre os fluidos elétrico a magnético, para através do seu
fortalecimento equilibrar o elemento desarmônico, conforme o tipo de
enfermidade.
Agios O Lúcifer
Polaridade
Cada método de cura tem como objetivo restaurar o equilíbrio
prejudicado dos elementos. Através do conhecimento dos efeitos dos
elementos em nosso corpo, o magnetopata ou magnetizador tem uma
grande possibilidade de conseguir controlar suas
forças, com sucesso, principalmente quando ele tem condições de
despertar em si mesmo, conscientemente, o fluido elétrico ou magnético,
fortalecê-lo a transmiti-lo à parte do corpo que está em desarmonia.
Dediquei um capítulo inteiro deste livro à parte prática desse tipo de
tratamento.
As funções completas do corpo também deveriam ser aqui descritas.
Mas, analogamente aos efeitos dos elementos no corpo, cada parte dele
também é influenciada por um elemento específico que age na sua
polaridade. O que é interessante é o fato de alguns órgãos conterem, no
ritmo de seu funcionamento, portanto no seu mecanismo, uma
alternância do fluido elétrico de dentro para fora e do fluido magnético
de fora para dentro, o que faz com que o ritmo a as funções em todo o
organismo consigam chegar harmônica a analogamente ao equilíbrio. Em
outros órgãos porém ocorre o contrário: o fluido elétrico age de fora para
dentro e o magnético de dentro para fora. Esse conhecimento da
irradiação polarizada é chamado, na ciência hermética, de "anatomia
oculta do corpo". O conhecimento dos processos dessa anatomia oculta é
muito importante para todos os iniciados, caso eles queiram conhecer,
influenciar a controlar o seu corpo.
É por isso que pretendo descrever aqui também a anatomia oculta do
corpo humano relativamente aos fluidos elétrico a magnético, portanto no
âmbito dos efeitos positivo a negativo. O magnetopata poderá extrair
uma grande utilidade dessas explicações, pois assim ele poderá tratar a
parte do corpo em questão segundo a origem da enfermidade, com o
fluido elétrico ou o magnético. Esse conhecimento também será muito útil
para as outras pessoas.
A CABEÇA:
A parte anterior é elétrica, a posterior magnética. O lado direito é
magnético, o esquerdo elétrico. O interior é elétrico.
OS OLHOS:
A parte anterior é neutra, a parte posterior também é neutra. O lado
direito é elétrico, o lado esquerdo também é elétrico. O interior é
magnético.
AS ORELHAS:
A parte anterior é neutra, a parte posterior também é neutra. O lado
direito é magnético, o lado esquerdo é elétrico, o interior é neutro.
BOCA E LÍNGUA:
A parte anterior é neutra, a posterior também é neutra. O lado
direito é neutro, o esquerdo também é neutro. O interior é magnético.
O PESCOÇO:
A parte anterior é magnética, a parte posterior é magnética,
o lado direito é magnético, o lado esquerdo é elétrico, o interior é
elétrico.
O TÓRAX:
A parte anterior é eletromagnética, a parte posterior é elétrica, o lado
direito é neutro, o lado esquerdo é elétrico, e o interior é neutro.
O VENTRE:
A parte anterior é elétrica, a parte posterior é magnética; o lado
direito é magnético, o lado esquerdo é elétrico, o interior é magnético.
AS MÃOS:
A parte anterior é neutra, a parte posterior é neutra, o lado direito é
magnético, o lado esquerdo é elétrico, o interior é neutro.
OS DEDOS DA MÃO DIREITA:
Os lados anterior a posterior são neutros, os lados direito e
esquerdo são elétricos, o interior é neutro.
OS DEDOS DA MÃO ESQUERDA:
Os lados anterior a posterior são neutros, o lado direito é elétrico, o
lado esquerdo também é elétrico, o interior é neutro.
Os PÉS:
As partes anterior a posterior são neutras, o lado direito é magnético,
o lado esquerdo é elétrico, o interior é neutro.
OS ORGÃOS GENITAIS MASCULINOS:
A parte anterior é elétrica, a parte posterior é neutra, os lados
esquerdo a direito são neutros, e o interior é magnético.
OS ORGÃOS GENITAIS FEMININOS:
A parte anterior é magnética, a parte posterior é neutra, os lados
direito a esquerdo são neutros, o interior é elétrico.
ULTIMA VÉRTEBRA DA COLUNA JUNTO AO ANUS:
As partes anterior a posterior são neutras, os lados direito e esquerdo
são neutros, o interior é magnético.
Com base nessa anatomia oculta o iniciado pode, com a chave do
magneto quadripolar, compor outras analogias segundo a sua
necessidade. E nessa anatomia o alquimista reconhece também que o
corpo humano é um verdadeiro Athanor, no qual ocorre, bem visível, o
processo alquímico mais completo, a grande obra, ou a preparação da
pedra dos sábios.
E aqui termina o capítulo sobre o corpo humano. Não pretendo
afirmar que considerei todos os assuntos ligados ao tema; de qualquer
modo creio que mencionei os mais importantes, aqueles
relativos aos elementos, aos magnetos quadripolares, e desvendei o
mistério do Tetragrammaton aplicado ao corpo.
O Plano Material Denso ou o Mundo Material Denso
Nesse capítulo não pretendo descrever o mundo material denso, os
reinos mineral, vegetal a animal, a nem ocupar-me dos processos físicos
da natureza, pois com certeza todos já ouviram falar desses assuntos na
escola, como p.e. da existência de um pólo sul a de um pólo norte, da
formação da chuva, das tempestades, etc. Para os futuros iniciados esses
processos têm pouco interesse; na verdade é bem mais útil para eles
conhecer o mundo material por meio dos elementos a de sua polaridade.
Não preciso mencionar que em nosso planeta existem fogo, água, ar a terra, o que
é evidente para todas as pessoas que raciocinam logicamente. Mesmo
assim seria bom se o futuro iniciado conhecesse a origem e o efeito de
cada um dos quatro elementos a aprendesse a usá-los corretamente de
acordo com as analogias correspondentes a outros planos. Como podemos
entrar em contacto simultaneamente com os planos mais elevados através
do conhecimento dos elementos materiais densos, é algo que será
explicado em um outro capítulo sobre a aplicação prática da magia. No
momento é importante saber que na nossa Terra o trabalho dos
elementos, na sua forma mais sutil, ocorre da mesma maneira que no
corpo humano. Se traçarmos uma analogia com o corpo humano
poderemos ver como são determinados os paralelos relativos aos
elementos, e como essa analogia realmente nos parece exata. No capítulo
anterior falamos sobre o modo de vida, a sobre as funções dos elementos
em relação ao corpo; quando o iniciado consegue utilizar os elementos na
sua forma mais sutil, ele consegue realizar verdadeiros milagres no seu
próprio corpo, a não só isso, ele pode também afirmar que sob esse
aspecto nada é impossível.
