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GRAU VI

Ave Satanás


Antes de descrever os exercícios do sexto grau, eu gostaria de enfatizar
novamente que todos os exercícios até agora apresentados devem estar
totalmente dominados para que o equilíbrio seja mantido, inclusive nas
etapas mais avançadas do desenvolvimento. Seria totalmente sem sentido
pular qualquer uma dessas etapas, ou excluir a negligenciar qualquer um
dos exercícios. Surgiria uma lacuna evidente, a seria muito difícil para o
aluno recuperar um ou outro exercício depois. Portanto, a
conscienciosidade é uma pré-condição muito importante para o sucesso!
Instrução Mágica do Espírito (VI)


Meditação Sobre o Próprio Espírito


Nesse grau nós estudaremos a meditação sobre o espírito. Na parte
teórica deste livro eu já descrevi em detalhes o que é a esfera mental e o
corpo mental, portanto o espírito. A missão desse grau é efetuar um
retrato do próprio espírito com suas funções, relativamente aos quatro
elementos, além de diferenciar essas funções entre si, o que pode ser
realizado através de uma meditação especial. As características do
espírito relativas aos quatro elementos são as seguintes: a vontade, que
está subordinada ao princípio do fogo; o intelecto, com todos os seus
aspectos paralelos, como a razão e a memória, subordinado ao princípio
do ar; a sensibilidade com todos os seus aspectos, subordinada ao
princípio da água, e a consciência, também com todos os seus aspectos,
como interligação dos três elementos, subordinada ao princípio da terra.


Mergulhe em seu íntimo, com seus pensamentos, observe a si mesmo a às
funções do espírito, a medite sobre isso. Você deverá imaginar claramente
cada uma das funções correspondentes aos elementos. Tente diferenciar
as funções do espírito, i.e., criar uma imagem nítida delas, a depois siga
adiante. Esse exercício preliminar é muito importante, pois com ele o
mago terá condições de influenciar, dominar, fortalecer ou até desligar
essas funções com os respectivos elementos na esfera mental, tanto em si
mesmo quanto nos outros. Outro exercício é conscientizar-se de todo o
corpo mental no corpo astral a junto com este no corpo material denso,
como se uma mão estivesse dentro de uma luva de seda a sobre esta
houvesse outra luva mais grossa. A sua mão deverá sentir ambas as luvas.
Da mesma forma deve ser sentido todo o corpo espiritual; você deverá
sentir seu espírito no corpo astral sutil a este por seu lado no corpo
material denso. Essa sensação é o espírito. Medite sobre isso em todas as
ocasiões. Quando você tiver certeza de que o seu espírito impregna o
corpo anímico e o corpo material denso, capta-os a movimenta-os, a que
todas as ações são realizadas por ele através desses dois envoltórios, então
você poderá prosseguir.
Todas as pessoas agem de forma consciente, meio consciente ou quase
inconsciente, obedecendo a um impulso interior ou exterior, sem que elas
percebam.

O exercício seguinte as ensinará a agir de forma consciente, no início em
pequenas coisas, depois nas maiores, a sempre tentando estender a
duração de cada ação consciente. Com a expressão consciente não
queremos dizer que estamos envolvidos na ação com o pensamento ou
com toda a nossa atenção, mas com a imaginação e a sensação de que é o
espírito que age, com a ajuda da alma a do corpo material denso.
Por exemplo, ao caminhar na rua eu não devo ficar pensando que sou eu
quem caminha, mas que é o meu espírito que o faz, movimentando meus
pés astrais e materiais. A mesma coisa ocorre com os braços a as outras
partes do corpo. Você dominará totalmente esse exercício depois de
conseguir isso por no mínimo dez minutos. Quanto mais tempo você
agüentar, sem manifestações colaterais como tonturas, sensações de
cansaço e de fraqueza, desequilíbrio, tanto melhor. Por isso o ideal é
começarmos primeiro com pequenas ações de pouca duração e aumenta--
las gradativamente até nos acostumarmos com essa sintonia a
conseguirmos estendê-la sempre que quisermos.

Esse exercício é muito importante pois ele possibilita ao aluno realizar
uma ação tanto espiritual quanto astral em conexão com o corpo
material, no caso dele trabalhar com a esfera mental ou astral,
respectivamente. Uma ação desse tipo é chamada de ação mágica. Agora
com certeza o aluno entenderá porque os rituais mágicos realizados por
não-iniciados a pessoas sem o conhecimento da magia não surtem efeito,
pois elas não possuem a habilidade de realizar o ritual de forma mágica,
por exemplo, não estão preparadas a sintonizadas a trabalhar de forma
mental a astral em conexão com a matéria densa.


