GRAU II
Auto-Sugestão ou o Mistério do Subconsciente
Antes de passar à descrição de cada um dos exercícios do segundo grau,
tentarei explicar o mistério do subconsciente a seu significado prático.
Assim como a consciência normal, que possui sua morada na alma a age
no corpo, ou melhor, na cabeça através do cérebro, o subconsciente
também é uma característica da alma e encontra-se no cerebelo, isto é, na
parte posterior da cabeça. Considerando a sua utilização prática na
magia, estudaremos principalmente a função psicológica do cerebelo,
portanto, do subconsciente.
Em toda pessoa consciente de seus cinco sentidos a esfera da consciência
normal está intacta, isto quer dizer que a pessoa está em condições de
fazer use contínuo das funções de sua consciência normal. Como
constatado pelas nossas pesquisas, não existe uma única força no
Universo, assim como no homem, que não apresente o seu oposto. É por
isso que podemos considerar a subconsciência como o oposto da
consciência normal. Aquilo que na consciência normal entendemos como
pensamento, sentimento, vontade, memória, razão, compreensão,
reflete-se no nosso subconsciente como um efeito oposto. Do ponto de vista
prático podemos encarar nosso subconsciente como nosso oponente. A
força instintiva, ou o impulso a tudo aquilo que não queremos, como por
exemplo, nossas paixões incontroláveis, nossos defeitos a fraquezas,
nascem justamente dessa esfera da consciência. Na introspecção, a tarefa
do aprendiz é decompor o trabalho dessa subconsciência de acordo com a
chave dos elementos ou do magneto quadripolar. É uma tarefa
gratificante, porque ele consegue uma segurança total através da própria
reflexão ou meditação.
A subconsciência é também a força impulsionadora de tudo aquilo que
não queremos. Por isso devemos aprender a mudar esse aspecto, de certa
forma hostil do nosso eu, para que ele não só cesse de nos prejudicar, mas
pelo contrário, ajude-nos a realizar nossos desejos. Para a sua realização
no mundo material o subconsciente precisa de tempo a de espaço, dois
princípios básicos necessários a todas as coisas que devem ser
transferidas do mundo das origens à realidade concreta. Quando tiramos
o tempo e o espaço do subconsciente, a polaridade oposta cessa de exercer
a sua influência em nós, a podemos então realizar nossos desejos através
desse subconsciente. É nesse seu desligamento súbito que reside a chave
para o use prático da auto-sugestão. Quando, por exemplo, sugerimos ao
subconsciente que amanhã, ou num outro instante qualquer, não nos
submeteremos mais a alguma de nossas paixões, como fumar ou beber
(ingerir álcool), então o subconsciente terá tempo suficiente, até o prazo
pré-determinado, de colocar obstáculos diretos ou indiretos em nosso
caminho. Na maioria dos casos, principalmente numa vontade fraca ou
pouco desenvolvida, o subconsciente quase sempre consegue nos pegar de
surpresa ou provocar um fracasso. Se ao contrário, na impregnação do
subconsciente com um desejo nós lhe subtrairmos o conceito de tempo a
espaço, o que passa a agir em nós é só a sua pane positiva; a consciência
normal também entra na conexão e a impregnação do desejo apresenta o
sucesso esperado. O conhecimento disso e a possibilidade da sua
ocorrência são muito significativos, a devem ser considerados por ocasião
da auto-sugestão.
A fórmula escolhida para a auto-sugestão deve ser obrigatoriamente
mantida na forma presente a no imperativo. Portanto, não se deve dizer:
"Eu pretendo parar de fumar, de beber", mas sim, "Eu não fumo, eu não
bebo", ou então: "Não tenho vontade de fumar, ou de beber", conforme
aquilo que se pretende largar ou obter pela sugestão. A chave para a
auto-sugestão reside na forma presente ou imperativa. Isso deve ser
observado sob todos os aspectos a em todos os momentos se quisermos
conquistar o poder da influência sobre nós mesmos através do
subconsciente, com a auto-sugestão.