O elemento terra possui em si o magneto quadripolar com sua
polaridade, e o efeito dos outros três elementos. Na natureza o princípio
do fogo na sua forma ativa exerce seu efeito como princípio vitalizador, a
na sua forma negativa como princípio destruidor a desagregador. O
princípio da água possui na sua forma ativa o efeito solvente, doador de
vida, a na forma negativa o contrário. O princípio do ar com sua
polaridade dupla é também o fator neutro, equilibrador a preservador da
natureza. Em função da sua característica específica de coesão, o
elemento terra tem como base esses dois grandes elementos fundamentais,
o fogo e a água, que junto com a neutralização do princípio do ar fazem
com que a terra seja considerada o elemento material mais denso.
Como já mencionamos no item sobre o corpo, através da ação mútua
dos elementos fogo a água surgem dois fluidos básicos, o elétrico e o
magnético, que, exatamente como no corpo, formaram-se de acordo com
as mesmas leis a possuem os mesmos efeitos mútuos. Por isso esses dois
elementos agem, com seus fluidos, sobre tudo o que acontece de material
na Terra, influenciando vários processos químicos no seu interior a
exterior, nos reinos mineral, vegetal a animal. Em vista disso devemos
dizer que o fluido elétrico encontra-se no ponto central da Terra e o
magnético na sua superfície. Esse fluido magnético da superfície da
Terra, apesar da característica do princípio da água, ou da coesão,
mantém agregado tudo o que é material ou composto.
Através da característica específica de sua substância a condicionado
pela composição dos seus elementos, cada objeto possui, relativamente ao
fluido elétrico, determinadas irradiações, as assim chamadas oscilações de
elétrons, que sofrem a atração provocada pelo fluido magnético geral de
todo o mundo material. Essa atração é chamada de peso. Assim o peso é
uma manifestação da força de atração da Terra. A força de atração do
ferro a do níquel, que todos nós conhecemos, é um pequeno exemplo ou
uma imitação daquilo que ocorre em grande escala em toda a Terra.
Aquilo que na Terra conhecemos como magnetismo a eletricidade é
na verdade uma manifestação do magneto quadripolar, pois como todos
nós sabemos, da comutação induzida consegue-se obter a eletricidade
partindo-se do magnetismo, a da eletricidade voltar novamente ao
magnetismo através de meios mecânicos. A transformação de uma na
outra já é na verdade um processo alquímico, ou mágico, que no entanto
foi tão vulgarizado ao longo do tempo que atualmente não é mais
encarado como alquimia ou magia, mas foi simplesmente delegado à
física. Podemos ver que nesse caso também se aplica o magneto
quadripolar.
Em relação à lei do magnetismo a da eletricidade, não só do corpo,
como descrevemos no último capítulo, mas também do mundo material
denso, todo ocultista sabe que tudo o que está em cima é também o que
está embaixo. Todo iniciado que sabe empregar as forças dos elementos
ou o grande mistério do Tetragrammaton em todos os planos, também
terá condições de realizar grandes feitos em nosso mundo material, coisas
que aos olhos dos não-iniciados poderão parecer milagres. Porém para o
iniciado elas não são milagres, a ele conseguirá explicar até as coisas mais
intrigantes com base no conhecimento dessas leis.
Todo o crescimento, o amadurecimento, toda a vida a também toda a
morte em nossa Terra dependem das leis aqui descritas. Por esse motivo o
iniciado sabe que a morte não é a idéia de
uma queda no nada; o que é considerado como um aniquilamento ou
uma morte é só uma passagem de um estado a outro. O mundo denso
material surgiu do princípio do Akasha, o nosso já conhecido éter, e é
também regulamentado a mantido por ele. É assim que se explicam todas
as invenções baseadas na transmissão dos fluidos elétrico a magnético, a
que dependem de uma transmissão à distância através do éter, como p.e.
o rádio, a telegrafia, a telefonia e a televisão, além de muitas outras que
surgirão no futuro. Mas o princípio básico a as leis foram, são a
continuarão sendo sempre os mesmos.
Sobre os efeitos dos fluidos magnético a elétrico no plano material
denso poderíamos escrever um livro inteiro bastante abrangente a de
conteúdo até emocionante. Mas o leitor dedicado que decidir trilhar o
caminho da iniciação a não se deixa intimidar pelo árduo estudo das leis
básicas, acabará chegando por si mesmo ao conhecimento das variantes
dessas forças a suas características. Os frutos e o conhecimento que e
conhecimento que ele colherá compensarão amplamente o
esforço empregado nesse trabalho.
Agios O Lúcifer
A Alma ou o Corpo Astral
Através das vibrações mais sutis dos elementos, dos fluidos elétrico a
magnético a de sua polaridade, partindo do princípio do Akasha ou das
vibrações sutis do éter, surgiu o Homem como tal, ou a sua alma. Do
mesmo modo como se desenvolvem as funções dos elementos no corpo
material denso, desenvolvem-se também as da alma ou do assim chamado
corpo astral. A alma está ligada ou fundida ao corpo através do magneto
quadripolar com suas características específicas. A fusão ocorre,
analogamente ao corpo, através da influência eletromagnética dos
elementos. O trabalho dos elementos, o assim chamado fluido
eletromagnético da alma é chamado por nós, iniciados, de matriz astral,
ou vida. Essa matriz astral ou fluido eletromagnético da alma não é
idêntico à aura descrita pelos ocultistas, da qual pretendo ocupar-me
mais adiante. A matriz astral ou fluido eletromagnético é o meio
aglutinante entre o corpo e a alma. O princípio do fogo exerce na alma
também o seu efeito construtor; o princípio da água exerce seu efeito
vitalizante, o do ar o seu efeito equilibrador, gerador a preservador. O
corpo astral possui exatamente as mesmas funções do corpo material
denso.
O homem foi dotado de cinco sentidos, correspondentes aos
elementos, a com a ajuda desses sentidos corpóreos o corpo astral ou alma
assimila as percepções do mundo físico. A assimilação e a ação dos cinco
sentidos por meio do corpo astral a do material denso ocorre através do
nosso espírito imortal (mais adiante explicarei porquê o espírito é
imortal). Sem a atuação do espírito na alma o corpo astral não teria vida
a se dissolveria em seus elementos componentes.
Como o espírito não conseguiria exercer seu efeito sem a
intermediação da alma, o corpo astral torna-se o domicílio de diversas
características do espírito imortal. A oscilação dos fluidos elétrico a
magnético no espírito varia de acordo com o seu grau de evolução a
amadurecimento a se exterioriza na alma através dos quatro
temperamentos. Segundo seus elementos predominantes, podemos
distinguir os temperamentos colérico, sangüíneo, melancólico a
fleumático natural. O temperamento colérico nasce do elemento fogo, o
sangüíneo do elemento ar, o melancólico do elemento água e o fleumático
do elemento terra. Conforme a força e a oscilação do respectivo elemento,
aparecem nas diversas características também a energia, a força e a
expansão das alternâncias fluídicas correspondentes.