Quando por exemplo um magnetizador de cura faz a imposição das mãos
ou transmite vibrações magnéticas a um paciente, mas sem irradiá-lo ao
mesmo tempo com as mãos espiritual a astral, e sem imaginar que a força
espiritual está influenciando a irradiando o espírito, a força astral
influenciando a irradiando o corpo astral e a força material influenciando
a irradiando o corpo material do paciente, então seu sucesso será só
parcial, pois o paciente é constituído dessas três partes indissolúveis, o
corpo, a alma e o espírito. Para o mago é óbvio que o corpo mental só
influencia a esfera mental ou o espírito, o corpo astral só influencia a
esfera astral, portanto a alma, e o corpo material só influencia o mundo
material. Essa lei deve sempre ser respeitada. Por esse motivo é preciso
que o mago aprenda a se sintonizar tanto espiritual quanto animicamente
a aja sempre em conexão com o espírito ou com a alma. Depois de ter
aprendido a entendido bem esse assunto, a dominar a sua prática ele
poderá prosseguir em sua evolução.


Conscientização dos Sentidos no Espírito


A próxima lição será a instrução mágica dos sentidos. Primeiro, um
exercício preliminar importante; assim como no anterior, nesse exercício
você deverá também conscientizar-se de que não é a sua visão material
que enxerga as coisas, mas sim a espiritual, que com a ajuda dos olhos
astrais a materiais (físicos) capta o que está à sua volta. Reflita o mais
freqüentemente possível sobre isso. Você deverá conseguir sintonizar-se
por no mínimo cinco minutos na idéia de que o espírito enxerga a vê
através dos olhos corporais.


Quanto mais você agüentar, tanto melhor. Repetindo bastante esse
exercício, você se tornará mestre! Ao conseguir realizá-lo com os olhos,
tente faze-lo com os ouvidos, imaginando que não são os ouvidos
materiais que captam as ondas sonoras, mas os ouvidos espirituais, que
com a ajuda dos ouvidos astrais a materiais captam tudo ao redor.
Obtendo o mesmo sucesso que conseguiu com os olhos, faça o mesmo com
o tato, imaginando que o espírito, através do corpo astral a este por seu
lado com a ajuda do corpo material sente os objetos, o calor, o frio, etc.
Pratique bastante esses exercícios, até chegar a realizá-los com os olhos,
os ouvidos ou o tato num tempo igualmente longo. Se você quiser
desenvolver-se mais ainda, poderá realizá-los também com os outros dois
sentidos, o olfato e o paladar.


Porém deve-se dar uma importância maior aos três sentidos mencionados
anteriormente, ou seja, a visão, a audição e o tato, que são os mais úteis
na magia prática. Ao obter o sucesso correspondente nessa
conscientização espiritual dos sentidos, tente, da mesma forma que na
concentração dos sentidos, sintonizar dois sentidos ao mesmo tempo em
seu espírito. Em primeiro lugar os olhos a os ouvidos. Tente realizá-lo por
no mínimo cinco minutos sem interrupções; depois sintonize três sentidos
ao mesmo tempo, ou seja, os olhos, os ouvidos e o tato. Ao conseguir isso,
você terá feito um enorme progresso na evolução mágica. Esse exercício
preparatório tem um grande significado para a clarividência, a
clariaudiência e a sensitividade, a deve ser bem dominado.
O exercício principal poderá ser encontrado no sétimo grau deste curso.


Instrução Mágica do Alma (VI)


Preparação para o Domínio do Princípio do Akasha
No quinto grau nós aprendemos a projetar os elementos para o exterior.
Nesse grau nós avançaremos mais um pouco a aprenderemos a dominar o
princípio do Akasha referente aos elementos. Como já mencionamos na
parte teórica, os elementos se formaram a partir do princípio do Akasha
a são por ele dominados a mantidos em equilíbrio. Aquele mago que
depois de exercitar-se por muito tempo conseguiu ter êxito com os
elementos, também poderá dominar o princípio mais sutil, o éter astral. O
exercício é o seguinte:

Assuma aquela posição habitual do corpo (asana) a feche os olhos.
Imagine-se num espaço infinito, no qual você é o ponto central. Lá não
existe em cima nem embaixo, nem laterais. Esse espaço infinito está
preenchido com o material energético mais sutil, o éter universal, que na
verdade não tem cor, mas que aparece aos sentidos como ultravioleta
tendendo ao violeta bem escuro; é assim que nós o imaginaremos. Inspire
esse material etérico através da respiração pulmonar a conduza-o
conscientemente ao sangue.