O subconsciente trabalha com mais eficácia a intensidade à noite, quando
a pessoa dorme. No estado de sono, o trabalho da consciência normal é
suspenso, a predomina o trabalho do subconsciente. Por isso, o momento
mais propício para a assimilação de uma fórmula de sugestão é aquele em
que o corpo está sonolento na cama, pouco antes de adormecer, mas
também logo depois de despertar, quando nos encontramos ainda numa
espécie de meio-sono. Com isso não queremos dizer que não há outros
momentos propícios à auto-sugestão, mas os dois acima citados são os
mais convenientes, pois neles o subconsciente torna-se mais acessível. É
por isso que o mago não deve nunca adormecer com pensamentos
depressivos a preocupações que influenciem negativamente o seu
subconsciente, pois este continua a trabalhar no mesmo curso de
pensamento com o qual a pessoa adormece. Portanto, é bom observar:
adormeça sempre com pensamentos positivos a harmônicos, de sucesso,
saúde a paz.
Antes de se decidir pela aplicação prática da auto-sugestão, faça um
pequeno colar de contas de madeira ou vidro, com cerca de 30 ou 40
contas (ver H. Jürgens, "Die Tesbihschnur"). Se tiver dificuldades em
conseguir o colar de contas, então use um cordão simples no qual poderá
fazer uns 30 ou 40 nós; assim o pequeno objeto auxiliar da auto-sugestão
estará pronto. Ele serve basicamente para que não se precise contar o
número de repetições durante a formulação da auto-sugestão, a assim
desviar a atenção do exercício. Esse pequeno objeto auxiliar também
serve para descobrirmos quantas perturbações surgiram durante os
exercícios de concentração a meditação num determinado intervalo de
tempo; para isso devemos passar de uma conta a outra ou de um nó a
outro a cada interrupção.
A aplicação prática da auto-sugestão é muito simples. Depois de formular
aquilo que deseja numa pequena frase, levando em conta a forma
presente a imperativa, como por exemplo: "Eu me sinto melhor a cada
dia que passa", ou então: "Não tenho vontade de beber, ou de fumar",
ou: "Tenho saúde, estou satisfeito a feliz", você poderá passar à prática
em si. Um pouco antes de dormir, pegue o seu cordão de contas ou de nós
a repita a fórmula escolhida a meia voz, bem baixinho ou só em
pensamento, como achar melhor, ou como lhe for mais adequado no
momento, e a cada repetição pule para a conta ou nó seguinte, até chegar
ao final do cordão.
Então você saberá exatamente que repetiu a fórmula quarenta vezes. O
importante nesse caso é visualizar ou materializar plasticamente o seu
desejo, isto é, imaginá-lo como se já estivesse concretizado. Se depois de
percorrer pela segunda vez todos os nós ou as contas de seu cordão você
ainda não estiver com sono, continue imaginando que seu desejo já se
realizou, até adormecer com esse pensamento. Você precisa tentar levar o
desejo para o sono. Se adormecer durante a repetição da fórmula, sem
chegar ao final do cordão pela segunda vez, mesmo assim terá alcançado
totalmente o seu objetivo.
De manhã, quando ainda não despertamos completamente e ainda temos
um pouco de tempo disponível, por termos acordado muito cedo, devemos
pegar o cordão a repetir a experiência. Existem pessoas que se levantam
várias vezes da cama durante a noite, para urinar ou por outros motivos;
assim elas poderão repetir a experiência várias vezes a alcançarão os
resultados com mais rapidez.
Deveríamos ainda mencionar quais os desejos que podem ser realizados
através da auto-sugestão. Nesse caso vale uma regra geral: podemos
realizar qualquer desejo referente ao espírito, à alma ou ao corpo, por
exemplo, o aperfeiçoamento do caráter, o combate às características
negativas, às fraquezas, às desarmonias, pedir a obtenção da saúde, o
afastamento ou a atração de situações diversas, o desenvolvimento de
habilidades. De qualquer forma, não há a possibilidade da realização de
desejos que não tenham nada a ver com a personalidade, como por
exemplo, ganhar prêmios na loteria, etc.