Cada um desses quatro elementos que determinam o temperamento
no homem possui em sua forma ativa a característica boa, ou boas, a na
forma passiva as características opostas, ou ruins. Seria uma tarefa muito
ampla descrever aqui com precisão os efeitos dos elementos, por isso é
melhor que o futuro iniciado descubra por si só outros efeitos, através da
meditação. No caminho à iniciação isso também tem um motivo especial;
eis alguns exemplos:
O temperamento colérico possui, em sua polaridade ativa, as
seguintes características boas: atividade, entusiasmo, estímulo,
determinação, audácia, coragem, força criativa, zelo, etc. Na forma
negativa são: voracidade, ciúme, paixões, irritação, agressividade,
intemperança, impulso destruidor, etc.
O temperamento sangüíneo indica em sua forma ativa as seguintes
características: compenetração, esforço, alegria, habilidade, bondade,
clareza, despreocupação, bom humor, leveza, otimismo, curiosidade,
independência, vigilância, confiabilidade, etc. Na forma negativa:
susceptibilidade, auto-depreciação, bisbilhotice, falta de perseverança,
esperteza, tagarelice, desonestidade, volubilidade, etc.
O temperamento melancólico na sua forma ativa possui: atenção,
generosidade, modéstia, afetividade, seriedade, docilidade, fervorosidade,
cordialidade, compreensão, meditação, compaixão, serenidade,
profundidade, credulidade, capacidade de interiorização a de perdão,
ternura, etc. Na sua forma negativa possui: indiferença, derrotismo,
timidez, falta de participação, inflexibilidade, indolência, etc.
O temperamento fleumático na sua forma ativa possui: atenção,
presença, perseverança, ponderação, determinação, seriedade, firmeza,
escrupulosidade, solidez, concentração, sobriedade, pontualidade,
discrição, objetividade, precisão, senso de responsabilidade,
confiabilidade, prudência, resistência, conseqüência, etc. Na forma
negativa: insipidez, desleixo, auto-depreciação, indiferença, falta de
consciência, aversão ao contacto humano, lentidão, falta de agilidade,
indolência, desconfiança, laconicidade, etc.
As características dos temperamentos formam, de acordo com a
característica predominante, a base do caráter da pessoa. A intensidade
das características que sobressaem externamente dependem da
polaridade, portanto dos fluidos elétrico a magnético. A influência global
do efeito dos temperamentos produz uma irradiação que chamamos
tecnicamente de "aura"; mas não podemos comparar a aura à matriz
astral pois há uma enorme diferença entre as duas. A matriz astral é a
matéria aglutinante entre o corpo e a alma, enquanto que a aura é a
irradiação do efeito dos elementos nas diversas características, a justificase
na sua forma ativa ou passiva.
Essa irradiação provoca na alma toda uma certa vibração, que
corresponde a uma determinada cor. Com base nessa cor o iniciado tem a
possibilidade de reconhecer, com sua visão astral, a própria aura ou a de
um outro ser. O vidente pode então, com ajuda da aura de uma pessoa,
não só descobrir o seu caráter básico mas também os efeitos da
polaridade da oscilação de sua alma a eventualmente influenciá-la. Esse
tema será tratado com mais detalhes num capítulo à parte, que fala da
introspecção. Portanto, vimos aqui que o temperamento da pessoa
influencia seu caráter, e a sua atuação conjunta dá origem à irradiação
da alma, ou aura. Não é à toa que os iniciados a santos são retratados com
uma auréola ao redor da cabeça, que corresponde à aura aqui descrita.
Além do caráter, dos temperamentos a do trabalho do fluido
eletromagnético, o corpo astral ainda possui dois centros no cérebro, que
são, no cérebro maior, a consciência normal, a no cerebelo o oposto da
consciência normal, ou seja, a subconsciência. No capítulo "O Espírito"
descrevo os detalhes de suas funções.
A alma está dividida de acordo com os elementos, de maneira tão
precisa quanto o corpo. As funções, forças a características anímicas têm
também sua morada na alma, elas formam determinados centros,
analogamente a todos os elementos, a que a filosofia hindu chama de
"Lotus" (conhecidos também por "chakras", N.T.). Na doutrina hindu o
despertar desses Lotus é chamado de Kundalini-Yoga. Não pretendo
fazer aqui um relato detalhado sobre os lotus ou centros, pois qualquer
pessoa poderá conhecê-los na literatura especializada. (Ver: Gregorius,
"Magische Erweckung der Chakras im Ãtherkõrper des Menschen" =
Despertar Mágico dos Chakras no Corpo Astral do Homem.) Vou
mencioná-los rápida a superficialmente dizendo que o centro mais baixo é
o assim chamado Muladhara ou centro da Terra a localiza-se na parte
inferior da coluna. O centro seguinte é o da água a localiza-se na região
dos órgãos sexuais, a na terminologia hindu é chamado de Swadhistana.
O centro do fogo, como ponto central da alma, encontra-se na região
do umbigo e é chamado de Manipura. O centro do ar, elemento
equilibrador, encontra-se na região do coração e é chamado de Anahata;
o centro do éter ou princípio do Akasha está na região do pescoço a
chama-se Visudha. Um outro centro, da vontade, da razão a do intelecto
localiza-se entre as sobrancelhas e é chamado de Ajna.
O centro mais elevado a divino é o lotus das mil folhas, chamado de
Sahasara, do qual nascem a são influenciadas todas as forças dos outros
centros. Iniciando-se no centro superior, mais elevado, descendo ao longo
das costas até o centro mais baixo, o da terra, como se fosse um canal,
temos o assim chamado Sushumna, ou nosso já conhecido princípio do
Akasha, que faz a ligação entre todos os centros a os regula. Falarei mais
adiante do despertar da força espiral de cada um dos centros.
Na descrição da alma precisamos descobrir a conexão dos elementos
com a sua polaridade "plus"(+) e "minus"(-) a tentar retratá-la com
clareza. Podemos ver que tanto o corpo quanto a alma, com suas
atuações, vivem a trabalham, mantêm-se ou destróem-se segundo as leis
imutáveis do magneto quadripolar, portanto do mistério do
Tetragrammaton.
Se o aprendiz da iniciação meditar sobre isso com cuidado, terá uma
visão clara da função do corpo a também da alma, e poderá imaginar
corretamente as suas interações mútuas segundo as leis primordiais.
O Plano Astral
É muitas vezes definido como a quarta dimensão; não foi criado a
partir dos quatro elementos, mas é um grau de densidade do princípio de
Akasha, portanto de que tudo o que já aconteceu no passado, acontece no
presente a acontecerá no futuro, no mundo material, enfim, tudo o que
contém sua origem, sua regulamentação e sua existência.
Como já referimos, em sua forma mais sutil o Akasha é o nosso velho
conhecido éter, no qual, entre outras coisas, propagam-se as ondas
elétricas a magnéticas. Ele é também a esfera das vibrações, de onde se
originam a luz, o som, a cor, o ritmo, e com estes toda a vida que existe.