Ao consegui-lo, efetue a respiração consciente pelos pulmões a pelos poros
da mesma maneira que o represamento da energia vital, com a diferença
de que ao invés desta última você estará inspirando o éter na cor
mencionada p preenchendo todo o seu corpo com ele exemplo Nesse
exercício você deverá manter a sensação de conexão com todo o espaço
infinito. Deve:nos nos desligar totalmente do mundo a nos acostumarmos
com essa situação inusitada ao longo de todo o exercício. De qualquer
maneira, devemos evitar perder a consciência ou adormecer. Se nos
sentirmos cansados, devemos interromper o exercício a escolher um outro
momento para realizá-lo, em que possamos estar mais alertas.

Ao obtermos êxito na inspiração do Akasha através dos poros do corpo
todo, então poderemos prosseguir. Como já dissemos antes, o Akasha é o
mundo da origem de todas as coisas. Quando é evocada uma coisa
primordial nessa esfera, como um desejo, um pensamento ou uma
imaginação, com as respectivas concentração dinâmica da vontade,
crença firme a convicção determinada, então com certeza ela vai se
realizar através dos elementos, independentemente do plano ou da esfera
em que deverá ser concretizada. Esse é um dos maiores segredos mágicos,
a para o mago é uma chave universal, de cuja abrangência ele só se
convencerá ao longo de seu aprendizado. O aluno não deve perder de
vista o seu desenvolvimento ético, que o ajudará a só praticar as coisas
boas a nobres. Nosso próximo exercício consiste em obter o poder
absoluto sobre os elementos nos três reinos, através do princípio do
Akasha.

Provocação Consciente de Estados de Transe Através do akasha
Sente-se na posição habitual a inspire um fluxo de Akasha através da
respiração pulmonar a dos poros, preenchendo com ele o seu corpo todo.
A propósito, devo lembrar-lhe que o Akasha não pode ser represado
como a energia vital. Já na inspiração você deverá imaginar que desperta
o poder sobre os quatro elementos e que já possui a habilidade de
dominá-los; eles satisfazem todos os seus desejos a ordens,
independentemente do plano em que a realização de seu desejo deva se
concretizar.


A cada inspiração que fizer nessa condição, você deverá sentir o poder
sobre os elementos. A crença e a convicção do poder sobre os elementos
deve ser inabalável; nelas não deve haver espaço para a mínima dúvida.
Quem fizer todos os exercícios de todos os graus com consciência, obterá,
depois de algum tempo de treino, o poder total sobre os elementos. Aquele
mago que conquistou o equilíbrio mágico em relação aos elementos, a em
função disso equilibrou a enobreceu seu caráter, com a melhor das
intenções a ideais mais elevados, poderá logo alcançar esse poder.
Ele sentirá uma fé muito firme, uma total convicção dentro de si, além de
uma segurança absoluta que excluirá qualquer dúvida. Mas ao contrário,
aquele aluno que não trabalhou com o esforço necessário, excluiu
algumas etapas, exercícios, ou mesmo negligenciou-os, verá surgirem
dúvidas diversas, e a influência do elemento que o atrapalha mais não
permitirá que seja dominado. Agora o aluno pode ver porque damos
tanto valor à conscienciosidade e à perseverança nos exercícios. No
desenvolvimento espiritual não deve permanecer nenhuma lacuna, senão
o aluno fica para trás; as coisas então só poderão ser recuperadas com
muita dificuldade, às vezes até sob as condições mais adversas, pois os
obstáculos serão bem maiores.


Domínio dos Elementos através de um
Ritual Individual Extraído do Akasha


Aquele aluno que tiver certeza de dominar os elementos, conseguirá uma
grande facilidade para projetá-los, em todos os planos, tanto para o
exterior quanto para o interior; isso lhe parecerá até um brinquedo de
criança. Ao chegar a esse ponto, o mago deve passar o domínio dos
elementos a um ritual adequado. Já falei sobre isso detalhadamente no
capítulo sobre os rituais. Através de um posicionamento dos dedos, de um
movimento das mãos, etc., conforme sua preferência, o mago deverá criar
um ritual para esse poder. Com a sua evolução mágica ele já terá
desenvolvido tanto a sua intuição que poderá facilmente elaborar o ritual
correto, correspondente àquele elemento em particular. Deverá evocá-lo
com uma palavra qualquer, escolhida por ele, (uma fórmula)
conectando-a a um determinado som correspondente ao elemento.
Nesses casos não podem ser cometidos erros, pois esses rituais são
totalmente individuais a pessoais. Por isso, os rituais que o próprio mago
cria para esses fins, não devem ser passados a ninguém! Uma outra
pessoa poderia ter o mesmo sucesso na dominação dos elementos ao
empregar esse ritual, o que ocorreria às custas da energia do mago que os
criou.