Só devemos escolher outra fórmula quando estivermos plenamente
satisfeitos com o sucesso da primeira. Quem se dedicar sistematicamente
aos exercícios poderá rapidamente convencer-se da influência favorável
da auto-sugestão a praticar esse método ao longo de toda a sua vida.
Instrução Mágica do Espírito (II)
Na instrução mágica do espírito, do primeiro grau, nós aprendemos a
controlar e a dominar nossos pensamentos. Agora prosseguiremos,
aprendendo a concentrar nosso pensamento através do aumento da
capacidade de concentração e o fortalecimento da força de vontade.
Exercícios de Concentração
a) visuais
Coloque alguns objetos à sua frente, por exemplo, um garfo, uma faca,
uma cigarreira, um lápis, uma caixa de fósforos, a fixe o pensamento em
um deles, durante algum tempo. Memorize exatamente sua forma a sua
cor. Depois feche os olhos a tente imaginar esse mesmo objeto tão
plasticamente quanto ele é, na realidade. Caso ele lhe fuja do pensamento,
tente chamá-lo de volta. No início você só conseguirá lembrar-se dele por
alguns segundos, mas com alguma perseverança e a repetição constante,
de um exercício a outro o objeto tomar-se-á cada vez mais nítido, e a fuga
e o retorno do pensamento tornar-se-ão cada vez mais raros.
Não devemos assustar-nos com alguns fracassos iniciais, a se nos
cansarmos, devemos passar ao objeto seguinte. No começo não se deve
praticar o exercício por mais de dez minutos, mas depois deve-se
aumentar a sua duração gradativamente até chegar a meiahora. Para
controlar as perturbações devemos usar o cordão de contas ou de nós
descrito no capítulo sobre a auto-sugestão. A cada perturbação devemos
passar para a conta ou nó seguinte, assim saberemos posteriormente
quantas perturbações surgiram durante o exercício. Este será bem
sucedido quando conseguirmos fixar um objeto no pensamento, sem
interrupções, durante cinco minutos.
Depois de superarmos essa etapa podemos prosseguir, tentando imaginar
os objetos com os olhos abertos. Os objetos devem tomar-se visíveis diante
de nossos olhos como se estivessem suspensos no ar, a tão plásticos a
ponto de parecerem palpáveis. Não devemos tomar conhecimento de nada
que esteja em volta, além do objeto imaginado. Nesse caso também
devemos controlar as perturbações com a ajuda do colar de contas. O
exercício será bem sucedido quando conseguirmos fixar nosso
pensamento num objeto suspenso no ar, sem nenhuma interferência, por
no mínimo cinco minutos seguidos.
b) auditivos
Depois da capacidade de concentração visual, vem a capacidade auditiva.
Nesse caso a força de auto-sugestão tem no início uma grande
importância. Não se pode dizer diretamente: "Imagine o tic-tac de um
relógio" ou algo assim, pois sob o conceito "imaginação" entende-se
normalmente a representação de uma imagem, o que não pode ser dito
para os exercícios de concentração auditiva. Colocando essa idéia de um
modo mais claro, podemos dizer: "Imagine estar ouvindo o tic-tac de um
relógio". Para fins elucidativos usaremos essa expressão; portanto, tente
imaginar estar ouvindo o tic-tac de um relógio de parede. Inicialmente
você só conseguirá fazê-lo durante alguns segundos, mas com alguma
persistência esse tempo irá melhorando gradativamente e as perturbações
diminuirão. O cordão de contas ou de nós também deverá ser usado para
o controle. Depois, você deverá tentar ouvir o tic-tac de um relógio de
bolso ou de pulso, a ainda, o badalar de sinos, nas mais diversas
modulações. Faça outras experiências de concentração auditiva, como
toques de gongo, pancadas de martelo a batidas em madeira; ruídos
diversos, como arranhões, arrastamento dos pés, trovões, o barulho suave
do vento soprando a até o vento mais forte de um furacão, o murmúrio da
água de uma cachoeira, a ainda, a música de instrumentos como o violino
e o piano. Neste exercício o importante é concentrar-se só auditivamente a
não permitir a interferência da imaginação plástica. Caso isso aconteça, a
imagem deve ser imediatamente afastada; no badalar dos sinos, por
exemplo, não deve aparecer a imagem dos sinos, a assim por diante. O
exercício estará completo quando se conseguir fixar a imaginação
auditiva por no mínimo cinco minutos.