Como o Akasha é a origem de todo ser, naturalmente nele há o reflexo de
tudo, Le., de tudo o que já aconteceu no passado, acontece no presente a
acontecerá no futuro. É por isso que consideramos o plano astral como a
emanação do eterno, sem começo nem fim, a que portanto é isento de
espaço a de tempo. O iniciado que consegue alcançar esse plano encontra
tudo nele, mesmo quando se tratam de fatos ocorridos no passado, que
ocorrem no presente ou ocorrerão no futuro. A amplitude do alcance da
sua percepção depende do seu grau de aperfeiçoamento.
O plano astral é definido pela maioria das religiões, pelos ocultistas a
espiritualistas como o "além". Mas para o iniciado torna-se claro que não
existe um aquém ou um além, e é por isso que ele não teme a morte, cujo
conceito lhe é estranho. Se porventura, através do trabalho de
decomposição dos elementos ou de uma súbita ruptura dissolver-se a
matriz astral, que é a matéria aglutinante entre o corpo material denso e
o corpo astral, instala-se aquilo que chamamos geralmente de morte, mas
que na realidade é só uma passagem do mundo terreno ao mundo astral.
Baseado nessa lei, o iniciado não conhece o medo da morte, pois ele sabe
que não irá para o desconhecido.
Através do controle dos elementos ele também pode, além de muitas
outras coisas, tentar soltar sua matriz astral a produzir a separação
espontânea do corpo astral de seu invólucro terreno. Desse modo ele
consegue visitar, com seu corpo astral, as regiões mais distantes, viajar
aos mais diferentes planos, a muito mais. Quanto a isso existem lendas
sobre santos que foram vistos em vários lugares ao mesmo tempo, onde
até exerciam suas atividades.
O plano astral possui diversos tipos de habitantes. São sobretudo as
pessoas que já deixaram o mundo terreno a que habitam o grau de
densidade correspondente ao seu grau de amadurecimento espiritual, o
que de acordo com as religiões é chamado de céu ou inferno, mas que os
iniciados interpretam só simbolicamente. Quanto mais perfeito, nobre a
puro o ser, tanto mais puro a sutil o grau de densidade do plano astral em
que ele ficará. O seu corpo astral vai se dissolvendo aos poucos,
adaptando-se ao grau de vibração do respectivo patamar do plano astral,
até tornar-se idêntico a ele. Essa identificação depende portanto do
amadurecimento a da perfeição espirituais alcançados no mundo terreno
pelo ser em questão.
Além disso o plano astral é habitado por muitos outros seres, dos
quais cito apenas alguns. Assim temos, por exemplo, os seres elementais,
que têm só uma ou algumas poucas características, de acordo com as
oscilações predominantes dos elementos. Eles se mantêm pelo mesmo tipo
de oscilação do homem, que ele envia ao plano astral; dentre esses seres
há inclusive alguns que alcançaram um certo grau de inteligência. Alguns
magos utilizam-se dessas forças inferiores para seus objetivos egoístas.
Outro tipo de ser são as chamadas larvas, atraídas à vida consciente ou
inconscientemente pelo pensamento através da matriz astral.
Na verdade elas não são seres concretos, mas somente formas que se
mantêm vivas pelas paixões do mundo animal, no patamar mais baixo do
mundo astral. Seu impulso de auto-preservação pode trazê-las à esfera
daquelas pessoas cujas paixões têm o poder de atraí-las. Elas querem
despertar, direta ou indiretamente, as paixões adormecidas no homem e
atiçá-las. Caso essas formas consigam induzir uma pessoa a essas paixões,
então elas se nutrem, mantêm a fortalecem com a irradiação provocada
pela paixão no homem. Uma pessoa muito carregada por essas paixões
traz consigo, na esfera mais baixa de seu plano astral, todo um exército
dessas larvas. A luta contra elas é acirrada, e no campo da magia a do
domínio dos elementos, esse é um componente importante. Sobre isso
entrarei em detalhes no capítulo que trata da introspecção. Além disso,
ainda existem elementais a larvas que podem ser criados por meios
mágico-artificiais. Entrarei em detalhes sobre esse assunto na parte
prática do livro.
Mais um tipo de ser com o qual muitas vezes o iniciado poderá se
deparar no plano astral, são os seres dos quatro elementos puros. No
elemento fogo eles se chamam salamandras, no elemento ar, silfos, no
elemento água, ninfas ou ondinas, a no elemento terra, gnomos. Esses
seres estabelecem, por assim dizer, a ligação entre o plano astral a os
elementos terrenos. Como se faz a ligação com esses seres, como se pode
dominá-los, o que se pode conseguir através deles, são assuntos que
deixaremos para serem tratados na parte prática desta obra, a aos quais
dedicarei um capítulo especial chamado "A Magia dos Elementos".
Existem ainda vários outros seres, como sátiros, fadas, anõezinhos
aguadeiros, etc., que poderiam ser aqui citados. Por mais que isso tudo
possa se parecer aos contos de fadas, existem, no plano astral, exatamente
as mesmas realidades que no plano terreno.
Ao estabelecer a ligação com esses seres, o iniciado, através da sua
vidência, consegue vê-los a qualquer momento que desejar, eliminando
assim qualquer dúvida sobre a sua existência. É por isso que o iniciado
deve primeiro amadurecer a aprender a provar as coisas para depois
poder julgar por si mesmo.
Agios O Lúcifer
O Espírito
Como já dissemos antes, o homem foi criado à semelhança da divindade e é
constituído de corpo, alma a espírito. Nos capítulos anteriores ficamos
sabendo que o corpo e a alma servem somente como um invólucro ou
uma vestimenta para o espírito, a são portanto passageiros. É por isso que
só o espírito é a parte imortal do homem e a sua imagem semelhante a
divindade. Não é fácil analisar e colocar em palavras exatas algo divino,
imortal a eterno. Mas como em qualquer outro problema podemos, nesse
caso, nos valer da ajuda da chave do magneto quadripolar.
Do princípio primordial mais elevado (o Akasha), da fonte primordial
de toda a existência, da matéria espiritual primordial, surgiu o espírito, o
"eu" espiritual com as quatro características específicas dos elementos,
próprias do espírito imortal criado à semelhança de divindade.
O princípio do fogo, a parte impulsiva, é a vontade. O princípio aéreo
revela-se no intelecto (razão), o princípio aquoso na vida ou no
sentimento, e o princípio da terra na comunhão de todos os outros três
elementos na consciência do "eu".
Todas as outras características do espírito possuem esses quatro
princípios primordiais como base. A parte típica do quarto princípio,
portanto do Princípio Etérico (Akasha), em seu aspecto mais elevado
revela-se na fé, a na forma mais baixa no impulso da auto-preservação.
