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O.N.A.


79_onlineI – Origens e Ideais
Conhecida por carregar a alcunha de “A mais Sinistra e obscura das Ordens”, a ONA (ou O9A) foi fundada em 1960, através da fusão de três “grupos” de ocultistas (sendo um deles ligado a bruxaria tradicional – e liderado por uma mulher) denominados Camlad, Noctulians e Temple of the Black Sun.
Após a fusão e a reformulação de crenças, a sacerdotisa líder mudou-se para a Austrália, deixando o encargo do grupo para um homem chamado Anton Long, em 1972. Anton passou então a expressar seus ideais através de pequenos documentos curtos, conhecidos como “manuscritos”, que eram datilografados e enviados aos membros, entre eles estava o “Codex Saerus” ou o “Livro negro de Satan” como uma base para a ritualística dos grupos. Assim foi o início da tradição denominada como “Satanismo Tradicional” (termo cunhado pelo próprio Anton Long para distinguir do “Satanismo Moderno” criado por Lavey em 69.
A fusão dos três grupos formou uma pequena célula original da ONA, contendo por volta de 10-12 membros. O ingresso de amigos, familiares e pessoas de confiança fez essas células se alastrarem pela Europa, passando a ser conhecidas como “Nexions” ou “tribos”, que seguiam uma ideologia totalmente nova fundada e idealizada pela Célula primordial. Dentro do culto principal foi adotada uma ideia desenvolvida por David Myatt em meados de 70, denominada como “Seven Fold Way” em seus manuscritos, tratando o caminho septenário de uma forma intensa, utilizando de ritos sexuais, tarefas de intenso esforço físico e isolamento social. Nesta década também foi desenvolvida uma das ferramentas mais brilhantes de evolução, o Star Game.
Em meados de 80, Christos Beest (conhecido como “Beest Boy” -nome real “Richard Moult), um talentoso artista (dentro da tradição um “Balobian”) ingressou na ordem e passou a, através de sua arte propagar a ONA e ser seu “frontman” e relações públicas. Ele foi também o responsável pela criação do “Tarot Sinistro” e outras obras de arte ligadas ao caminho. Thorold West cria nesta época o manuscrito “NAOS Alpha” e o publica no zine de livre circulação “Fenrir”, pertencente a ONA. Este zine foi o responsável por toda fama da ONA e pela grande circulação de seu material por todo o mundo, muito antes da “ordem” aparecer na internet.
Em 1996, Beest sai da “publicidade” da ordem e se recolhe. Michael W. Ford (que usava o nome “Thornian”) assume como relações publicas da ordem até o ano 2000, quando se retira e funda a Order of Phosphorus, com um novo caminho espiritual, mas ainda portando influencias de sua estadia interna na ordem. Em meados de 2011, o Temple of Them e a WSA352 se revelam a público como nexions oficiais, tornando-se famosos e divulgando o material para adeptos do 7FW pela internet de forma livre – utilizando-se da ferramenta da mesma forma que outrora utilizou-se do Zine “Fenrir”. No Brasil a ordem ganhou mais destaque devido a postagem “NAOS – Alquimia Proibida” no Morte Súbita, onde um dos participantes vinculou o conteúdo traduzido para o português.
Com o passar dos anos, a ordem mudou muito, de objetivos e abordagens. Muitos Manuscritos antigos são adaptados para a nova realidade e objetivos de cada nexion, sendo apenas diretrizes para as tribos – jamais uma referência “oficial” ou obrigatória.
E esta é a trajetória da ONA expressa realmente, conforme os Manuscritos e registros.
Ideais
Apesar do nome, a ONA não é uma ordem, oficialmente falando. Ela é um método, um caminho, aplicado por grupos de tribos. Para ser da ONA, basta realizar as práticas e filosofias, mesmo que de forma solitária. Não há líderes, ninguém pra te dizer o que fazer, não há organização oficial, em hipótese alguma existem cobranças sexuais, monetárias ou ingresso de menores de idade (tendo em vista que só se pode exercer o caminho septnário a partir da maturidade). Não há também nenhum “conteúdo ultra secreto” relacionado, não há atividade “oculta na internet ou deepweb” ou algo do tipo. Todo material é aberto aos adeptos que desejarem ter acesso.
Não é também Nazista. Na verdade  não é política, seus membros podendo adotar como visão aquela que bem desejar, não sendo de responsabilidade da ONA – Isso inclui o Nazismo.