C) sensoriais
O exercício seguinte é a concentração na sensação. A sensação escolhida
pode ser de frio, calor, peso, leveza, fome, sede, e deve ser fixada na mente
até se conseguir mantê-la, sem nenhuma imaginação auditiva ou visual,
durante pelo menos cinco minutos. Quando formos capazes de escolher a
de manter qualquer sensação, então poderemos passar ao exercício
seguinte.
d) olfativos
Em seguida vem a concentração no olfato. Imaginemos o perfume de
algumas flores, como rosas, lilases, violetas ou outras, e fixemos essa idéia,
sem deixar aparecer a representação visual dessas flores. A mesma coisa
deve ser feita com os mais diversos odores desagradáveis. Esse tipo de
concentração também deve ser praticado até se conseguir escolher
qualquer um dos odores e imaginá-lo por pelo menos cinco minutos.
e) gustativos
A última concentração nos sentidos é a do paladar. Sem pensar numa
comida ou bebida ou imaginá-la, devemos concentrarnos em seu gosto.
No início devemos escolher as sensações de paladar mais básicas, como o
doce, o azedo, o amargo e o salgado. Quando tivermos conseguido
firmá-las, poderemos passar ao paladar dos mais diversos temperos,
conforme o gosto do aprendiz. Ao aprender a fixar qualquer um deles,
segundo a vontade do aluno, por no mínimo cinco minutos, então o
objetivo do exercício terá sido alcançado.
Instrução Mágica do Alma (II)
Equilíbrio Mágico-Astral ou dos Elementos
No primeiro grau o aluno aprendeu a praticar a introspecção. Ele tomou
nota de suas características boas a más segundo os quatro elementos a
dividiu-as em três grupos. Dessa maneira ele pode montar dois espelhos
da alma, um bom (branco), a outro ruim (negro). Esses dois espelhos da
alma são o seu caráter anímico. Nessa configuração ele deverá saber
distinguir as forças dos elementos predominantes, tanto no positivo
quanto no negativo, a deve esforçar-se para estabelecer, a qualquer preço,
o equilíbrio no efeito dos elementos. Sem a compensação dos elementos no
corpo astral ou na alma não há possibilidade de progresso mágico, ou
evolução.
Transformação do Caráter ou Enobrecimento da Alma
A função desse grau é estabelecer esse equilíbrio da alma. Se o futuro
mago tiver força de vontade suficiente, então ele poderá começar a
dominar suas características ou paixões mais influentes; mas se ele não
tiver essa força de vontade, então deverá começar pelo lado oposto,
compensando primeiro as pequenas fraquezas e combatendo os erros a as
fraquezas maiores pelo tempo que for preciso para dominá-las
completamente. Para esse domínio de suas paixões, o aluno poderá lançar
mão de três possibilidades:
1) Utilização sistemática da auto-sugestão, como já descrito.
2) Transmutação ou transformação das paixões em características
opostas, positivas, o que pode ser alcançado através da auto-sugestão ou
da meditação freqüente (ou respectiva autoconscientização contínua das
boas características).
3) Observação atenciosa a força de vontade. Através desse método
podemos impedir o impulso das paixões a combatê-lo na sua origem. Esse
método é na verdade o mais difícil, e é geralmente indicado somente para
aqueles que têm uma enorme força de vontade, ou que pretendem
adquiri-la através da luta contra esses impulsos.
Se o aprendiz tiver tempo suficiente a quiser progredir rapidamente em
sua própria evolução, então poderá empregar os três métodos. Para ele
será muito vantajoso dar aos três métodos uma única direção, um único
objetivo, como por exemplo, a comida consciente, a magia da água, etc. O
sucesso então não tardará.