Cada um dos quatro princípios-elementos aqui citados ainda possui
muitos aspectos positivos ou negativos, de acordo com a lei da analogia da
polaridade ou dos elementos. Todos juntos formam o "eu", ou o espírito.
Assim podemos atribuir a força, o poder e a paixão ao princípio do fogo;
a memória, o poder de discernimento a de julgamento à parte aérea do
espírito, a consciência e a intuição à sua parte aquosa, e o egoísmo, o
impulso de auto-preservação a de reprodução à sua parte terrena.
O assunto tornar-se-ia muito extenso se quiséssemos mencionar aqui
todas as qualidades do espírito em relação aos elementos. Através de um
estudo perseverante a uma meditação profunda, o futuro iniciado poderá
estendê-las por si mesmo, levando em conta as leis da analogia do
magneto quadripolar. É um trabalho
muito gratificante que não deve nunca ser desdenhado, porque
sempre produz bons resultados a em pouco tempo, garantindo o domínio
e o conhecimento dos elementos.
Nos capítulos sobre o corpo, a alma e o espírito descrevi o homem na
sua forma mais completa. Por ocasião da sua iniciação, e por
conseqüência na prática mágica, mística a dos diversos mistérios, o
estudante deve estar ciente da necessidade do conhecimento de seu
próprio pequeno universo. A maioria dos escritores excluiu essa parte tão
importante a até básica dos seus livros, por desconhecê-la ou por outros
motivos quaisquer.
Agios O Lúcifer
O Plano Mental
Assim como o corpo possui o seu plano terreno e o corpo astral ou
alma o seu plano astral, o espírito também possui o seu plano próprio,
chamado de esfera mental ou plano mental. É a esfera do espírito, com
todas as suas propriedades.
Ambas as esferas, tanto a material densa quanto a astral, surgiram
através dos quatro elementos, do princípio do Akasha ou das Coisas
Primordiais da esfera correspondente. A esfera mental também se
formou dessa maneira, partindo do princípio akáshico do espírito.
O que ocorre com o corpo mental na esfera mental ou espiritual é
análogo ao que ocorre com o corpo astral, isto é, através do trabalho
correspondente o espírito forma um magneto quadripolar dentro de si, a
exterioriza o fluido eletromagnético em sua polaridade, como um
fenômeno produzido pelo efeito dos elementos. Assim como o corpo astral
forma uma matriz astral (o assim chamado "astralod") através do fluido
eletromagnético do mundo astral, o fluido eletromagnético do mundo
mental também forma uma matriz mental, que liga o corpo mental ao
corpo astral. Essa matriz mental, ou "mentalod", a assim chamada
matéria mental, é a forma mais sutil do Akasha, que regula a mantém a
atividade do espírito no corpo astral. Como já observamos, essa matéria
mental é ao mesmo tempo eletromagnética a funciona como condutora
dos pensamentos a das idéias à consciência do espírito, que entra
em atividade através dos corpos astral a material denso. Assim a
matriz mental ou "mentalod" com seu fluido bipolar é a matéria mais
sutil que podemos imaginar no corpo.
A esfera mental é ao mesmo tempo a esfera dos pensamentos, que têm
sua origem no mundo das idéias, portanto no Akasha do espírito. Cada
pensamento é antecedido por uma idéia básica que assume uma
determinada forma segundo a sua característica e chega à consciência do
"eu" através do princípio etérico, portanto da matriz astral, como formapensamento
ou imagem plástica.
De acordo com isso, o homem não é o criador dos pensamentos; a
origem de todo pensamento localiza-se na mais elevada esfera do Akasha
ou plano mental. O espírito do homem é ao mesmo tempo um receptor,
uma antena dos pensamentos do mundo das idéias, conforme o local ou a
situação em que ele se encontra. Como o mundo das idéias é o tudo no
todo, cada nova idéia e cada nova invenção, em resumo, tudo aquilo que o
homem acredita ter criado foi extraído desse mundo das idéias. Esse ato
de extrair novas idéias depende da postura a da maturidade do espírito.
Cada pensamento possui em si um elemento puro completo, sobretudo
quando ele contém idéias abstratas. Se existirem, no pensamento, diversas
combinações do mundo das idéias, então serão muitos os elementos
atuantes entre si, tanto em sua forma quanto em sua irradiação. Só os
pensamentos abstratos possuem elementos puros, a também irradiações
polares puras, pois eles derivam diretamente do mundo primordial de
uma idéia.
Com base nesse conhecimento podemos perceber que existem
pensamentos que, quanto a suas atuações, são puramente magnéticos,
indiferentes a neutros. Relativamente à sua idéia, na esfera mental cada
pensamento possui forma a irradiação (vibração) próprias. Dessa
maneira o pensamento chega à consciência através do magneto
quadripolar, e é por ele guiado até a sua realização final. Todas as coisas
criadas no mundo material denso têm portanto sua origem a
naturalmente também seu reflexo no mundo das idéias, através do
pensamento a da consciência do espírito. Quando não se trata
diretamente de uma idéia abstrata, então são várias as formas de
pensamento que podem alcançar uma expressão. Esses pensamentos são
elétricos, magnéticos ou eletro-magnéticos, conforme as características
dos elementos predominantes.
O plano material denso está ligado ao tempo a ao espaço. O plano
astral, a esfera do espírito passageiro ou imutável, está ligada ao espaço,
enquanto a esfera mental é isenta de espaço a de tempo. A mesma coisa
vale para algumas características do espírito. Só a assimilação de um
pensamento no corpo mental através do aglutinante das matrizes mental
a astral, que na sua forma completa estão ligadas ao tempo a ao espaço, é
que precisa de um certo tempo para chegar à consciência. O curso dos
pensamentos se dá de modo diferente em cada pessoa, de acordo com a
maturidade de seu espírito; quanto mais madura a espiritualizada a
pessoa, tanto mais rápidos serão os seus pensamentos no espírito.
Assim como o plano astral possui seus habitantes, o plano mental
também os tem. Além das formas pensamento, eles são sobretudo os
falecidos, cujos corpos astrais se dissolveram através dos elementos,
devido à sua maturidade, a que mantêm suas moradias nas regiões da
esfera mental correspondentes a seus graus de evolução.
Além disso a esfera mental é também a esfera dos elementares, que
são seres criados consciente ou inconscientemente pelos homens, em
função de um pensamento intenso a constantemente repetido. O ser
elementar ainda não é suficientemente denso a ponto de poder construir
ou assumir um invólucro astral. Sua atuação portanto limita-se à esfera
espiritual.
A diferença entre uma forma pensamento a um elementar é que a
forma pensamento possui uma ou várias idéias como origem, enquanto
que o elementar é constituído de uma certa porção de consciência a
portanto de um impulso de auto-preservação. Mas no restante ele não se
diferencia muito dos outros seres vivos mentais a pode até ter o mesmo
formato da forma pensamento. O iniciado utiliza-se desses seres
elementares de várias maneiras. Na parte prática deste livro eu explico
como um elementar desse tipo é criado, mantido e utilizado para diversas
finalidades.