Não é Racista, pois todos, de todas as raças e credos anteriores podem ter a oportunidade de se relacionar com o caminho proposto.  No entanto a visão judaico-cristã é totalmente dispensável para a ordem e por muitas vezes condenada.
Não tem suas ideias expressas por movimentos “ligados ao metal/rock/black metal” da forma como outras ordens (que falarei depois). Na verdade ela considera o “metal” uma música retrógrada, preferindo artistas clássicos e eruditos.
É de certa forma Niilista e baseia-se em escritores com a mesma visão.
Também NÃO É atualmente uma ordem satanista, tendo em vista que aquilo que se denomina “Satanismo” atualmente não corresponde mais as essências da ordem, nem a seus objetivos. No entanto ela ainda é Satanista por considerar Satan uma emanação do Caos e um dos Deuses Negros (e sim, é paradoxal).
Na próxima postagem, falarei um pouco sobre as práticas e Mythos da famigerada “Ordem dos Nove Ângulos”.
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II – Mythos e Práticas
O9A – Mythos
Ao contrário do que se pensa, a ONA é uma ordem cuja mitologia e panteão possuem formas próprias, não baseando-se em cultos antigos, e rejeitando todos os elementos judaico-cristãos influentes em ordens como o Temple of Black Light (Ou seja, abomina também o conceito de “qliphot”). Ela se relaciona com as emanações primais do Acausal, algumas sem nome e sem forma.
Essas emanações se manifestam dentro do Causal (o nosso plano “material” e ordenado e os planos astrais próximos a essa criação) na forma dos vinte e um Deuses Negros. Cada Deus Negro se relaciona a um caminho da árvore da Wyrd, ligando as 7 esferas planetárias trabalhadas no caminho septenário (Sol, Lua, Venus, Marte, Mercúrio, Jupiter e Saturno).
O trabalho com esses Deuses é feito através dos “Nexions”(“Portais”) de energia existentes nas Estrelas, na natureza, em grupos de pessoas ou mesmo em indivíduos. Os mitos onde eles se expressam são encontrados em Manuscritos de ficção e lendas dentro da própria ONA, que não devem ser levadas ao pé da letra, mas interpretados como mitos devem ser – metáforas para explicar o Acausal de forma que nosso consciente meramente humano possa melhor compreender sua existência.
A saber, os 21 Deuses Negros são: Noctulios, Nythra, Shugara, Aosoth, Azanigin, Shaitan, Nekalah, Ga Wath Am, Binah Ath, Lidagon, Abatu, Karu Samsu, Mactoron, Atazoth, Davcina, Athushir, Kthunae, Budsturga, Gaubni, Sapanur e Darkat. Há ainda o culto a duas figuras reverenciadas como “Nexions” puros do Acausal manifestados em seres humanos, Baphometh (A Senhora da Terra) e Vindex (O “Sagrado Vingador). Essas figuras são de vital importância dentro dos mitos da O9A, liderando e inspirando tribos sinistras na guerra contra o Causal.
Os mythos são utilizados de forma exotérica (para os “mundanos” fora da ordem) e esotérica (para aquilo de compreensão somente dos adeptos) para apressar a passagem deste “Aeon” e para a construção de um próximo “Aeon” voltado a filosofia Satanista. Uma “preparação de território” para que o Causal se encerre, dando lugar a uma nova cultura, sociedade, política, arte e caminho espiritual. Um próximo passo na evolução do homem, elevando o indivíduo a outro nível. A contagem de tempo destes Aeons, de forma esotérica, corresponde aos “Years of Fayen” ou “Years of Fire“, um calendário próprio da ONA, cujo ciclo encerra e recomeça no dia 23 de Abril.
wyrd
Árvore da Wyrd
Para que este objetivo seja cumprido, essa mitologia (não irei entrar em detalhes, estes podem ser encontrados nos contos de ficção da O9A, dispostos em Manuscritos distribuídos livremente na internet) direcionam os adeptos a determinadas práticas que levam a evolução.
Práticas
As práticas da ONA não são simples. O Caminho Septenário é um dos mais rigorosos e perigosos que existem, diferenciando-se do “Satanismo” confortável daqueles que colocam máscaras obscuras para realizarem suas fantasias. Ele é um caminho bruto, por muitas vezes perigoso, que força o Adepto a uma Alquimia Negra Interna poderosa. É através da Vivência e Experiência que o adepto passa a se assemelhar aos Deuses e seus mitos, e somente através da ebulição desse Caos Interno que tais Deuses podem ser atraídos e manifestados.