Ao usar esses rituais, uma pessoa que não possui maturidade mágica
sofrerá grandes danos, a poderá também trazer a desgraça para as outras
pessoas, invocadas no ritual. Por isso devemos ter muito cuidado a
escolher aqueles rituais que puderem ser utilizados também numa
situação social, com muitas pessoas em volta, como por exemplo, uma
posição de dedos que poderá ser feita no bolso da calça. O verdadeiro
mago vai considerar essa advertência como totalmente justa.


O mago deve sobretudo tentar criar um ritual para um elemento da
esfera astral, com o qual ele colocará em ação o efeito desse elemento, a
ao mesmo tempo usar outro ritual para dissolver essa força
imediatamente no momento em que assim o desejar. Do mesmo modo ele
deverá proceder com os outros três elementos; assim ele terá criado,
através de seu poder, oito rituais para a esfera astral a ao mesmo tempo
oito rituais para a produção material. Quando, depois de muitas
repetições a muitos exercícios os rituais tornarem-se automáticos, será
suficiente executá-los para que o elemento entre imediatemente em ação,
conforme a finalidade que se quer dar a ele. Quando o mago quiser
suprimir o seu efeito, será suficiente usar o ritual de supressão. Esse
método deverá ser exercitado até que possa ser realizado sem esforço e
sem qualquer imaginação.


Já mencionei aqui que o mago poderá conseguir tudo o que desejar
através do efeito dos elementos no mundo astral a material denso. Para
que essa condição de maturidade seja alcançada, ele deverá ter paciência,
perseverança a exercitar-se muito, aprofundando-se cada vez mais.
Mesmo depois, quando o aluno atingir etapas superiores, ele deverá
continuar trabalhando no domínio dos elementos, até tornar-se um
mestre nisso. Se ele tiver ideais elevados a estiver empenhado em praticar
o bem ajudando a humanidade, a Providência Divina o abençoará e o
proverá com talentos insuspeitados, que o ajudarão a alcançar um grande
sucesso.


Instrução Mágica do Corpo (VI)
Nessa etapa não será mais necessária uma instrução especial do corpo,
pois aplicaremos na prática todas aquelas forças ocultas que o aluno
assimilou ao longo dos exercícios, considerando-se que ele acompanhou a
compreendeu todos eles a que sua prática já se tomou um hábito. Os
exercícios prescritos podem ser mais aprofundados, a fim de se alcançar
um êxito mais concreto. Não será possível descrever todas as práticas da
magia que o aluno poderia dominar, pois eu precisaria escrever mais um
livro inteiro. Escolherei só as mais interessantes. Enquanto isso o aluno já
amadureceu tanto, que é capaz de realizar sem problemas as práticas da
magia mais elementar, principalmente quando seu objetivo é nobre a
elevado.

Reconhecimento Consciente de Seres de Diversos Tipos



a) elementais
Ao contrário dos pensamentos, que com suas formas habitam as esferas
mental ou espiritual, os elementais são seres com um certo grau de
inteligência criados pelo mago conscientemente. Esses elementais
realizam determinadas tarefas no plano mental, e por isso podemos
considerá-los como servos obedientes do mago. Este poderá criar toda
uma equipe desses servidores, conforme aquilo que pretende obter.
Através da criação dos elementais da assim chamada magia dos
elementais, o mago poderá obter tudo o que deseja, quer se trate de uma
esfera própria ou de uma outra, estranha. Em função da diversidade,
citarei só alguns exemplos.


Através dos elementais o mago poderá influenciar o pensamento de uma
outra pessoa, fortalecer ou enfraquecer as energias espirituais a
intelectuais dela, proteger a si mesmo a aos outros de influências
estranhas, transformar amizades em inimizades a viceversa, produzir um
clima favorável no trato com as outras pessoas e dominar com a sua
vontade qualquer pessoa com pouca força de vontade a espírito não
evoluído. O negociante poderá aumentar sua clientela, a em outras coisas
mais os elementais poderão prestar bons serviços. O mago autêntico
porém só visará o bem, o altruísmo e o motivo mais nobre, se quiser
galgar os degraus mais elevados da maturidade mágica. A prática da
geração dos elementais é muito simples a depende da imaginação do
mago. Mas devemos obedecer certas regras:


1. Devemos dar ao elemental uma forma determinada, correspondente ao
desejo que queremos ver realizado. Essa forma é criada através da
imaginação intensiva.

2. Deve ser dado um nome à forma, o assim chamado invólucro. Tudo o
que existe, com ou sem forma, deve ter um nome; aquilo que não tem
nome não existe.