Ainda há muito a se dizer sobre a esfera mental, principalmente sobre
as características específicas de cada ser individualmente. Mas como
estímulo ao trabalho a para esclarecimento da esfera mental em linhas
gerais, acredito que isso seja o suficiente.
Agios O Lúcifer
Verdade
Abandonaremos agora o microcosmo, portanto o homem com seus
corpos terreno, astral a mental, a passaremos a tratar de outras questões,
cuja solução também preocupa o futuro iniciado. Um desses problemas é
sobretudo o problema da, verdade. Inúmeros filósofos já se ocuparam a
ainda se ocupam, e a nós também cabe essa tarefa.
Consideraremos aqui só aquelas verdades cujo conhecimento exato
somos obrigados a dominar. A verdade depende do reconhecimento de
cada um, a como não temos todos a mesma concepção das coisas, também
não podemos generalizar essa questão. É por isso que cada um de nós, se
for sincero, possui a sua própria verdade de acordo com o seu grau de
maturidade e a sua concepção das coisas. Só aquele que domina a conhece
as leis absolutas do macro a do microcosmo pode falar de uma verdade
absoluta. Certos aspectos da verdade absoluta com certeza serão
reconhecidos por todos.
Ninguém duvidará da existência de uma vida, uma vontade, uma
memória a uma razão; ninguém contestará tais coisas tão evidentes.
Nenhum verdadeiro iniciado forçará alguém que não está suficientemente
maduro a aceitar a sua verdade, pois a pessoa em questão só passaria a
encará-la de seu próprio ponto de vista. É por isso que seria inútil
conversar sobre as verdades supremas com os não-iniciados, a menos que
se tratem de pessoas que desejam muito conhecê-las, a que portanto estão
começando a amadurecer para elas. Todo o resto seria profanação, a
incorreto do ponto de vista mágico. Lembrem-se das palavras do grande
mestre do cristianismo: "Não joguem pérolas aos porcos!"
À verdade pertence também a distinção correta entre a capacidade, o
conhecimento e a sabedoria. Em todos os campos da existência humana o
conhecimento depende da maturidade, da capacidade de assimilação da
memória, da razão a da inteligência, sem considerar se esse conhecimento
foi enriquecido através da leitura, da comunicação ou de outro tipo
qualquer de experiência.
Entre conhecimento a sabedoria existe uma diferença imensa, e é
muito mais fácil obter conhecimento do que sabedoria. A sabedoria não
depende nem um pouco do conhecimento, apesar de ambos serem, numa
certa medida, até idênticos. A fonte da sabedoria está em Lúcifer, a portanto
no princípio das coisas primordiais (no Akasha), em todos os planos do
mundo material denso, do astral a do mental.
Portanto, a sabedoria não depende da razão e da memória, ma;; da
maturidade, da pureza a da perfeição da personalidade de cada um.
Poderíamos também considerar a sabedoria como uma condição da
evolução do "eu". Em função disso a cognição chega a nós não só através
da razão, mas principalmente através da intuição ou da inspiração. O
grau de sabedoria determina portanto o grau de evolução da pessoa. Mas
com isso não queremos dizer que se deve menosprezar o conhecimento;
muito pelo contrário, o conhecimento e a sabedoria devem andar de mãos
dadas. Por isso o iniciado deverá esforçar-se em evoluir, tanto no seu
conhecimento quanto na sabedoria, pois nenhum dos dois deve ser
negligenciado nesse processo.
Se o conhecimento e a sabedoria andarem lado a lado no processo de
evolução, então o iniciado terá a possibilidade de compreender,
reconhecer a utilizar algumas leis do micro a do macrocosmo, não só do
ponto de vista da sabedoria, mas também em seu aspecto intelectual,
portanto dos dois pólos.
Já tomamos conhecimento de uma dentre muitas dessas leis, a
primeira chave principal, ou seja, o mistério do Tetragrammaton ou do
magneto quadripolar, em todos os planos. Como se trata de uma chave
universal, ele pode ser empregado na solução de todos os problemas, em
todas as leis a verdades, em tudo enfim, sob o pressuposto de que o
iniciado saberá usá-lo corretamente. Com o passar do tempo, à medida
em que ele for evoluindo a se aperfeiçoando na ciência hermética, ele
passará a conhecer outros aspectos dessa chave e a assimilá-los como leis
imutáveis. Ele não terá que tatear na escuridão a no desconhecido, mas
terá uma luz em suas mãos com a qual poderá romper todas as trevas da
ignorância.
Esta breve descrição deve ser suficiente para que o futuro iniciado
saiba como se posicionar diante do problema da verdade.
Agios O Lúcifer
Religião
O mago principiante professará uma religião universal. Ele
aprenderá que cada religião possui seus lados bons, mas também seus
lados obscuros. Ele conservará para si o melhor dela a não dará atenção
às suas fraquezas. Com isso não queremos dizer que ele deva adotar todas
as religiões, mas que deve dar a devida atenção a cada uma delas, pois
cada uma possui seu próprio princípio divino, a não ser que seja uma religião
totalmente oposta da sua, que rejeita a evolução espiritual. " O Cristianismo"
Fundamentalmente ele pode permanecer fiel à sua própria religião.
Mas na verdade ele não se sentirá satisfeito com os dogmas oficiais da sua
de sua doutrina, a tentará penetrar mais profundamente na divindade. Esse é o
objetivo da nossa iniciação. O mago deverá criar sua própria visão de
mundo de acordo com as leis universais, a esta será sua verdadeira
religião. Ele deverá observar que todo defensor da própria religião,
apesar das fraquezas da mesma, está sempre empenhado em apresentá-la
como a melhor de todas. Mas toda verdade religiosa é relativa, e a sua
compreensão depende da maturidade de cada indivíduo.
Podemos afirmar que por trás de toda religião, existe uma entidade.
É por isso que sob esse aspecto o iniciado deve aceitar o direito de
cada um, e também não tentar desviá-lo de sua verdade,de sua divindade,
criticá-lo ou até julgá-lo.
No âmago de sua alma ele poderá até apiedar-se dos fanáticos ou
dos ateus, mas não deverá demonstrá-lo externamente. Cada um deve
agarrar-se àquilo em que você descobrir, seja com estudo, evocações, ritos e etc.
Se todos adotassem essa prescrição não existiria ódio nem intolerância religiosa,
não haveria realmente nenhum motivo para as divergências de opinião.
Todas as linhas espiritualistas poderiam conviver tranqüilamente, lado a
lado.
Mas é diferente quando um buscador, que não se satisfaz com o
materialismo nem com os dogmas religiosos a anseia pelo alimento
espiritual, pede conselhos a instruções a um iniciado. Nesse caso o
iniciado tem o dever de esclarecer esse buscador, levando em conta a sua
capacidade de compreensão. O mago não deve poupar tempo nem esforço
para transmitir seus tesouros espirituais ao buscador a guiá-lo em direção
à luz.