Dentro do conjunto de práticas da ONA, deve-se destacar os manuscritos NAOS e Black Book of Satan. O primeiro é um guia aos que querem iniciar a trilha e tornarem-se adeptos, o segundo é o guia para abertura de templos e fundação de tribos satânicas. Ambos são de leitura obrigatória para ter ciência do caminho septenário.
As ferramentas mais interessantes do caminho septenário são os Cânticos vibrados para atrair os Deuses, o “Star Game” (jogo Estelar), cuja prática causa mudanças alquímicas no raciocínio e o Tarot desenhado por Christos Beest, utilizado nos 21 dias de meditação realizados no grau 2 do NAOS. Todos indispensáveis e não são opcionais, constituindo o fundamento do caminho.
O Caminho Sinistro leva os adeptos ao limite da Moralidade e da Ética, forçando-o a confrontar seus ideais com os dogmas sociais. Muitas vezes herético, marginalizado e arriscado. Não apenas moralmente, mas também fisicamente, tendo em vista os rituais mais avançados que consistem em isolamento social e exercícios físicos prolongados.  Também considera-se parte da prática a vivência da filosofia extremista, o código de Honra das Tribos e os 21 pontos satânicos – uma diretriz de vivência do caminho. Drogas e Alucinógenos são totalmente condenados durante rituais, sendo considerado hábitos de “Mundanos” e “Muletas mágikas” atrasando a evolução pessoal.
As práticas se enquadram em cada grau, tornando-se tarefas mais difíceis conforme a evolução. Os graus vão, em ordem, de Neófito, Iniciado, Adepto Externo, Adepto Interno, Mestre do Templo/Senhora da Terra, Magus/Magistra até Imortal, obtido somente com a transição do satanista do causal para o acausal, através da Morte.
Essa filosofia extrema não pode ser vivida “na internet”. Muitos atualmente dizem ser adeptos do caminho sinistro, tentando com isso almejar alguma forma de “status” dentro da pseudo-cena ocultista atual. A própria ONA rejeita estes falsos adeptos, embora não se importe com eles. Um real adepto vivencia a cada segundo e com intensidade este caminho, sendo reconhecido por outros de forma clara e simples pelo mero contato. É algo que deve ser posto constantemente em prática, diariamente.
Este é um breve RESUMO das práticas satânicas da ONA, de forma totalmente Exotérica. Eu levaria centenas de postagens para me aprofundar em cada tópico, sendo necessário um blog exclusivo apenas para isso, algo inviável no momento devido a falta de disposição de tempo. No entanto este breve resumo já concede as chaves para se conhecer verdadeiramente (ou buscar aprofundar-se, aos interessados) neste caminho. Sem falácias, sem maquiagens e de forma crua, aviso que o caminho septenário não é para “qualquer pessoa”. Pessoalmente não o indicaria a ninguém, a menos que este saiba que é a dificuldade que deseja para si. Mas a fins de real conhecimento sem distorções, encerro com este post a série sobre a Order of Nine Angles, até que seja realmente necessário retornar a este tema.  Espero ter elucidado algumas dúvidas e falácias sobre o tema.
(Caso não tenha lido, o post anterior, necessário para a compreensão deste está 


http://manusnigrvm.wordpress.com/2014/01/16/ona-ordem-dos-9-angulos-um-breve-resumo/


79_online
Conhecida por carregar a alcunha de “A mais Sinistra e obscura das Ordens”, a ONA (ou O9A) foi fundada em 1960, através da fusão de três “grupos” de ocultistas (sendo um deles ligado a bruxaria tradicional – e liderado por uma mulher) denominados Camlad, Noctulians e Temple of the Black Sun.
  Após a fusão e a reformulação de crenças, a sacerdotisa líder mudou-se para a Austrália, deixando o encargo do grupo para um homem chamado Anton Long, em 1972. Anton passou então a expressar seus ideais através de pequenos documentos curtos, conhecidos como “manuscritos”, que eram datilografados e enviados aos membros, entre eles estava o “Codex Saerus” ou o “Livro negro de Satan” como uma base para a ritualística dos grupos. Assim foi o início da tradição denominada como “Satanismo Tradicional” (termo cunhado pelo próprio Anton Long para distinguir do “Satanismo Moderno” criado por Lavey em 69.