3. A tarefa deve ser atribuída ao elemental através da vontade a da força
de imaginação, portanto, devemos lhe comunicar qual o efeito que deverá
desencadear. Para isso deve ser utilizado o modo presente a imperativo,
como foi ensinado no capítulo sobre o subconsciente.

4. A capacidade de agir deve ser transmitida ao elemental, sem considerar
se trata-se de um elemental de efeito temporário ou permanente.
Essas regras básicas devem ser obedecidas sem exceções, se quisermos
obter êxito no trabalho com os elementais. Usando mais um exemplo
prático, pretendo tornar a questão mais compreensível.

Suponhamos que o mago tenha a intenção de fortalecer, através dos
elementais, a memória ou alguma outra capacidade intelectual de alguém.
Para isso, ele deverá fazer o seguinte: imaginar um enorme mar de luz
universal, de cuja matéria luminosa ele cria uma enorme esfera de luz.
Depois essa esfera deverá ser comprimida, portanto represada através da
imaginação até atingir uma dimensão de cerca de 30 a 40 centímetros de
diâmetro. Através da compressão da luz, essa esfera passa a se
assemelhar a um sol radiante.

O mago deverá impregnar essa esfera com o desejo e a firme convicção de
que ela obtenha a mesma energia a capacidade que a fará despertar,
fortalecer a melhorar na respectiva pessoa a desejada capacidade mental,
como a memória, a arte da oratória, etc.

Depois que o mago criou esse sol - esfera - mental, ele deverá lhe dar um
nome adequado, como por exemplo Lucis, ou algo assim. Além disso ele
deverá determinar por quanto tempo a esfera deverá agir na esfera
mental da pessoa em questão, como por exemplo "Você deverá agir na
esfera mental até que essa pessoa adquira totalmente a capacidade
desejada a esta se tome um hábito permanente". Depois de fixar o tempo,
o mago deverá transmitir a ordem para que o.elemental, depois de
cumprida a tarefa, se dissolva novamente no mar de luz. Assim, de
acordo com a expressão mágica, fica determinado o nascimento e a morte
do elemental, como no caso do destino de um ser humano ou de qualquer
outro ser vivo.

Como o elemental não tem noção do tempo nem do espaço, podemos
enviá-lo à esfera mental ou do pensamento da pessoa em questão. O envio
ocorre subitamente, como se rompêssemos uma corda entre nós e o
elemental; então devemos nos ocupar com outras coisas a não pensar
mais nesse elemental recém-criado.

Podemos acompanhar o envio com um gesto de desligamento, assim como
na criação, que também foi acompanhada do respectivo gesto. Tudo isso
fica a critério do aluno, que na atual etapa de evolução deverá ter
condições, em função de sua intuição já bem desenvolvida, de formular
sozinho essas prescrições a outras semelhantes. Quanto mais desligado do
mago estiver o elemental, i.e., quanto menos o mago pensar nele durante
o dia, tanto mais eficaz ele será na esfera mental daquela pessoa para a
qual foi criado.


Liberto do pensamento do mago, ele poderá trabalhar independentemente
na esfera mental consciente. É conveniente de vez em
quando carregá-lo novamente, dar-lhe uma força maior de expansão;
para isso ele deverá ser chamado da esfera mental da pessoa em questão,
usando-se o nome a ele atribuído anteriormente, torná-lo mais dinâmico
através de um novo represamento da luz, a depois enviado de volta
novamente. Assim que o elemental cumprir a tarefa que lhe foi
determinada, ele se dissolverá por si só no mar de luz. Esse exemplo
deverá ser suficiente para que o mago tenha uma idéia de como gerar os
elementais. A experiência aqui descrita é usada de diversas maneiras
pelos iniciados, para inspirar a fortalecer um aluno que está aprendendo.


b) larvas
A diferença entre um elemental a uma larva consiste no fato do elemental
ser gerado conscientemente pelo mago, ao passo que as larvas se criam
sozinhas, aleatoriamente, na esfera mental correspondente, através de
fortes estímulos psíquicos, de quaisquer tipos. Quanto mais forte for o
estímulo, tanto maior é a perda de matéria mental da pessoa a tanto mais
forte, densa a vital tornase a larva, principalmente quando aquele
estímulo psíquico se repete constantemente. Essa geração aleatória de
larvas na esfera mental ocorre com todas as pessoas, magicamente
instruídas ou não, jovens a velhas, inteligentes ou não, sem levar em conta
o fato delas saberem disso ou não. Quando não se dá mais atenção àquela
coisa que provocou o estímulo psíquico, a larva vai se afastando aos
poucos, até finalmente se dissolver totalmente e desaparecer. Por isso é
que na nossa esfera mental existe uma constante geração a destruição de
larvas criadas pelos nossos estímulos psíquicos, o que acarreta uma perda
de matéria mental nas pessoas. As causas desses estímulos psíquicos
podem ser muitas, mas normalmente são o medo, a preocupação, o
horror, o ódio, a inveja, etc.