Agios O Lúcifer
Divindade
Desde os tempos primordiais o homem acreditou em algo superior,
transcendental, algo que ele pudesse divinizar, não importando que fosse
uma idéia personificada ou não de um ser. Aquilo que o homem não
conseguia assimilar ou compreender ele atribuía a um poder superior,
conforme a sua concepção. Desse modo é que surgiram as divindades dos
povos, tanto as boas quanto as más. Assim, ao longo do tempo,
foram adorados deuses, anjos, demiurgos, demônios e espíritos,
correspondentes às mentalidades dos povos em questão, sem que fosse
levado em conta o fato de terem vivido efetivamente ou só na imaginação
das pessoas. Quanto mais se desenvolvia. intelectualmente a humanidade,
tanto menos as pessoas procuravam imagens divinas, principalmente
quando, com ajuda da ciência, foram sendo explicados muitos fenômenos
antigamente atribuídos aos deuses. Precisaríamos escrever muitas obras
se quiséssemos entrar nos detalhes das diversas idéias de deuses da história
dos povos.
Aqui porém estudaremos a idéia de divindade do ponto de vista do mago.
Lúcifer é o aquele que chamamos de Akasha, o criador da ciência, aquele
que espera nossa evolução pessoal para chegarmos a divindade.
Para o homem comum a idéia da divindade serve como um ponto de apoio ou
um suporte para o seu espírito, para que este não permaneça no
desconhecido, ou não se perca nele. Para ele esse Divindade é incompreensível,
abstrato a inimaginável. Mas para nós as coisas não são desse modo;
nós conhecemos nossa divindade, tanto como uma força de espírito
no Satanismo Moderno, ou como um Deus da libertação e da ciência,
No Luciferianismo e no Satanismo Teísta sob todos os aspectos.
E não é só porque dedica a essa divindade toda a veneração,
pois sabe que foi criado à sua imagem,
portanto é parte dela, mas também porque seu maior ideal, seu maior
dever a seu objetivo mais sagrado é tomar-se uno com ela, tornar-se um
homem-deus. A ascensão a esse objetivo sublime será descrita adiante.
A síntese da união com a Divindade consiste em desenvolver as idéias divinas
desde os patamares mais baixos até os mais elevados, até que se consiga a
unificação com o Universal. Nesse processo, fica a critério de cada um
renunciar à sua própria individualidade ou conservá-la. Os grandes
mestres que chegaram lá geralmente voltam à Terra com uma
determinada tarefa ou missão sagrada.
Nessa ascensão, ou elevação, o mago iniciado é também um místico.
Só na unificação, caso ele queira renunciar à sua individualidade, é que
ele se desintegra voluntariamente, o que na terminologia mística é
definido como morte mística.
Como podemos ver, na verdadeira iniciação não existe uma senda
mística, a também nenhuma mágica. Existe somente uma única iniciação
verdadeira que liga ambos os conceitos, em contraposição à maioria das
escolas místicas a espiritualistas que se ocupam de imediato dos
problemas mais elevados através da meditação ou outros exercícios
espirituais, sem antes terem trabalhado os patamares inferiores. É
exatamente como alguém que quer começar com os estudos universitários
sem antes ter passado pelos cursos elementares. Em muitos casos as
conseqüências de uma instrução tão unilateral podem ser muito graves, a
às vezes até drásticas, dependendo do grau de envolvimento de cada um.
Muitas vezes o erro pode ser encontrado no fato de que grande parte
do material provém do Oriente, onde o mundo material a astral é
encarado como "maya" (ilusão) a quase não é considerado. Não é possível
aqui entrar em detalhes, pois esse tema extrapolaria os limites desta obra.
Num desenvolvimento adequadamente planejado a escalonado, não há
desvios nem fracassos, nem conseqüências graves, pois o amadurecimento
é lento a gradual, mas seguro. Se o iniciado escolhe Buda,
Brahma, A1á ou outro qualquer como seu conceito de divindade, é uma
questão individual; no caso da iniciação o que importa é a idéia em si. O
místico puro vai querer nutrir-se somente no amor abrangente de seu
Deus. Geralmente o iogue também segue só um aspecto divino: o Bhakti
Iogue segue o caminho do amor a da doação; o Raja e o Hatha Iogue
seguem o caminho do domínio a da vontade, o Jnana Iogue segue o
caminho da sabedoria a da compreensão.
Se encararmos a idéia da divindade do ponto de vista mágico,
relativamente aos quatro elementos, o assim chamado Tetragrammaton,
o Inexprimível, o Superior, teremos: ao princípio do fogo, corresponde o
poder supremo, a força suprema; ao princípio primordial do ar a
sabedoria, a pureza e a clareza, de cujos aspectos sobressai a regulação
universal; ao princípio primordial da água corresponde o amor e a vida
eterna, a ao princípio primordial da terra o onipresente, a imortalidade, a
com ela a eternidade.
Juntos, esses quatro aspectos formam a divindade superior. O
caminho em direção a essa divindade superior será por nós trilhado na
prática, gradualmente, começando na esfera mais baixa, até alcançarmos
a verdadeira concretização da nossa divindade, do nosso espírito guia, de nosso Deus em nós.
Feliz é aquele que a alcança ainda nessa vida. Ninguém deve temer todo esse esforço, pois todos
podem alcançar esse objetivo, pelo menos uma vez na vida.
Agios O Lúcifer
Lúcifer ("Bônus")
Lúcifer, a pálida estrela da manhã – Phosphorus – “O precursor da chama do sol vespertino”, como Blavatsky tão elegantemente o definiu, é a fundação da base de magick. Magick por si só significa “ascensão” através da luz divina. Deus por si mesmo definido como self individual e a luz do conhecimento.
O símbolo da sabedoria nos dado por pesquisa é Lúcifer, o portador da luz. Todos nós procuramos pela percepção. A Sabedoria é uma filha de Lúcifer. Os astrólogos caldeus, os sacerdotes egípcios, os brâmanes hindus (indianos); também foram suas crianças. Assim o primeiro homem tornou-se seu filho, quando a serpente o ensinou sobre o bem e o mal. O que eles vieram a saber pela percepção foram os sagrados mistérios cósmicos. Em frente disso, ajoelhavam-se em devoção. Esta foi a luz que lhes mostrou às suas almas, o seu destino. Na devoção, eles receberam sabedoria que se tornou fé, religião. O que Lúcifer trouxe a eles, brilhou divinamente através de seus olhos físicos. Devido a Lúcifer eles chegaram a deus. Isso significa desunir o coração e a mente se deus for considerado como inimigo de Lúcifer. Nossos antigos adeptos não elevaram a percepção da mente para a devoção religiosa, eles paralisaram o entusiasmo do coração.