Esse grau tem como objetivo estabelecer o equilíbrio dos elementos na
alma. É por isso que o futuro mago deve esforçarse em eliminar
rapidamente a com segurança todas as paixões que o atrapalham, caso
queira ter sucesso na magia. Em nenhum caso os exercícios do grau
seguinte deverão ser praticados antecipadamente, isto é, antes do
aprendiz dominar totalmente os exercícios do segundo grau a ter
conseguido obter um sucesso incontestável na compensação dos
elementos. O aperfeiçoamento do caráter deve ser praticado ao longo de
todo o curso, mas já nessa etapa as características ruins a exageradas
devem ser afastadas, pois são um grande obstáculo para a evolução.
Instrução Mágica do Corpo (II)
Os exercícios de instrução mágica do corpo praticados no Grau I devem
ser mantidos a devem tornar-se um hábito diário, como as lavagens em
água fria, as fricções, a ginástica matinal, a magia da água, a comida
consciente, etc. No Grau II, a instrução mágica do corpo apresenta uma
variação dos exercícios respiratórios. No grau anterior nós aprendemos a
respirar conscientemente e a dirigir o ar, impregnado pelo desejo (através
do princípio etérico) para dentro da corrente sangüínea através dos
pulmões. Nesse capítulo descreveremos a respiração consciente pelos
poros.
Respiração Consciente pelos Poros
Nossa pele possui uma dupla função, ou seja, a da respiração e a da
eliminação. Portanto, podemos considerá-la como um segundo rim a um
segundo pulmão em nosso corpo. Agora toma-se claro porquê escolhemos
o escovamento da pele a seco, a sua fricção, sua lavagem com água fria a
outros métodos. Primeiro, para uma descarga completa de nossos
pulmões, e em grande parte, de nossos rins; a segundo, para estimular a
atividade de nossos poros. Nem precisamos enfatizar que tudo isso é
muito benéfico para a nossa saúde. Principalmente do ponto de vista
mágico, a respiração consciente pelos poros é de grande interesse; por
isso pretendemos dedicar-nos à sua prática.
Sente-se confortavelmente em uma poltrona ou deite-se num divã,
relaxando toda a musculatura do corpo. Então, a cada inspiração,
imagine que não é só o pulmão que está respirando, absorvendo o ar, mas
também o corpo todo. Convença-se de que junto com os pulmões, cada
poro de seu corpo também está assimilando a força vital a conduzindo-a
ao corpo todo. Você deve imaginarse como uma esponja seca, que ao ser
mergulhada na água absorve-a com sofreguidão.
Deve tentar experimentar essa mesma sensação ao inspirar ó ar. Assim a
força vital do princípio etérico a do ambiente penetra em você. Conforme
as circunstâncias, cada um de nós experimentará a absorção da força
vital pelos poros de uma maneira diferente. Depois de repetir várias vezes
o exercício e conseguir respirar simultaneamente através dos pulmões a
de todo o corpo, conjugue ambos os métodos em sua inspiração do desejo,
por exemplo, de paz, de saúde a de sucesso, de domínio das paixões, o que
for mais necessário para você.
A formulação de seus desejos (distribuídos nas formas presente a
indicativa) deve ser assimilada não só pelos pulmões a pela corrente
sangüínea, mas por todo o corpo. Se você obtiver uma certa habilidade
nesse exercício, então poderá também influenciar magicamente a
expiração, imaginando que a cada expiração você estará eliminando o
oposto do seu desejo, como os fracassos, as fraquezas, as intranqüilidades,
etc. Quando você conseguir inspirar a expirar com os pulmões a com todo
o corpo, então o exercício estará completo.
O Domínio do Corpo na Vida Prática
O exercício a seguir trata do domínio do corpo. Sentar-se confortável e
tranqüilamente também é uma arte, a deve ser aprendida. Sente-se numa
cadeira de forma a manter a coluna ereta. No início é permitido apoiar-se
no encosto. Os pés devem ficar juntos e formar um ângulo reto com os
joelhos. Nessa posição você deverá sentir-9:. livre, sem nenhuma tensão
nos músculos, com ambas as mãos apoiadas levemente sobre as coxas.