A forma assumida por uma larva depende da origem do estímulo
psíquico e é sempre simbólica. Quem conhece um pouco o simbolismo vai
conseguir ter uma idéia clara a respeito, por exemplo, um pensamento de
amor assumirá a forma de um coração, um pensamento de ódio poderá
assumir a forma de um raio ou de uma flecha, etc. Apesar das larvas,
essas habitantes indesejadas da mente, não poderem ser vistas por um ser
humano normal, elas existem de fato, a um mago bem instruído consegue
captar a sua existência na esfera mental.


Nas pessoas mais sensíveis ou mais estimuláveis, magicamente instruídas
ou não, a matéria mental se desprende mais facilmente, por isso as larvas
surgem com mais freqüência a maior intensidade. Essas pessoas se
prejudicam a si mesmas, tanto em sua saúde, ou seja, em sua energia
nervosa, quanto também no aspecto espiritual, atraíndo outras pessoas
que se deixam influenciar facilmente, por piedade. Essa é a origem de
todas as formas de psicose de massa. Não preciso descrever aqui o quanto
essas psicoses podem ser eficazes, pois cada um de nós já deve ter feito
suas observações ou ter tido suas experiências próprias sob esse aspecto.
Podemos então concluir que a larva se torna tão mais forte quanto mais
retornamos à origem do estímulo psíquico a quanto mais lhe damos
atenção. Se uma larva chega a se adensar muito, ela adquire um instinto
de auto preservação a tenta prolongar a sua vida o máximo possível. Em
qualquer oportunidade ela provoca o espírito da pessoa em questão para
trazer de volta a sua atenção à origem do estímulo a reavivá-lo. Uma
larva tão bem nutrida pode se tornar um tormento para uma pessoa mais
sensível ou estimulável, a provocar muitas perturbações mentais, como a
mania de perseguição, e outras. Quantas pessoas vivem com medo de
serem perseguidas ou eliminadas por magos negros, a com isso acabam
sendo vítimas de sua própria fantasia, ou melhor, de sua própria larva,
criada por elas mesmas. Normalmente essas pessoas só percebem isso
depois de deixarem o seu invólucro carnal.
Apenas uma percentagem muito pequena é de fato perseguida pelos
magos negros. É só lembrarmos das muitas vítimas inocentes do passado,
que sucumbiram à inquisição. Para a humanidade em geral é uma
vantagem que a crença nas leis espirituais tenha diminuído com a
mudança dos tempos, mas com isso, sem examinar as leis superiores a
sem fazer uma distinção correta, nós jogamos fora tanto o joio quanto o
trigo.


O mago perceberá porque, já no início da parte prática desta obra, nós
conferimos um peso tão grande à importância da introspecção, do
controle a do domínio do pensamento. Se durante o aprendizado ele não
tivesse conseguido submeter o pensamento à sua vontade, poderia
inconscientemente criar larvas que cedo ou tarde se tornariam um
tormento.


C) espectros
A diferença entre uma larva a um espectro é que uma larva, em função de
um estímulo psíquico sempre repetido na esfera mental, assume
inconscientemente uma forma condizente com o motivo, enquanto que o
espectro possui uma forma determinada, surgida da fantasia da pessoa.
Assim como no caso das larvas, os espectros também são fortalecidos,
animados a adensados através de evocações repetidas da imagem,
qualquer que seja ela. Eles podem se tornar tão fortes que sua influência
pode ser exercida não só no plano mental ou astral, mas também no plano
material. A seguir descrevo dois exemplos disso:
Um exemplo muito marcante é o assim chamado complexo de
perseguição, que descreverei, em relação aos espectros, de dois pontos de
vista diferentes. Existem pessoas que nascem com um aspecto sombrio ou
com feições demoníacas a que por isso têm a aparência exterior de um
mago negro, talvez sem ter a mínima noção da existência de uma ciência
espiritual ou da magia.