Para aqueles que estão em busca da luz do espírito, Lúcifer poderá ser um mensageiro. Ele não irá falar sobre uma fé alheia à percepção. Ele não bajulará os corações para afastar os guardiões da ciência: Ele irá respeitá-los. Ele não pregará piedade ou benção divina, mas nos mostrará caminhos para o conhecimento, para transformar-se em sensação divina. Na devoção do espírito cósmico.Lúcifer sabe que o sol radiante apenas se levantará nos corações dos indivíduos; mas ele também sabe que os caminhos da percepção é que levarão este indivíduo à montanha onde o sol aparece em sua divina radiação. Lúcifer não é um demônio que leva Fausto aos infernos; “Ele pode ser considerado um (Awaker) daqueles que acreditam no conhecimento, quem deseja transformar ouro em sabedoria divina”. Luzifer Gnosis – Rudolph Steiner.
Lúcifer é a própria sabedoria
Lúcifer é a própria rebelião contra a escravidão e as ilusões
Lúcifer é a coragem que não temos
Lúcifer é aquele que aumenta nossos espíritos, motivações e orgulho
Lúcifer é aquele que tem uma promessa real para você
Lúcifer quer sua evolução,e se torne um dele na vida espíritual
Lúcifer mantém-se no limiar entre a aurora e o crepúsculo. O portador da luz, símbolo das forças thelêmica e sabedoria divina emerge. A era de Lúcifer é a ascensão do que Blavatsky definiu “Phosphorus”, a força cósmica da iluminação e luz. Lúcifer é a força do ar, enquanto que Satan o duplo, a forma corrompida do “Light Bringer” é o fogo ativo. Esta dualidade é a essência transformadora da nossa progressão e evolução.
Na própria mitologia cristã, Lúcifer é o criador da ciência, da luxuria,da gula,e etc.,pois,na própria mitologia cristã, Lúcifer é descrito como um espírito da libertação, que mais tarde se tornou Deus. Mas ao mesmo tempo Lúcifer é culpado pelas coisas maléficas, opositor, para todos não terem a verdadeira imagem de Lúcifer.
O Lúcifer romano emerge como o “Bringer of Light”, Lucem Fero... O portador da tocha. Um deus gnóstico; "Portador de Luz"
Lúcifer por um mago, a divindade do equilíbrio,aquele que sustenta o cosmo, como espírito ou como Deus,aquele que por si,desenvolve aquele que o procura, Lúcifer como espírito, está em todas as coisas que precisamos para a evolução,onde habita a ciência, um espírito libertador, aquele que faz questionar tudo, até a nós mesmos, pois para chegar a verdade precisamos da ciência, da curiosidade, e de questionarmos tudo e todos.
Agios O Lúcifer
Ascese
Desde os tempos antigos, todas as religiões, seitas, escolas
espiritualistas a sistemas de instrução dão uma grande importância à
ascese. Em alguns sistemas do Oriente a ascese chegou até aos limites do
fanatismo, o que pode provocar grandes danos, pois o exagero nesse caso
não é natural nem adequado. Em linhas gerais, a mortificação do corpo é
tão unilateral quanto o desenvolvimento de um único lado do corpo em
detrimento do outro. Quando a ascese, sob forma de dieta, serve para
libertar o corpo de diversas mazelas a impurezas, além de eliminar
doenças a equilibrar desarmonias, então a sua utilização é correta. Mas
de qualquer maneira devemos protegê-la de todo o exagero. Quando
o vegetarianismo, na medida em que não é usado como meio para um
fim, como p.e. para a purificação do corpo, não é imprescindível para a
evolução ou o progresso espiritual. Uma abstenção temporária de carne
ou de alimentos de origem animal pode ser adotada só para determinadas
operações mágicas, a também como preparação, mas só por um certo
período de tempo. A mesma coisa vale para a abstenção de relações
sexuais.
A idéia de que alguém possa assimilar características animalescas
através da ingestão de carne é uma grande tolice a tem origem em uma
linha espiritualista que não conhece as verdadeiras leis. O mago não deve
dar atenção a esses conceitos.
Para o seu desenvolvimento mágico-místico o mago deve somente
manter uma certa moderação na comida a na bebida a ter um modo de
vida sensato. Não há a determinação de prescrições exatas nesse caso, pois
a escolha do modo de vida mágico é totalmente individual. Cada um deve
saber o que é mais adequado para si e o que pode prejudicá-lo, e é seu
dever sagrado manter tudo em equilíbrio. Existem três tipos de ascese: 1)
A ascese mental ou espiritual; 2) A ascese anímica ou astral; 3) A ascese
material ou corporal. À primeira cabe a disciplina do pensamento, a
segunda o enobrecimento da alma através do domínio das paixões a dos
instintos, e a terceira a harmonização do corpo através de uma vida
moderada a natural. Sem esses três tipos de ascese que devem ser
desenvolvidos simultânea e paralelamente, não se pode nem pensar numa
evolução mágica correta. Nenhum desses três tipos deve ser
negligenciado, nenhum deve suplantar o outro, para que o
desenvolvimento não se tome unilateral. O método para a realização de
todos eles será por mim descrito com mais detalhes na parte prática deste
livro.
alguém trabalha duro, fisicamente, é uma loucura suspender a
alimentação necessária à manutenção do corpo, só por causa da ioga ou
algum outro exercício místico. Tais extremos levam inevitavelmente a
danos de saúde de graves conseqüências.
Antes de finalizar essa primeira parte, que mostrou todos os
fundamentos teóricos da arte mágica, aconselho a todos a não se
limitarem a sua simples leitura, mas a fazer de tudo o que foi descrito um
patrimônio espiritual através da reflexão a da meditação intensivas. O
futuro mago conseguirá compreender que a ação dos elementos nos
diversos níveis a esferas condiciona a vida. Podemos ver que as forças
trabalham a atuam tanto no pequeno quanto no grande, portanto no
micro a no macrocosmo, no passageiro a no eterno. Sob esse ponto de
vista não existe morte, na verdadeira acepção da palavra, mas tudo
continua a viver, a se transformar e a se completar de acordo com as leis
primordiais. É por isso que o mago não teme a morte, pois a morte física é
só uma passagem a uma esfera bem mais sutil, que é o plano astral, e de
lá ao plano espiritual.
Ele não deverá acreditar num céu nem num inferno. Quem se prende
a essas crenças são os sacerdotes das diversas religiões, para manter seus
fiéis sob a sua tutela. Suas pregações morais servem para despertar o
temor diante do inferno, do fogo eterno, e prometer o céu às pessoas boas.
Para o homem comum, na medida em que ele se sente estimulado pela religião,
essa visão também tem seus lados bons, porque pelo menos o temor do castigo no
inferno faz com que ele se esforce em praticar o bem.
Por outro lado, para o mago as leis morais servem para enobrecer a
alma e o espírito. Só numa alma enobrecida é que as forças universais
podem agir, principalmente quando o corpo, a alma e o espírito estão
instruídos a desenvolvidos.
Final da Primeira Parte
Continuação, página 55, Práticas
http://allenozth.blogspot.com.br/2012/03/segunda-parte.html
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