Coloque um despertador à sua frente, dê-lhe corda a ajuste-o para tocar
em cinco minutos.
Então feche os olhos a acompanhe mentalmente todo o seu corpo. No
início você perceberá como os músculos estão intranqüilos por causa da
excitação dos nervos.
Obrigue a si mesmo, com toda a energia, a permanecer sentado
tranqüilamente e a relaxar. Por mais que esse exercício pareça fácil, para
o iniciante ele é muito difícil. Caso os joelhos insistam em se separar,
podemos, no início, amarrar as duas pernas com uma toalha ou um
cordão. Se você conseguir permanecer sentado durante os cinco minutos
sem nenhum tique nervoso, portanto sem perturbações, então acrescente
um minuto no tempo de cada novo exercício.
Este estará completo quando você conseguir permanecer sentado
tranqüila a confortavelmente, sem perturbações, durante meia hora. Ao
alcançar essa meta, você perceberá que em nenhuma outra posição do
corpo poderá descansar a recuperar as forças tanto quanto na acima
descrita.
Se quisermos usar o exercício da postura do corpo como um meio para o
desenvolvimento da força de vontade, então, caso já dominemos a prática
acima aconselhada pelo tempo de uma hora, poderemos escolher diversas
outras posições a nosso gosto. No capítulo sobre as asanas, a ioga hindu
aconselha a descreve um grande número dessas posições a até afirma
haver a possibilidade de se obter poderes ocultos através do domínio
desses exercícios.
Mas ela não explica se esses poderes são despertados exclusivamente por
essas posturas corporais (asanas). Para nosso desenvolvimento mágico
precisamos de uma postura do corpo, não importa qual; a mais simples é
a descrita anteriormente. Ela serve para aquietar o corpo a fortalecer a
força de vontade. Mas além do corpo, é sobretudo o espírito e a alma que
precisam de um trabalho sem perturbações, o que descreveremos em
detalhes nos capítulos especiais subseqüentes.
Principalmente aqueles alunos que se cansaram muito mental e
animicamente nos exercícios do Grau II, a por isso adormecem
sistematicamente nos exercícios de concentração a de meditação,
deveriam praticá-los na posição corporal aconselhada acima. O aluno
deve esforçar-se também em exercitar o domínio do corpo na vida
prática. Através da observação a da atenção contínuas ele encontrará
muitas oportunidades para isso.
Se nos sentirmos muito cansados, então devemos nos obrigar a realizar
algum pequeno serviço ou dar um pequeno passeio. Se estivermos com
fome, devemos adiar a refeição por cerca de meia hora, a se tivermos sede
não devemos beber imediatamente, mas deixar passar um pouco de
tempo. Na pressa costumeira devemos nos forçar a uma atitude mais
lenta a vice-versa; quem for uma tartaruga, deve adotar um
comportamento mais ágil. Fica a critério do aprendiz usar a sua força de
vontade para dominar o seu corpo a os seus nervos a forçá-los a fazer o
que for determinado.
Resumo de todos os exercícios do grau II
I. instrução mágica do espírito:
1. A auto-sugestão ou a revelação dos mistérios do subconsciente.
2. Exercícios de concentração:
a) Visuais (óticos).
b) Auditivos (acústicos).
c) Sensoriais (com o tato).
d) Olfativos (com o cheiro).
e) Gustativos (com o paladar).
Os exercícios referentes ao desligamento do pensamento (estado negativo)
serão retomados e aprofundados mais tarde.
II. instrução mágica da alma:
Equilíbrio mágico-astral em relação aos elementos, transmutação ou
aperfeiçoamento do caráter:
a) Através do combate ou do domínio.
b) Através da auto-sugestão.
c) Através da transmutação ou remodelação na característica contrária.
III. instrução mágica do corpo:
Respiração consciente pelos poros.
Postura consciente do corpo.
Domínio do corpo na vida prática, conforme a vontade.
Antes de adormecer devem ser mantidos só os pensamentos mais belos a
puros, pois estes serão levados depois ao sono profundo.
Fim do segundo grau
Terceiro Grau
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