Quando uma pessoa sensível a facilmente influenciável, enfim,
impressionável, por alguma razão se depara com um tipo desses, no seu
trabalho ou em qualquer outra ocasião, ela sente imediatamente uma
antipatia muito grande por ele. Pode acontecer também que esse tipo
sombrio, sem querer, até crie um estranho azar naquele mesmo dia, para
a outra pessoa. Esta sem dúvida pensará que se trata de um mago negro.
Por algum motivo ela pensará mal desse tipo de pessoa, a com isso dará o
primeiro passo para se auto impressionar.
Ela se confrontará com algumas pequenas contrariedades do dia-a-dia a
não investigará a verdadeira causa delas, simplesmente vai atribuí-las ao
encontro com o tipo sombrio. A atenção é desviada, a pessoa se observa, e
a imagem daquele tipo humano torna-se cada vez mais nítida. Ela já se
sente perseguida. Os olhos tornam-se cada vez mais brilhantes, o tipo
passa a aparecer em sonhos, sua imagem é cada vez mais vívida a às vezes
aparece também durante o dia; finalmente a pessoa se sente seguida,
passo a passo. Através da imaginação a imagem poderá adensar-se tanto
que até será vista por outras pessoas, mais sensíveis.


A pessoa perseguida passa a acreditar em todas as coisas ruins que
possam lhe acontecer, a vê aquela imagem diante de si o tempo todo.
Procura ajuda, reza, a faz tudo o que é possível para afastar aquela
influência; chega a ter um colapso nervoso, um desequilíbrio mental a
finalmente pode até tentar o suicídio, ou então terminar seus dias num
hospício. O espectro cumpriu sua missão. Mas como deve ser grande o
susto de um espírito desse tipo quando ele perceber, na esfera mental, que
realizou um bem sucedido suicídio mágico! Que decepção amarga!
Nosso tipo sinistro evidentemente não tem a mínima noção de tudo o que
aconteceu, de que ele afinal foi só um meio para um fim. Seu rosto, seu
comportamento, foram só as formas, os modelos usados pela pessoa que
criou aquele ser destrutivo, o assim chamado espectro, do qual se tornou
uma vítima. Esses a outros exemplos tristes ocorrem com muito mais
freqüência do que se imagina; mais rápida e drasticamente com um, a
com o outro mais devagar, infiltrando-se mais lenta e subrepticiamente
(?). Se no entanto ousarmos dizer a verdade a essa pessoa, ela não vai
acreditar de jeito nenhum, pois o espectro vai agir do modo mais sutil
possível para não perder a sua vítima.


Caso a Divina Providência leve esse ser perseguido às mãos de um
autêntico mago - iniciado - que consegue ver o jogo tenebroso de um
espectro, esse iniciado terá a difícil missão de convencer a vítima a mudar
a direção de seu pensamento. Às vezes, principalmente quando a vítima
está totalmente enfeitiçada por esse espectro, o iniciado precisa interferir
de modo extremamente enérgico a drástico a fim de restaurar o
equilíbrio.
Segue-se o segundo exemplo, que segue o mesmo processo, mas com outra
causa. Trata-se neste caso de um ESPECTRO ERóTICO. O nascimento
dele (se pudermos usar aqui o termo nascimento), é um rosto, um belo
corpo de uma pessoa viva ou mesmo um retrato, uma ação, um desenho
pornográfico ou algo semelhante, que estimule os sentidos, o impulso
sexual de um ser do sexo masculino ou feminino. Quando a pessoa
enamorada não tem a possibilidade de satisfazer seus anseios pessoais, a
vontade torna-se cada vez mais premente, o espectro se fortalece a
toma-se cada vez mais penetrante, pois ele se alimenta dos sentimentos de
ansiedade.


Quanto mais a pessoa se defende contra essa paixão insatisfeita, tanto
mais insistente toma-se o espectro. No início ele surge nos sonhos a
provoca na sua vítima as mais deliciosas sensações amorosas. Depois, ele
atiça nela o impulso sexual a permite que ela realize o ato sexual com ele.
As poluções dali resultantes ajudam o espectro a se densificar, a
aumentar cada vez mais a sua influência na vítima, pois o esperma é
energia vital concentrada, sugada pelo espectro como se este fosse um
vampiro. Não se trata nesse caso do esperma material, mas da energia
vital animal contida nele.