A fusão dos três grupos formou uma pequena célula original da ONA, contendo por volta de 10-12 membros. O ingresso de amigos, familiares e pessoas de confiança fez essas células se alastrarem pela Europa, passando a ser conhecidas como “Nexions” ou “tribos”, que seguiam uma ideologia totalmente nova fundada e idealizada pela Célula primordial. Dentro do culto principal foi adotada uma ideia desenvolvida por David Myatt em meados de 70, denominada como “Seven Fold Way” em seus manuscritos, tratando o caminho septenário de uma forma intensa, utilizando de ritos sexuais, tarefas de intenso esforço físico e isolamento social. Nesta década também foi desenvolvida uma das ferramentas mais brilhantes de evolução, o Star Game.
Em meados de 80, Christos Beest (conhecido como “Beest Boy” -nome real “Richard Moult), um talentoso artista (dentro da tradição um “Balobian”) ingressou na ordem e passou a, através de sua arte propagar a ONA e ser seu “frontman” e relações públicas. Ele foi também o responsável pela criação do “Tarot Sinistro” e outras obras de arte ligadas ao caminho. Thorold West cria nesta época o manuscrito “NAOS Alpha” e o publica no zine de livre circulação “Fenrir”, pertencente a ONA. Este zine foi o responsável por toda fama da ONA e pela grande circulação de seu material por todo o mundo, muito antes da “ordem” aparecer na internet.
Em 1996, Beest sai da “publicidade” da ordem e se recolhe. Michael W. Ford (que usava o nome “Thornian”) assume como relações publicas da ordem até o ano 2000, quando se retira e funda a Order of Phosphorus, com um novo caminho espiritual, mas ainda portando influencias de sua estadia interna na ordem. Em meados de 2011, o Temple of Them e a WSA352 se revelam a público como nexions oficiais, tornando-se famosos e divulgando o material para adeptos do 7FW pela internet de forma livre – utilizando-se da ferramenta da mesma forma que outrora utilizou-se do Zine “Fenrir”. No Brasil a ordem ganhou mais destaque devido a postagem “NAOS – Alquimia Proibida” no Morte Súbita, onde um dos participantes vinculou o conteúdo traduzido para o português.
Com o passar dos anos, a ordem mudou muito, de objetivos e abordagens. Muitos Manuscritos antigos são adaptados para a nova realidade e objetivos de cada nexion, sendo apenas diretrizes para as tribos – jamais uma referência “oficial” ou obrigatória.
E esta é a trajetória da ONA expressa realmente, conforme os Manuscritos e registros.
Ideais
Apesar do nome, a ONA não é uma ordem, oficialmente falando. Ela é um método, um caminho, aplicado por grupos de tribos. Para ser da ONA, basta realizar as práticas e filosofias, mesmo que de forma solitária. Não há líderes, ninguém pra te dizer o que fazer, não há organização oficial, em hipótese alguma existem cobranças sexuais, monetárias ou ingresso de menores de idade (tendo em vista que só se pode exercer o caminho septnário a partir da maturidade). Não há também nenhum “conteúdo ultra secreto” relacionado, não há atividade “oculta na internet ou deepweb” ou algo do tipo. Todo material é aberto aos adeptos que desejarem ter acesso.
Não é também Nazista. Na verdade  não é política, seus membros podendo adotar como visão aquela que bem desejar, não sendo de responsabilidade da ONA – Isso inclui o Nazismo.
Não é Racista, pois todos, de todas as raças e credos anteriores podem ter a oportunidade de se relacionar com o caminho proposto.  No entanto a visão judaico-cristã é totalmente dispensável para a ordem e por muitas vezes condenada.
Não tem suas ideias expressas por movimentos “ligados ao metal/rock/black metal” da forma como outras ordens (que falarei depois). Na verdade ela considera o “metal” uma música retrógrada, preferindo artistas clássicos e eruditos.
É de certa forma Niilista e baseia-se em escritores com a mesma visão.
Também NÃO É atualmente uma ordem satanista, tendo em vista que aquilo que se denomina “Satanismo” atualmente não corresponde mais as essências da ordem, nem a seus objetivos. No entanto ela ainda é Satanista por considerar Satan uma emanação do Caos e um dos Deuses Negros (e sim, é paradoxal).
Na próxima postagem, falarei um pouco sobre as práticas e Mythos da famigerada “Ordem dos Nove Ângulos”.
An_Da_ShealladhUma das artes de “Beest”.
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Azi Dahaka
124 Year of Fayen
http://arautodochaos.wordpress.com/2013/11/26/ona-ordem-dos-9-angulos-i-origens-e-ideais/

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