A vítima perde o chão sob os pés, perde sua força de vontade, a
gradualmente o espectro conquista sua supremacia. Se essa pessoa não
tiver a sorte de ser esclarecida a tempo, para encontrar uma
compensação ou uma distração adequadas, o espectro vai assumindo
formas de agir cada vez mais perigosas. A pessoa toma-se confusa, pára
de comer, seus nervos ficam superexcitados, a outras coisas mais. Com a
paixão não satisfeita, o espectro pode tornar-se tão denso que chega a
assumir formas corporais, levando sua vítima a praticar vários tipos de
perversões sexuais. Milhares de vítimas sucumbiram ao espectro,
praticando o suicídio, por causa de amores infelizes a de impulsos não
satisfeitos. Isso nos lembra vividamente das autênticas ocorrências de
íncubos a súcubos da Idade Média a dos processos de bruxaria ligados a
eles. Realmente um divertimento perigoso!
Munido desses dois exemplos o mago poderá observar o modo de agir dos
espectros, a poderá até criá-los; mas devemos adverti-lo de que corre o
risco de ser influenciado a dominado por eles. Ele conhece o processo que
ocorre com as pessoas normais, assim como a constatação consciente do
ponto de vista mágico, mas ele não deve se deixar convencer a testar essa
prática sozinho; deve sempre se lembrar da frase mágica: "O amor é a
lei, mas deve ser consciente!"


d) fantasmas
Fantasmas são formas vivas imaginadas, de pessoas já falecidas. Darei
uma atenção especial a esse assunto para dissipar as muitas dúvidas que
ele desperta, assim todos poderão separar o joio do trigo. Quando uma
pessoa se desfaz de seu invólucro carnal, ela passa imediatamente à
quarta condição agregada, o que normalmente é designado como além.
Sem uma substância de intermediação, não é possível para um ser agir
em nossa esfera tridimensional, assim como o peixe não consegue viver
sem a água. O mesmo vale para aqueles seres que já foram para o além.
Através da imaginação a de lembranças, seja admiração, dedicação, luto,
etc. são criadas a vitalizadas formas imaginárias do morto, que passam a
ter vida longa quando são constantemente evocadas.


Essas imagens, constatadas pelos vivos, são chamadas de fantasmas. É
esse tipo de fantasma que se manifesta nas diversas sessões dos espíritas,
nas evocações espirituais, etc. Os espíritos brincalhões a cuspidores
também são fantasmas que se nutrem, densificam a mantêm através da
atenção dos que aqui ficaram, como no caso dos espectros.
Isso pode ser facilmente constatado quando alguém é citado em lugares
diferentes a ao mesmo tempo, o que ocorre através dos médiuns; esse
fenômeno nada mais é do que a manifestação do fantasma do falecido,
pois fantasmas podem ser criados às centenas. É lamentável que esses
fantasmas sejam identificados pelos médiuns espíritas como pessoas
falecidas autênticas. No espiritismo ocorrem muitas fraudes a trapaças.
Podemos observar que através de cada médium as manifestações podem
ser de muitos seres, por exemplo, num deles manifesta-se um senhor
feudal, no outro um artista, no outro ainda um santo, um faraó, a até
mesmo um anjo, a assim por diante.
Por isso não é de se espantar que justamente esse campo do saber, por
causa do seu grande número de fraudes, produza tantos oponentes a
céticos. Podemos entender porque um fantasma desse tipo passa a ter um
instinto de sobrevivência tão forte a se transforma num vampiro do
médium ou de todo o grupo, tornandose um tormento inclusive para toda
a vizinhança.
Mas com isso não queremos dizer que um mago autêntico, que domina o
quarto estado agregado, portanto o princípio do Akasha, não esteja em
condições de estabelecer uma conexão com um falecido ou com uma
inteligência desencarnada. Já descrevi essa prática na parte referente à
escrita mediúnica.
Além disso, com a ajuda da imaginação o mago também está em
condições de criar uma forma, um invólucro, transpô-la ao quarto estado
agregado e pedir ou obrigar o ser verdadeiro a entrar naquela forma e a
se manifestar para o exterior. Essa prática pertence ao campo da
necromancia ou feitiçaria a não tem nada a ver com o espiritismo em
geral que todos conhecem. O autêntico mago só usará essa prática em
casos extremos, a não evocará um ser para fora de sua esfera, pois aquilo
que esse ser do quarto estado agregado puder fazer no mundo material
ou astral ou dizer sobre ele, o próprio mago será capaz de realizar através
do seu amadurecimento espiritual.

Resumo de todos os exercícios do grau VI
I. INSTRUÇÃO MÁGICA DO ESPÍRITO:
1. Meditação com o próprio espírito.
2. Conscientização dos sentidos no espírito.

II. INSTRUÇÃO MÁGICA DA ALMA:
1. Preparação para o domínio do Princípio do Akasha.
2. Indução consciente do estado de transe através do Akasha.
3. Domínio dos elementos através de um ritual individual
extraído do Akasha.

III. INSTRUÇÃO MÁGICA DO CORPO:
1. Reconhecimento consciente de seres de diversos tipos:
a) Elementais.
b) Larvas.
c) Espectros.
d) Fantasmas.
Fim do sexto grau

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Mundos Ocultos Por Allenozth